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Gabbardo: “todo mundo vai ter contato com o vírus”

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Em outros países, 86% das pessoas não apresentaram sintomas.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília, que é provável que o novo coranavírus alcance toda a população. O contágio não quer dizer, no entanto, que todas essas pessoas desenvolverão os sintomas da doença.

Conforme histórico da disseminação da doença, já observado em outros países, 86% das pessoas que entraram em contato com o novo coronavírus não apresentaram nenhum problema de saúde decorrente. Os 14% restantes tiveram que procurar hospitais, desses alguns foram internados, alguns em unidades de terapia intensiva, e uma fração veio a óbito. A atual taxa de natalidade no Brasil é de 4,2% dos casos notificados.

“Todo mundo vai ter contato com o vírus. O que a gente precisa é ter tempo”, disse Gabbardo se referindo à necessidade de ampliação de atendimento, preparação de mais leitos e equipamento de mais unidades com respiradores artificiais. Preocupa o secretário-executivo riscos de sobreposição da covid-19 com eventual aumento de gripe por influenza (H1N1) comum no inverno brasileiro. O país já iniciou a campanha nacional de vacinação anual contra a gripe.

Segundo o secretário-executivo, como ocorre em outras doenças, o organismo de muitas pessoas que venham a entrar em contato com vírus reagira produzindo a autoimunidade, o que no futuro, junto com tratamentos e uma vacina a ser desenvolvida, favorecerá a não mais disseminação massiva da doença como ocorre atualmente no Brasil e em outros países. “O fluxo de transmissão começa a diminuir quando já tiver 50% [da população] imunizada”, explicou Gabbardo.

De acordo com o Ministério da Saúde, 10.278 pessoas se infectaram com o novo coronavírus no Brasil até hoje (sábado, 4). O número de pessoas mortas por causa da covid-19 já totaliza 432 óbitos. Os dados foram fechados às 14 horas com base nas informações das secretarias estaduais de saúde. O país ocupa a 16º lugar em casos da doença, o 14º lugar em óbitos e o 8º lugar em letalidade.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

Publicado em 04/04/2020 – 19:17 Por Agência Brasil – Brasília

Japão quer estocar remédio contra o coronavírus, que está em testes

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Eficiência da droga contra o coronavírus tem sido avaliada em testes.

O governo japonês quer acumular quantidade suficiente do remédio contra gripe Avigan para tratar 2 milhões de pessoas. A eficiência da droga contra o coronavírus tem sido avaliada em testes clínicos.

O plano é uma das medidas de um pacote econômico de emergência que será finalizado nesta semana. Segundo o texto prévio do pacote, o vírus representa um sério desafio à economia japonesa.

O pacote terá duas fases. A primeira buscará medidas emergenciais de apoio para a população, enquanto o país luta para conter a propagação do vírus. A segunda é baseada em ações para recuperar rapidamente a economia do país.

O governo japonês quer estocar Avigan para tratar 2 milhões de pessoas até o fim de março de 2021. Tóquio também planeja fornecer cerca de US$ 2,8 mil  para domicílios que tiveram a renda duramente afetada pelo surto do coronavírus, além de fornecer auxílio financeiro adicional para famílias com crianças.

Depois de a propagação da infecção ser contida, o governo planeja lançar uma campanha para estimular o consumo, auxiliar a indústria turística e promover eventos.

Isolamento

Menos pessoas que o normal são vistas nas ruas das maiores cidades japonesas neste domingo, após governos locais pedirem para os moradores ficarem em casa, a fim de tentar conter a propagação do novo coronavírus.

Em Shinjuku, um popular distrito de Tóquio, grandes lojas de departamento e de roupas fecharam as portas. Karaokês também fizeram o mesmo voluntariamente.

A NHK entrevistou um morador da região, de 20 anos. Ele disse que é muito estranho ver as ruas tão vazias. Acrescentou que foi buscar uma prescrição médica em um hospital e que iria voltar imediatamente para casa.

Outra entrevistada, também na faixa dos 20 anos, estava passeando com o seu cachorro. Ela afirmou que decide caminhar às vezes para aliviar o estresse do animal por ficar em casa durante muito tempo.

Depois, disse ter notado que menos pessoas estão na região do que na semana passada e que ficou tenso com a situação.

Fora de Tóquio, o parque do Castelo de Osaka, no oeste japonês, tem cerca de 3 mil cerejeiras no auge do florescimento. O local normalmente fica repleto de pessoas que organizam festas e piqueniques nesta época. Neste ano, no entanto, as autoridades pediram às pessoas que evitem visitar o local. A equipe da NHK registrou poucas pessoas caminhando pelo parque e observando as flores. A organização do local também cancelou a iluminação das árvores de cerejeira à noite.

*Emissora pública de televisão do Japão

Publicado em 05/04/2020 – 09:17 Por NHK* – Tóquio

Covid-19: confinamento e distanciamento social preocupam psicólogos

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Exposição excessiva às notícias também inquieta especialistas.

A situação inédita de confinamento em casa e distanciamento social entre as pessoas por causa de um vírus em pleno século 21 cabe no enredo de romances distópicos ou de filmes apocalípticos de ficção científica. Na realidade, entretanto, essa trama pode vir recheada de desconfortos, situação de stress, desequilíbrio emocional e até alguma neurose, alertam psicólogos. Em tempo de novo coronavírus é preciso prestar atenção e cuidar da saúde mental no dia a dia.

De acordo com Lydiane Streapco, professora de Psicologia do Centro Universitário São Camilo em São Paulo, a situação vivida em todo o planeta era impensável há poucos meses por causa do domínio absoluto da ciência e da disponibilidade de tecnologia para inclusive deter doenças.

“Nossa geração estava muito vaidosa de que não experimentaria riscos de morte em massa, como ocorreu no passado. A natureza, agora, impõe nova realidade.” Para ela, a situação nos desequilibra, “mexe a fundo com o bem-estar e abala as relações entre as pessoas.”

“A mudança de hábito teve que ocorrer muito rapidamente e algumas pessoas podem se sentir angustiadas”, disse a acadêmica que, como milhões de brasileiros, mudou sua rotina. Além de trabalhar de casa, ela teve de assumir integralmente os cuidados com os filhos, de 6 e 8 anos.

Interação e conflito

A psicóloga Célia Fernandes, da Enfoque Clínica de Psicologia em Brasília, também está se adaptando e atendendo seus pacientes de casa por meio do computador e do celular. As tecnologias que viabilizam o teletrabalho, compras e diversão, não contornam, entretanto, os problemas da interação humana.

Segundo ela, conflitos podem surgir na família, entre pais e filhos e entre os casais. “O conflito é normal. Precisamos trabalhar a comunicação, compreender que temos personalidades diferentes e interesses diferentes.”

Célia recomenda a organização e o estabelecimento de regras sobre a divisão do tempo e do espaço que permitam o trabalho e a rotina de descanso. Para quem tem filhos, é importante dar atenção às crianças e ao lazer infantil. Já para adultos, é importante incluir na rotina a realização de atividades de interesse pessoal, como estudo, leitura ou diversão – como assistir filmes e até maratonar diversos episódios das séries preferidas. “Como já ocorria em finais de semana. Precisamos adotar medidas comuns, já que vamos passar mais tempo juntos.”

Ela alerta, entretanto, que, a despeito de combinados caseiros, o confinamento vai trazer dificuldades adicionais. “O confinamento vai sim agravar o estado emocional daquelas pessoas que já tinham algum transtorno ou distúrbio emocional, como são os casos das ansiedades e vai gerar conflitos entre as pessoas que não tinham o hábito de ficar tanto tempo em família”.

Excesso de notícias

Além do vírus, as pessoas precisam estar atentas a outras adversidades do cotidiano em tempo de pandemia. Célia Fernandes orienta seus pacientes para que “não se afoguem” em informações. Ela alerta que “mudar de um telejornal para outro gera ansiedade, angústia e sofrimento emocional”.

A professora Lydiane Streapco se preocupa com o excesso de exposição ao noticiário sobre covid-19, especialmente telejornais que possam ter tom sensacionalista. Ela também alerta para a veiculação de notícias falsas por meio das redes sociais.

Apesar das dificuldades impostas pela reclusão, dos riscos de superexposição midiática ao novo coronavírus e das possibilidades reais de contaminação e alastramento da covid-19, a professora acredita que a pandemia não terá o desfecho dos romances distópicos. “É bom as pessoas não terem medo. As distopias acabaram no passado por causa do ímpeto humano de enfrentá-las.”

Edição: Lílian Beraldo

Publicado em 05/04/2020 – 08:05 Por Gilberto Costa – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Papa inicia Semana Santa com celebração sem presença de fiéis

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Domingo de Ramos é celebrado dentro da Basílica de São Pedro.

O papa Francisco iniciou neste domingo (5) os ritos da Semana Santa com a celebração litúrgica de um Domingo de Ramos especial, dentro da Basílica de São Pedro e não na Praça do Vaticano, como é usual.

“O drama que estamos passando obriga-nos a levar a sério o que conta, a não nos perdermos em coisas insignificantes”. Porque a vida é medida a partir do amor. Em casa, nesses dias sagrados, vamos apresentar-nos diante de Jesus crucificado, que é a medida do amor que Deus tem por nós”, disse Francisco durante a homilia.

Apenas um pequeno grupo de religiosos acompanhou o papa, que respeitava a distância de segurança em todos os momentos, e a liturgia foi realizada no altar da cadeira, na Basílica de São Pedro. 

Será uma Páscoa diferente, em que Francisco celebrará sem os fiéis e aqueles que quiserem participar terão de fazê-lo de casa, por meio da comunicação social ou das redes sociais.

O aparecimento do novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19 e que na Itália já causou mais de 15 mil mortes, forçou o Vaticano a adotar medidas preventivas para evitar o contágio e, em março, a fechar temporariamente a praça e a basílica. 

Em 27 de março, Jorge Bergoglio deu uma bênção histórica “Urbi et Orbi” – para a cidade e para o mundo – de uma Praça de São Pedro no Vaticano totalmente vazia de fiéis. A imagem foi repetida neste Domingo de Ramos.

Naquele dia, a imagem da Virgem Salus Populi Romani, que geralmente é mantida na Basílica de Santa María la Mayor, e o Cristo crucificado da Igreja de San Marcello foram levadas ao Vaticano, e ambas foram colocadas hoje no altar, pois já se tornaram o símbolo da oração do papa pela erradicação da pandemia.

O interior da basílica também foi decorado com algumas oliveiras e palmeiras.

Na homilia, o papa pediu às pessoas que evitem sentir-se solitárias e se apeguem à fé nesses tempos difíceis.

“Quando nos sentimos entre uma rocha e um lugar difícil, quando nos encontramos num impasse, sem luz e sem escapatória, quando parece que nem mesmo Deus responde, lembremos que não estamos sozinhos”, afirmou.

“Hoje, no drama da pandemia, diante de tantas certezas que desmoronam, diante de tantas expectativas traídas, com o sentimento de abandono que oprime os nossos corações, Jesus diz a cada um: `Coragem, abra seu coração ao meu amor. Você sentirá o conforto de Deus, que o sustenta “, acrescentou.

Francisco pediu aos fiéis de todo o mundo que entrem em contato com quem sofre, “quem está sozinho e necessitado”, e enviou uma mensagem aos mais jovens: “Olhem para os verdadeiros heróis que vêm à luz hoje em dia. Eles não são os que têm fama, dinheiro e sucesso, mas são os que se dão para servir aos outros”.

Este ano será uma Páscoa diferente. A missa do Crisma na quinta-feira santa (9), na qual são abençoados os óleos sagrados que servirão durante todo o ano para distribuir os sacramentos, foi cancelada.

Francisco celebrará a missa da quinta-feira santa, mas não a tradicional lavagem dos pés que costumava fazer em abrigos de migrantes ou em prisões.

Também haverá uma missa na sexta-feira santa, como no dia anterior, dentro da basílica, mas a Via Sacra será comemorada na Praça de São Pedro e não no Coliseu, onde é realizada desde 1964.

Também não haverá fiéis na Vigília da Páscoa, no sábado (11), nem na Missa da Páscoa, no domingo, sendo que após a celebração Francisco dará a bênção “Urbi et Orbi”.

*Emissora pública de televisão de Portugal

Publicado em 05/04/2020 – 10:27 Por RTP* – Roma

Cientistas chineses anunciam descoberta contra covid-19

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Eles isolaram anticorpos que consideram eficientes contra o vírus.

Um grupo de cientistas chineses isolou vários anticorpos que considera “extremamente eficientes” para impedir a capacidade do novo coronavírus de entrar nas células, o que pode ser útil tanto para tratar quanto para prevenir a covid-19.

Atualmente, não existe tratamento comprovadamente eficaz para a doença, que surgiu na China e está se proliferando pelo mundo na forma de uma pandemia que já infectou mais de 850 mil pessoas e matou 42 mil.

Zhang Linqi, da Universidade Tsinghua, de Pequim, disse que um remédio feito com anticorpos como os que sua equipe descobriu poderia ser usado de forma mais eficaz do que as abordagens atuais, incluindo o que ele chamou de tratamentos “limítrofes”, como o plasma. O plasma contém anticorpos, mas é limitado pelo tipo de sangue.

No início de janeiro, a equipe de Zhang e um grupo do 3º Hospital Popular de Shenzhen começaram a analisar anticorpos do sangue colhido de pacientes recuperados da covid-19, isolando 206 anticorpos monoclonais que mostraram o que ele descreveu como uma capacidade “forte” de se ligar às proteínas do vírus.

Depois eles realizaram outro teste para ver se conseguiam de fato impedir que o vírus entrasse nas células, disse ele em entrevista à Reuters.

Entre os cerca de 20 anticorpos testados, quatro conseguiram bloquear a entrada viral, e desses dois foram “imensamente bons” para fazê-lo, disse Zhang.

Agora a equipe se dedica a identificar os anticorpos mais poderosos e possivelmente combiná-los para mitigar o risco de o novo coronavírus sofrer uma mutação.

Se tudo der certo, desenvolvedores interessados poderiam produzi-los em massa para testes, primeiro em animais e futuramente em humanos.

O grupo fez uma parceria com uma empresa de biotecnologia sino-norte-americana, a Brii Biosciences, na tentativa de “apresentar diversos candidatos para uma intervenção profilática e terapêutica”, de acordo com um comunicado da Brii.

“A importância dos anticorpos foi provada no mundo da medicina há décadas”, afirmou Zhang. “Eles podem ser usados para o tratamento de câncer, doenças autoimunes e doenças infecciosas”.

Os anticorpos não são uma vacina, mas existe a possibilidade de aplicá-los em pessoas do grupo de risco, com o objetivo de impedir que contraiam a covid-19.

Normalmente não transcorrem menos de dois anos para um remédio sequer obter aprovação para uso em pacientes, mas a pandemia de covid-19 acelera os processos, disse ele, e etapas que antes seriam realizadas sequencialmente agora estão sendo feitas em paralelo.

*Agência de notícias britânica

Publicado em 01/04/2020 – 10:53 Por Martin Quin Pollard, da Reuters* – Pequim

Pesquisadores brasileiros buscam moléculas para combater a covid-19

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Substâncias investigas estão em medicamentos já comercializados.

Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM ) buscam moléculas capazes de combater a covid-19 entre os medicamentos que já são comercializados. Eles avaliaram os cerca de 2 mil fármacos aprovados, conhecidos e vendidos no país, sendo que cinco foram considerados promissores e seguem em testes com células infectadas pelo vírus.

As análises vão indicar se essas substâncias são capazes de se ligar ao vírus e bloquear sua replicação. O grupo utiliza ferramentas avançadas de biologia computacional e inteligência artificial. De acordo com o centro, essa pré-seleção reúne drogas como analgésicos, anti-hipertensivos, antibióticos, diuréticos e outros.

O centro integra a Rede Vírus MCTIC, iniciativa promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que articula a atuação de laboratórios de pesquisa inicialmente com foco em coronavírus e influenza. O objetivo é otimizar o conhecimento científico produzido no país sobre este tema e contribuir para que isso se transforme em resultados práticos para a sociedade.

“Diante do cenário de pandemia, a busca por moléculas em medicamentos já autorizados é estratégica. Ao olharmos para substâncias já avaliadas como seguras, podemos chegar aos testes clínicos, com pacientes humanos, em um intervalo de tempo reduzido, se comparado ao processo normal de descoberta de fármacos”, disse o especialista em virologia do centro Rafael Elias Marques.

Em relação a efeitos satisfatórios que algumas drogas tiveram no tratamento da covid-19, o centro avalia que esses resultados são relevantes e podem ser potencializados pelo trabalho dos pesquisadores no Brasil. Segundo o órgão, as terapias mais efetivas no combate às infecções virais reúnem mais de um composto ativo para combater as frequentes mutações do vírus.

“É preciso um arsenal terapêutico, capaz de inibir diferentes alvos virais, como ocorre no coquetel utilizado contra o HIV. Esta estratégia está sendo adotada pelos pesquisadores do CNPEM nas pesquisas em combate ao covid-19”, informou o centro.

As moléculas dos medicamentos disponíveis nas farmácias que se mostram promissoras para interferir na infecção são selecionadas e então são testadas em ensaios in vitro, para que seja verificada sua eficácia na eliminação da carga viral. Outro esforço do centro, segundo o órgão, está na determinação da estrutura das proteínas do coronavírus, que são formas ainda desconhecidas, e também da própria organização da partícula viral.

Edição: Fábio Massalli

Publicado em 31/03/2020 – 21:43 Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

“Estamos diante do maior desafio da nossa geração”, diz Bolsonaro

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Presidente fez pronunciamento em rede nacional de rádio e TV.

O presidente Jair Bolsonaro fez na noite desta terça-feira (31) pronunciamento em rede nacional de rádio e TV no qual afirmou que a pandemia provocada pelo novo coronavírus (covid-19) é o “maior desafio da nossa geração”. Bolsonaro voltou a enfatizar a necessidade de se implementar medidas para a preservação de empregos. “O efeito colateral das medidas de combate ao coronavírus não pode ser pior do que a própria doença. A minha obrigação como presidente vai para além dos próximos meses. Preparar o Brasil para a sua retomada, reorganizar nossa economia e mobilizar todos os nossos recursos e energia para tornar o Brasil ainda mais forte após a pandemia.”

O presidente disse que as medidas de proteção à população estão sendo implementadas de forma coordenada, racional e responsável. Segundo Bolsonaro, o Brasil avançou muito nos últimos 15 meses, desde que tomou posse em janeiro de 2019, e sua preocupação sempre foi salvar vidas. “Tanto as que perderemos pela pandemia quanto aquelas que serão atingidas pelo desemprego, violência e fome.”

Ele destacou políticas em defesa do emprego e da renda como a ajuda financeira aos estados e municípios (com adiamento de pagamento das dívidas), linhas de crédito para empresas, auxílio mensal de R$ 600 aos trabalhadores informais e vulneráveis e entrada de cerca de 1,2 milhão de famílias no programa Bolsa Família. “Temos uma missão: salvar vidas, sem deixar para trás os empregos. Por um lado, temos que ter cautela e precaução com todos, principalmente junto aos mais idosos e portadores de doenças preexistentes. Por outro, temos que combater o desemprego, que cresce rapidamente, em especial entre os mais pobres. Vamos cumprir essa missão ao mesmo tempo em que cuidamos da saúde das pessoas.”

OMS

Bolsonaro citou a fala do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, que disse ontem (30) que há muitas muitas pessoas que têm que trabalhar todos os dias e que essa população precisa ser levada em conta pelo governo. “[O diretor-geral] continua ainda: ‘Se fecharmos ou limitarmos movimentações, o que acontecerá com estas pessoas, que têm que trabalhar todos os dias e que têm que ganhar o pão de cada dia todos os dias?’ Ele prossegue: ‘Então, cada país, baseado em sua situação, deveria responder a esta questão’”, disse o presidente em referência à fala de Tedros Adhanom.

“Não me valho dessas palavras para negar a importância das medidas de prevenção e controle da pandemia, mas para mostrar que da mesma forma precisamos pensar nos mais vulneráveis. Esta tem sido a minha preocupação desde o princípio”, acrescentou o presidente, ao citar trabalhadores informais e autônomos

Nesta terça-feira, pelas redes sociais, o diretor-presidente da organização, sem citar o presidente brasileiro,  se manifestou e afirmou que pessoas sem renda merecem ter a dignidade garantida e convocou os países a desenvolverem políticas que forneçam proteção econômica a essas pessoas. “Eu cresci pobre e entendo essa realidade. Convoco os países a desenvolverem políticas que forneçam proteção econômica às pessoas que não possam receber ou trabalhar devido à pandemia da covid-19. Solidariedade”, disse em mensagem retuitada pela OMS.

Saúde

Bolsonaro afirmou que o governo está adquirindo novos leitos com respiradores, equipamentos de proteção individual (EPI), kits para testes e outros insumos. Também destacou o adiamento, por 60 dias, do reajuste de medicamentos no Brasil.

O presidente voltou a falar que a hidroxicloroquina parece eficaz contra o novo coronavírus, mas que ainda não há vacina ou remédio com eficiência cientificamente comprovada.

“Na última Reunião do G-20 [grupo das vinte principais economias do mundo], nós, os chefes de Estado e de Governo, nos comprometemos a proteger vidas e a preservar empregos. Assim o farei”, disse.

Bolsonaro destacou o emprego das Forças Armadas no combate ao novo coronavírus e a criação de um Centro de Operações para realizar ações de montagem de postos de triagem de pacientes, apoio a campanhas, logística e transporte de medicamentos e equipamentos de saúde.

O presidente destacou que determinou ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, “que não poupasse esforços, apoiando através do SUS todos os estados do Brasil, aumentando a capacidade da rede de saúde e preparando-a para o combate à pandemia”.

Bolsonaro agradeceu ainda os profissionais de saúde e voltou a falar da importância da colaboração de Legislativo, Executivo, Judiciário e sociedade civil para a preservação da vida e dos empregos.

Edição: Juliana Andrade

Publicado em 31/03/2020 – 20:38 Por Agência Brasil – Brasília