quarta-feira, dezembro 10, 2025
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Brasil pode ter prioridade no uso da vacina de Oxford contra covid-19

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País é o primeiro fora do Reino Unido a fazer parte das pesquisas.

O Brasil poderá ter prioridade no uso da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford contra a covid-19. A informação é da reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraya Smaili. A instituição irá participar, a partir das próximas semanas, da terceira fase de pesquisas da vacina inglesa, realizando testes em cerca de mil pessoas que vivem em São Paulo e atuam em atividades com exposição ao vírus.

O laboratório da universidade do Reino Unido é o que está mais adiantado na construção de uma vacina contra o novo coronavírus, que deverá estar pronta em até 12 meses. De acordo com Smaili, a participação do Brasil – o primeiro país fora do Reino Unido a fazer parte das pesquisas da vacina – coloca o país como “grande candidato” a usá-la, com prioridade, assim que a sua eficácia for comprovada.

“Existem algumas conversas nesse sentido [para o país poder ter prioridade no uso da vacina]. Nós estamos trabalhando para que sim. O fato de estarmos integrando e sermos o primeiro país fora do Reino Unido e também o primeiro laboratório no Brasil a realizar esses estudos – semelhantes a esses não há nenhum outro no Brasil – torna o país um grande candidato”, disse, em entrevista a Agência Brasil.

De acordo com a reitora da Unifesp, com acesso à “receita” da vacina, o Brasil terá capacidade de reproduzi-la em grande escala, a partir de laboratórios nacionais. “Tendo acesso à vacina, nós temos capacidade de produção em larga escala, por meio dos nossos laboratórios nacionais de fato, como o Instituto Butantan, e os laboratórios da Fiocruz, entre outros”. 

Leia a seguir a entrevista com a reitora da Unifesp:

Agência Brasil: Qual será o papel da Unifesp no processo de desenvolvimento da vacina de Oxford?
Soraya Smaili: A vacina foi iniciada e desenvolvida até esse estágio em que ela está, lá na Universidade de Oxford. O papel da Unifesp é integrar agora a fase 3 de testes, que é um estágio em que você aplica a vacina em voluntários humanos. É uma fase já avançada do desenvolvimento, porque já passou por laboratório, pelas células, já passou pelos animais, já passou pelas outras fases clínicas. Agora está na fase pegar indivíduos voluntários que vão receber a vacina e que serão acompanhados por alguns meses para poder verificar se a vacina é eficaz, se ela consegue proteger contra o coronavírus.

Agência Brasil: Por que o país e a Unifesp foram escolhidos para participar dessa fase de testes?
Soraya Smaili: Inicialmente é por conta da liderança da doutora Lily Yin Weckx, que é a coordenadora do estudo no Brasil e é coordenadora do laboratório do Centro de Referência em Imunização da Unifesp. Esse centro tem conexões com diversos outros pesquisadores do Reino Unido e da Europa. E também por conta da doutora Sue Ann Costa Clemens, chefe do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena, e também pesquisadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais da Unifesp. Por causa da experiência que elas têm na área e dos estudos que já realizaram anteriormente, com reputação muito boa internacional, o nosso laboratório aqui da Unifesp foi indicado para executar essa fase do teste da vacina.

Agência Brasil: Como a participação brasileira pode agregar conhecimento ao desenvolvimento científico local?
Soraya Smaili: Nós vamos aprender muito com esse processo. Mas, além de tudo, vamos poder participar de um importante trabalho que vai, provavelmente, se tudo continuar correndo bem, em alguns meses ter uma vacina que poderá ser aplicada em toda a população contra a covid-19.

Agência Brasil: Ter participado dessa fase dará ao país alguma prioridade para que a população seja vacinada?
Soraya Smaili: Sim, existem algumas conversas nesse sentido. Nós estamos trabalhando para que [seja isso] sim. O fato de estarmos integrando e sermos o primeiro país fora do Reino Unido e também o primeiro laboratório no Brasil a realizar esses estudos, estudos semelhantes a esse não têm nenhum outro no Brasil, torna o país um grande candidato. Essa vacina foi aprovada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], que é uma agência que é ligada ao Ministério da Saúde, tudo isso, dependendo dos resultados, e com o andamento da pesquisa, dessa fase da pesquisa e dos testes, nós temos grande chance de termos, sim, acesso à vacina. Tendo acesso, nós temos capacidade de produção em larga escala, por meio dos nossos laboratórios nacionais de fato, como o Instituto Butantan, os laboratórios da Fiocruz, entre outros.

Agência Brasil: Quais os prazos para o início e final da pesquisa no Brasil?
Soraya Smaili: Os testes ainda não iniciaram. Isso deve acontecer por volta da terceira semana de junho. Essa fase será a fase de recrutamento. Em seguida, os testes desses voluntários selecionados. Depois, a aplicação da vacina, e o seguimento por alguns meses, até doze meses, para que os resultados possam ser conclusivos. Eu disse até 12 meses, porque a perspectiva é que este período pode ser de doze meses ou talvez um pouco menos.

Agência Brasil: O que a senhora destacaria desse processo que agora envolve o Brasil?
Soraya Smaili: A importância de a gente ter a ciência brasileira, a universidade federal trabalhando para o desenvolvimento de uma vacina, que está entre as primeiras vacinas, entre as mais promissoras das que estão sendo estudadas no mundo todo. Estamos – a nossa universidade está se somando a um esforço global, é uma universidade pública federal ligada ao Ministério da Educação – nos juntando a um esforço mundial para a obtenção de uma vacina que vai beneficiar milhões e milhões de pessoas. Estamos muito orgulhosos, contentes, de termos em nosso país uma universidade que são tão bem equipadas com profissionais tão capacitados, que é um patrimônio do povo brasileiro. Isso certamente temos de salientar. A ciência brasileira é uma ciência de alta qualidade e, por isso, foi escolhida a Unifesp, porque tem essa qualidade, dos nossos pesquisadores. Estamos em um esforço coletivo para superamos esse momento. A ciência brasileira também vai dar a sua contribuição e as suas respostas.

Edição: Maria Claudia

Publicado em 05/06/2020 – 18:16 Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

BNDES cria programa de apoio à pequena e média empresa

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O banco dispõe de R$ 2 bilhões para capital de giro.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criou o Programa BNDES Crédito Cadeias Produtivas, para atender a necessidade de capital de giro de pequenas e médias empresas (PMES) no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

O Programa Crédito Cadeias Produtivas tem orçamento de R$ 2 bilhões e vai apoiar as PMEs por meio das chamadas empresas-âncora‚ que serão as beneficiárias diretas dos empréstimos. Caberá às empresas-âncora repassar o dinheiro para a sua cadeia de fornecedores, distribuidores ou franqueados. 

“Estas PMEs ancoradas poderão usar esse capital de forma livre para se manter durante a crise”, disse o BNDES.

Os pedidos de empréstimos poderão ser feitos até o dia 30 de setembro. Os trâmites para a concessão de crédito seguirão a esteira de crédito emergencial, desenvolvida no Plano de Ação Emergencial de combate à pandemia da covid-19. O objetivo é agilizar o tempo usual de processamento de pleitos e garantir o rápido acesso das empresas aos recursos das ações durante a pandemia.

Condições

O banco esclareceu ainda que os recursos entregues às grandes empresas serão repassados às PMES da cadeia produtiva nas mesmas condições financeiras previstas no contrato de empréstimo da empresa-âncora. Isso significa que, por esse sistema, as grandes empresas repassarão os recursos financeiros às PMEs, mas sem obter lucro financeiro com essa operação.

As empresas-âncora deverão ter Receita Operacional Bruta (ROB) igual ou superior a R$ 300 milhões. Os valores de financiamento do BNDES serão de R$ 10 milhões a R$ 200 milhões, com prazo de empréstimo de até cinco anos, com até dois anos de carência. A taxa de juros equivalerá à soma do custo financeiro do BNDES, da sua remuneração básica de 1,1% ao ano e da taxa de risco de crédito definida para cada empresa-âncora.

De acordo com o BNDES, essas PMES que integram as cadeias produtivas têm importância fundamental para a retomada mais acelerada da economia brasileira. O Programa BNDES Crédito Cadeias Produtivas faz parte de uma série de medidas emergenciais do BNDES voltadas a diversos setores da economia, que vêm sendo anunciadas desde o início da pandemia. 

Até agora, as principais ações implementadas pelo BNDES com o propósito de apoiar as empresas brasileiras na pandemia totalizam R$ 15,5 bilhões em valores aprovados a cerca de 126 mil empresas, que empregam quase 4 milhões de brasileiros.

Edição: Fernando Fraga

Publicado em 05/06/2020 – 17:53 Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

SÉRGIO REIS E RENATO TEIXEIRA ANUNCIAM LIVE DO VIOLEIRO CLAUDIVAN SANTIAGO

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Dois dos maiores nomes da música caipira clássica, Sérgio Reis e Renato Teixeira são os responsáveis pelo anúncio da Live do Violeiro, evento online que o violeiro Claudivan Santiago realiza no domingo, dia 7, às 14h, com transmissão direto de Brasília.

Em vídeos divulgados nas redes sociais, os veteranos fazem questão de ressaltar a qualidade do trabalho artístico desenvolvido por Claudivan Santiago com a viola caipira. “É a oportunidade de vocês conhecerem um pouco mais a beleza e a sonoridade desse instrumento que o Claudivan Santiago executa com grande maestria”, diz Renato Teixeira, autor de clássicos como Romaria, Amora, Frete e Tocando em frente, esta última em parceria com Almir Sater.

“É o meu violeiro particular”, avisa Serjão, numa referência à amizade pessoal que tem com Claudivan Santiago desde 2015, quando, na condição de deputado federal por São Paulo, o contratou como assessor de imprensa na Câmara dos Deputados. Jornalista profissional e músico autodidata, Claudivan Santiago é tocantinense e mora em Brasília desde 2003. A amizade com Serjão virou parceria musical e juntos eles gravaram a música Mané Preto e Mariquinha, em 2016.

Santiago diz que é uma grande honra e uma realização pessoal e profissional ter seu trabalho anunciado a todo o Brasil por dois ícones da música caipira como Renato Teixeira e Sérgio Reis. Sobre a live, ele explica que será um show muito simples, intimista, feito para os amigos e amantes da viola caipira, um evento para a família brasileira. Além das violas, Santiago terá ao seu lado os músicos Wanderson Santos (sanfona), Paulo Ramos (violão) e Wesley Duart (baixo), e promete uma tarde de muita alegria, recheada de clássicos da viola caipira, de música instrumental e autoral. Ganhador do Prêmio Excelência da Viola Caipira de 2013, em São Paulo, na categoria Melhor CD Instrumental, Claudivan Santiago tem cinco discos autorais gravados e também se dedica à produção musical. A Live do Violeiro será transmitida pelo canal do artista no YouTube.

Torcida apedreja ônibus do Benfica e dois jogadores ficam feridos

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Clube e Federação Portuguesa exigem punição imediata a agressores.

Os protestos da torcida do Benfica, após o empate de 0 a 0 com o Tondela, não ficaram apenas em reclamações no Twitter. Logo após a partida, alguns torcedores apedrejaram o ônibus da delegação benfiquista, que deixava o Estádio da Luz. Os jogadores Julian Weigl e Andrija Zivkovic foram atingidos por estilhaços de vidro das janelas do veículo e precisaram ser atendidos no Hospital da Luz.

De acordo com o jornal A Bola, além do ataque ao ônibus, torcedores também picharam com insultos as portas das casas dos atletas Pizzi e Rafa Silva, além da do técnico Bruno Lage. No caso de Pizzi, ainda há  ameaça com a frase “tas avisado”.

Nesta sexta-feira (05), Julian Weigl e Andrija Zivkovic publicaram mensagens em suas contas pessoais no Instagram condenando as ações.

Weigl escreveu: “Quero que todos saibam que estou bem. Tivemos sorte! Todos cometemos erros, mas houve uma linha que foi ultrapassada. Atirar pedras em um ônibus sem ligar se alguém vai se machucar? Eu sei que não é assim que verdadeiros torcedores do Benfica são! Especialmente estas últimas semanas e dias deveriam ter nos mostrado que a melhor solução sempre é ficarmos juntos, em vez de literalmente jogar pedras uns nos outros! Agradeço pelas amáveis mensagens e a preocupação de todos”.

O alemão recebeu apoio de torcedores em sua página pessoal no Instagram, a maioria ressaltando que os verdadeiros benfiquistas não compactuam com os ataques. Não é a primeira vez que Weigl sofre com ações violentas após uma partida. Em 2017, ele estava no ônibus do Borussia Dortmund que sofreu atentado com três bombas artesanais, quando a equipe seguia para enfrentar o Mônaco, pela Champions League. O clube alemão também se manifestou nas redes sociais para prestar solidariedade a seu ex-jogador.

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O Benfica utilizou sua página oficial para repudiar os ataques sofridos. Em nota, o clube afirmou que o resultado da partida foi injusto, uma vez que os donos da casa dominaram o jogo. Contudo, reconhece que o time precisa voltar a vencer. O comunicado também classifica o apedrejamento como um ato covarde e criminoso, e exige o máximo rigor das autoridades para identificar e punir os responsáveis, chamados de “verdadeiros delinquentes que devem ser erradicados do futebol e que mancham a imagem de todos os clubes sem exceção”.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, também em comunicado oficial, prestou solidariedade ao Benfica e condenou os atos de violência, exigindo ação implacável do Estado para que o futebol possa se regenerar e cumprir de forma plena as suas vitais funções desportivas, sociais e econômicas.

O Benfica tinha a oportunidade de reassumir a liderança do Campeonato Português se derrotasse o Tondela na noite desta quinta-feira (04). Apesar do domínio, os donos da casa não conseguiram abrir o placar. Com o resultado, os Encarnados seguem na segunda posição, com a mesma pontuação do líder Porto, mas perdendo no critério de desempate, que é o confronto direto. O próximo compromisso dos Águias será na quarta-feira (10), contra o Portimonense, no Estádio Municipal de Portimão.

A nota oficial do Benfica é a seguinte:

“Falhada a oportunidade de passarmos para a liderança isolada do Campeonato, exige-se agora uma resposta imediata da equipa, com a ambicionada vitória na difícil deslocação a Portimão na próxima quarta-feira, 10 de junho.

Neste carrossel de emoções que tem caracterizado a luta pelo título desta época, todo o foco tem de estar nas nove finais que faltam disputar e que terão de ser enfrentadas com o máximo de rigor e exigência competitiva de acordo com a ambição a que estamos habituados.

O resultado, ontem, foi injusto. A nossa equipa dominou o jogo, instalou-se no meio campo adversário na esmagadora maioria do tempo e criou oportunidades de golo mais do que suficientes para vencer a partida (só Odysseas não rematou à baliza adversária), mas a ineficácia ofensiva penalizou-a.

O regresso aos triunfos é fundamental para alcançarmos o bicampeonato, numa retoma caracterizada pela necessidade de nos adaptarmos a toda esta nova realidade de não se sentir o apoio dos adeptos no Estádio.

Mas infelizmente a noite também ficou marcada pelo cobarde e criminoso ato de apedrejamento de que foi alvo o autocarro que transportava os nossos jogadores à saída da A2, quando se deslocava para o Benfica Campus no Seixal.

São situações que se têm repetido com maiores ou menores consequências, sendo a mais grave, recorde-se, a que vitimou o nosso adepto Bruno Simões quando o autocarro de adeptos do Benfica foi apedrejado no regresso a Barcelos, após um Benfica-Braga na Luz, para além das diversas situações que têm sido recorrentes no futebol português.

Em todos estes casos, sem exceção, importa e exige-se que as autoridades atuem com o máximo rigor, e identifiquem e punam os responsáveis destes atos criminosos, verdadeiros delinquentes que devem ser erradicados do futebol e que mancham a imagem de todos os clubes sem exceção.

Estão a mais no futebol e devem ser punidos de uma forma exemplar.” 

A nota oficial da Federação Portuguesa diz:

“Foi com enorme tristeza e indignação que tomei conhecimento do inaceitável ato de violência que atingiu o SL Benfica e os seus atletas.

A FPF confia que as autoridades policiais encontrarão, no mais curto espaço de tempo possível, os responsáveis pelo ato bárbaro e cobarde de ontem – o apedrejamento do autocarro do SL Benfica em andamento – e exige que os autores deste crime não passem impunes.

Atacar, pela calada da noite, com a mão escondida, atletas, equipa técnica, staff e dirigentes de um clube exige uma resposta à altura de todos os que amam o futebol e que se sentem revoltados por este tipo de comportamentos.

O futebol, ao longo de semanas, uniu-se e sacrificou-se para conseguir garantir a retoma de uma parte essencial da sua atividade. Exemplares na forma como seguiram todas as indicações das autoridades sanitárias e governamentais, os clubes nacionais voltaram a proporcionar uma enorme alegria aos seus adeptos que ansiavam, porque o futebol também é importante nas suas vidas, o regresso a uma competição que é, em si mesma, crucial para a recuperação desportiva, financeira e económica e social de todos os agentes do futebol.

Os atos ocorridos ontem, sejamos claros, mancham, de novo a imagem do futebol. Mas, no essencial, responsabilizam aqueles que arremessaram as pedras, motivados pelo ódio. Essas pessoas não são do futebol, não gostam do futebol e têm de ser expulsas do futebol.

Como já afirmei em outros momentos infelizes, o futebol precisa da ação implacável do Estado nestas ocasiões. O futebol precisa da vossa ajuda para se poder regenerar e cumprir de forma plena as suas vitais funções desportivas, sociais e económicas.

Dirijo uma última palavra de solidariedade aos técnicos e particularmente aos atletas duramente atingidos pelos incidentes de ontem. Envio-vos, em nome da FPF e de todo o futebol português, os meus votos de que rapidamente possam recuperar das agressões que foram alvo para que voltem a fazer aquilo que mais gostam de fazer e que tanto significa para nós – jogar futebol.

Fernando Gomes.”

Edição: Sergio du Bocage

O Benfica utilizou sua página oficial para repudiar os ataques sofridos. Em nota, o clube afirmou que o resultado da partida foi injusto, uma vez que os donos da casa dominaram o jogo. Contudo, reconhece que o time precisa voltar a vencer. O comunicado também classifica o apedrejamento como um ato covarde e criminoso, e exige o máximo rigor das autoridades para identificar e punir os responsáveis, chamados de “verdadeiros delinquentes que devem ser erradicados do futebol e que mancham a imagem de todos os clubes sem exceção”.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, também em comunicado oficial, prestou solidariedade ao Benfica e condenou os atos de violência, exigindo ação implacável do Estado para que o futebol possa se regenerar e cumprir de forma plena as suas vitais funções desportivas, sociais e econômicas.

O Benfica tinha a oportunidade de reassumir a liderança do Campeonato Português se derrotasse o Tondela na noite desta quinta-feira (04). Apesar do domínio, os donos da casa não conseguiram abrir o placar. Com o resultado, os Encarnados seguem na segunda posição, com a mesma pontuação do líder Porto, mas perdendo no critério de desempate, que é o confronto direto. O próximo compromisso dos Águias será na quarta-feira (10), contra o Portimonense, no Estádio Municipal de Portimão.

A nota oficial do Benfica é a seguinte:

“Falhada a oportunidade de passarmos para a liderança isolada do Campeonato, exige-se agora uma resposta imediata da equipa, com a ambicionada vitória na difícil deslocação a Portimão na próxima quarta-feira, 10 de junho.

Neste carrossel de emoções que tem caracterizado a luta pelo título desta época, todo o foco tem de estar nas nove finais que faltam disputar e que terão de ser enfrentadas com o máximo de rigor e exigência competitiva de acordo com a ambição a que estamos habituados.

O resultado, ontem, foi injusto. A nossa equipa dominou o jogo, instalou-se no meio campo adversário na esmagadora maioria do tempo e criou oportunidades de golo mais do que suficientes para vencer a partida (só Odysseas não rematou à baliza adversária), mas a ineficácia ofensiva penalizou-a.

O regresso aos triunfos é fundamental para alcançarmos o bicampeonato, numa retoma caracterizada pela necessidade de nos adaptarmos a toda esta nova realidade de não se sentir o apoio dos adeptos no Estádio.

Mas infelizmente a noite também ficou marcada pelo cobarde e criminoso ato de apedrejamento de que foi alvo o autocarro que transportava os nossos jogadores à saída da A2, quando se deslocava para o Benfica Campus no Seixal.

São situações que se têm repetido com maiores ou menores consequências, sendo a mais grave, recorde-se, a que vitimou o nosso adepto Bruno Simões quando o autocarro de adeptos do Benfica foi apedrejado no regresso a Barcelos, após um Benfica-Braga na Luz, para além das diversas situações que têm sido recorrentes no futebol português.

Em todos estes casos, sem exceção, importa e exige-se que as autoridades atuem com o máximo rigor, e identifiquem e punam os responsáveis destes atos criminosos, verdadeiros delinquentes que devem ser erradicados do futebol e que mancham a imagem de todos os clubes sem exceção.

Estão a mais no futebol e devem ser punidos de uma forma exemplar.” 

A nota oficial da Federação Portuguesa diz:

“Foi com enorme tristeza e indignação que tomei conhecimento do inaceitável ato de violência que atingiu o SL Benfica e os seus atletas.

A FPF confia que as autoridades policiais encontrarão, no mais curto espaço de tempo possível, os responsáveis pelo ato bárbaro e cobarde de ontem – o apedrejamento do autocarro do SL Benfica em andamento – e exige que os autores deste crime não passem impunes.

Atacar, pela calada da noite, com a mão escondida, atletas, equipa técnica, staff e dirigentes de um clube exige uma resposta à altura de todos os que amam o futebol e que se sentem revoltados por este tipo de comportamentos.

O futebol, ao longo de semanas, uniu-se e sacrificou-se para conseguir garantir a retoma de uma parte essencial da sua atividade. Exemplares na forma como seguiram todas as indicações das autoridades sanitárias e governamentais, os clubes nacionais voltaram a proporcionar uma enorme alegria aos seus adeptos que ansiavam, porque o futebol também é importante nas suas vidas, o regresso a uma competição que é, em si mesma, crucial para a recuperação desportiva, financeira e económica e social de todos os agentes do futebol.

Os atos ocorridos ontem, sejamos claros, mancham, de novo a imagem do futebol. Mas, no essencial, responsabilizam aqueles que arremessaram as pedras, motivados pelo ódio. Essas pessoas não são do futebol, não gostam do futebol e têm de ser expulsas do futebol.

Como já afirmei em outros momentos infelizes, o futebol precisa da ação implacável do Estado nestas ocasiões. O futebol precisa da vossa ajuda para se poder regenerar e cumprir de forma plena as suas vitais funções desportivas, sociais e económicas.

Dirijo uma última palavra de solidariedade aos técnicos e particularmente aos atletas duramente atingidos pelos incidentes de ontem. Envio-vos, em nome da FPF e de todo o futebol português, os meus votos de que rapidamente possam recuperar das agressões que foram alvo para que voltem a fazer aquilo que mais gostam de fazer e que tanto significa para nós – jogar futebol.

Fernando Gomes.”

Edição: Sergio du Bocage

Publicado em 05/06/2020 – 12:00 Por Mauricio Costa, repórter da Rádio Nacional – Rio de Janeiro

Bolsonaro confirma mais duas parcelas do auxílio emergencial

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Valor será menor do que os atuais R$ 600.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (4) que foi acertado o pagamento de mais duas parcelas do auxílio emergencial, mas com valor inferior aos atuais R$ 600. A informação foi dada pelo presidente durante sua live semanal, transmitida pelas redes sociais.  

“Vai ter, também acertado com o [ministro da Economia] Paulo Guedes, a quarta e a quinta parcela do auxílio emergencial. Vai ser menor do que os R$ 600, para ir partindo exatamete para um fim, porque cada vez que nós pagamos esse auxílio emergencial, dá quase R$ 40 bilhões. É mais do que os 13 meses do Bolsa Família. O Estado não aguenta. O Estado não, o contribuinte brasileiro não aguenta. Então, vai deixar de existir. A gente espera que o comércio volte a funcionar, os informais voltem a trabalhar, bem como outros também que perderam emprego”, disse. 

O auxílio emergencial foi aprovado pelo Congresso Nacional em abril e prevê o pagamento de três parcelas de R$ 600 para trabalhadores informais, integrantes do Bolsa Família e pessoas de baixa renda. Mais de 59 milhões tiveram o benefício aprovado. O novo valor ainda não foi anunciado pelo governo.  

O presidente também antecipou um possível aumento no valor do benefício do Bolsa Família, pago a cerca de 14 milhões de famílias em situação de pobreza e pobreza extrema. O valor do eventual aumento ainda será anunciado, garantiu o presidente, sem especificar uma data.  

“Acho que o pessoal do Bolsa Família vai ter uma boa surpresa, não vai demorar. São pessoas que necessitam desse auxílio, que parece que está um pouquinho baixo. Então, se Deus quiser, a gente vai ter uma novidade no tocante a isso aí”, afirmou.

Liberação de praia

Durante a live, o presidente defendeu a liberação de acesso às praias, que está proibida na maioria das capitais litorâneas do Brasil, e que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai emitir um parecer favorável sobre o assunto. 

“O governo federal vai opinar favoravelmente para aquela pessoa ir à praia, agora o juiz de cada cidade, que vai recepcionar esses mandados de segurança, é que vai decidir se o João pode ir para a praia ou não. Eu não vejo nada demais ir para a praia, praia é saúde”, afirmou.

O fechamento das praias faz parte das estratégias dos governos estaduais e prefeituras para evitar aglomerações. O isolamento social é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por especialistas como a principal forma de evitar disseminação em massa do novo coronavírus.

Repatriação

O presidente Jair Bolsonaro ainda afirmou que 23 mil brasileiros foram repatriados ao país desde o início da pandemia. São pessoas que ficaram retidas no exterior com o fechamento das fronteiras por centenas de países e estavam recebendo apoio logístico e diplomático do governo para retornarem. 

O governo ainda deve investir mais R$ 10 milhões para a repatriação de mais 3 mil pessoas que seguem sem conseguir voltar ao Brasil. 

Edição: Fábio Massalli

Publicado em 04/06/2020 – 22:00 Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Senado aprova uso obrigatório de máscaras em todo país

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Projeto de lei volta à Câmara para nova apreciação.

O Senado Federal aprovou hoje (4) o Projeto de Lei (PL) 1562/2020, que obriga o uso máscaras em locais públicos ou privados, mas acessíveis ao público, em todo o país. A obrigatoriedade do uso engloba transporte público (como ônibus e metrô), dentro de táxis ou carros de aplicativo e aviões. Por ter sido alterado no Senado, o texto volta à Câmara para nova apreciação.

O não uso do equipamento de proteção individual acarretará em multa fixada pelos estados ou municípios. Muitas cidades já têm adotado o uso obrigatório de máscaras, em leis de alcance local. Segundo o projeto, o poder público deve fornecer máscaras às populações economicamente vulneráveis. As empresas, por sua vez, devem oferecer o item de proteção a seus funcionários, sob pena de pagamento de R$ 300 de multa por funcionário sem o acessório.

Na compra das máscaras para os funcionários, o Poder Público dará prioridade aos equipamentos de proteção feitos por costureiras ou outros produtores locais, de forma individual, associada ou por meio de cooperativas de produtores, observado sempre o preço de mercado.

O projeto determina ainda a realização de campanhas publicitárias de interesse público, informando a necessidade do uso de máscaras de proteção pessoal e a maneira correta de seu descarte. A máscara, no entanto, está dispensada para o caso de pessoas com transtorno do espectro autista, deficiência intelectual, deficiências sensoriais ou quaisquer outras que as impeçam de usar a peça adequadamente.

A medida aprovada assegura ainda que profissionais de saúde contaminados pelo novo coronavírus terão garantidos leitos e atendimento em hospitais, respeitados os protocolos nacionais de atendimento médico. O relator da matéria, Jean Paul Prates (PT-RN), acatou várias emendas, dentre elas a inclusão de profissionais da segurança pública na preferência de atendimento, assim como os profissionais de saúde.

Edição: Denise Griesinger

Publicado em 04/06/2020 – 18:52 Por Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Revista inglesa retira publicação de estudo que invalidava cloroquina

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Segundo autores, a fonte dos dados analisados não era confiável.

Três dos quatro autores do estudo que invalidou o uso da cloroquina e do seu derivado, a hidroxicloroquina, em casos de covid-19, afirmaram que não é possível garantir a veracidade dos dados do estudo, de acordo com o comunicado divulgado na tarde de hoje (4) no site da revista médico-científica britânica The Lancet. Por isso, os cientistas pediram a retirada do estudo da publicação.

Os cardiologistas e cirurgiões Mandeep Mehra, Frank Ruschitzka e Amit Patel não obtiveram sucesso na validação independente dos dados usados para a publicação do estudo, o que torna impossível a checagem dos óbitos e o acesso às fichas completas dos 96 mil pacientes que fizeram parte do levantamento.

“Nós não podemos mais garantir a veracidade das fontes dos dados primários. Por causa deste desenvolvimento infeliz, os autores pedem que o artigo seja retratado”, afirma o médico e cientista Mandeep Mehra, em comunicado.

Publicado em 22 maio, o estudo afirmava que o uso de quatro protocolos diferentes de medicamentos – todos usando cloroquina ou sua variação moderna, a hidroxicloroquina – não surtiu efeito sobre o vírus SARS-CoV-2, agente causador da covid-19. O estudo relata que um dos efeitos colaterais descritos na bula dos medicamentos, a arritmia cardíaca, colocou em risco a vida de pacientes de diversos grupos, desde os menos severos até os que estavam em estado crítico. 

A retratação do estudo acontece um dia após a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciar a retomada dos testes com ambas as substâncias. Médicos, cientistas e estatísticos de diversos países também se manifestaram sobre a metodologia aplicada, que utilizou um banco de dados da empresa  Surgisphere especializada em informações médicas 

Em carta pública, 120 autoridades médicas contestaram os números, e solicitaram que a OMS conduzisse auditorias independentes para validar as informações relativas ao tratamento de pacientes com covid-19.

“Nós todos entramos nesta [jornada de] colaboração para contribuir, em boa fé e em um tempo de grande necessidade, com a pandemia de covid-19. Pedimos desculpas sinceras para você, para os editores e para os leitores do jornal [a revista The Lancet] pelo constrangimento e pela inconveniência causados”, informa a carta.

A retratação do estudo, assim como a íntegra da publicação original, ainda se encontram disponíveis no site da The Lancet.

Edição: Bruna Saniele

Publicado em 04/06/2020 – 18:40 Por Pedro Ivo de Oliveira – Repórter da Agência Brasil – Brasília