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Paraná tem acordo para produzir vacina registrada pela Rússia

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syringe with vial

O governo do Paraná anunciou que firmará um convênio com a Rússia nesta quarta-feira (12), às 14h, para produzir a vacina Sputnik V, primeiro imunizante contra a Covid-19 registrado no mundo.

A parceria será assinada pelo governador Ratinho Júnior e o embaixador da Rússia. Pelo acordo, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) será responsável por todas as etapas, desde a pesquisa até a distribuição das doses da vacina russa.

Para realizar os testes, o Paraná precisa receber o protocolo russo. Ele será analisado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que precisa dar aval para o início dos procedimentos.

Conforme o Tecpar, a pesquisa avança conforme compartilhamento de informações. Os protocolos não preveem distribuição antes do segundo semestre de 2021.

O governo russo incluiu o Brasil na lista de participantes da fase 3 dos estudos clínicos. A vacina será testada também na Rússia, Emirados Árabes, Arábia Saudita e México. Serão cerca de 2 mil participantes.

Vacina russa

O presidente Vladimir Putin anunciou nesta terça-feira o registro da vacina, a primeira no mundo a ter aprovação. Segundo ele, a própria filha recebeu o imunizante e apresentou apenas uma febre passageira como efeito adverso.

A comunidade científica, no entanto, criticou a aprovação da vacina sem a publicação de dados que comprovem sua eficácia.

Por Redação / Diário de Goiás

Miss Brasil 2020 já foi escolhida será anunciada no próximo dia 20

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A Organização do Miss Brasil já definiu quem é a rainha da beleza brasileira em 2020. O nome da eleita será anunciado dia 20 de agosto, às 20h no Youtube U_MissBrasil, quando ela receberá a coroa da mineira Júlia Horta, Miss Brasil 2019, top 20 no Miss Universo do ano passado.

Por conta da pandemia, a coroação acontecerá sem presença de plateia e terá como mestre-de-cerimônias o jornalista Roberto Macedo. O Miss Universo será realizado no primeiro trimestre de 2021, no Estados Unidos.

O Miss Universo é o maior concurso de beleza feminina do planeta, transmitido ao vivo anualmente para uma plateia de mais de 1 bilhão de telespectadores em quase 200 países. Começou em 1952 e somente dois anos depois o Brasil começou a participar, conquistando o segundo lugar com a baiana Martha Rocha, que faleceu no último dia 4 de julho. O nosso país foi campeão duas vezes: em 1963, com a gaúcha Ieda Maria Vargas, e em 1968, com a baiana Martha Vasconcellos.

Sobre o Miss Brasil
O Miss Brasil é o mais tradicional concurso de beleza feminino realizado anualmente, elegendo, entre as mulheres de cada unidade federativa do país, a representante nacional da beleza da mulher brasileira. A vencedora de cada edição representa o país no Miss Universo.

O concurso existe desde 1954, quando a baiana Martha Rocha se tornou a primeira Miss Brasil. A atual Miss Brasil é a representante do estado de Minas Gerais, Júlia Horta.

O Brasil, desde então, só não participou do Miss Universo no ano de 1990.

Por Diario de Goiás

MP Cidadão ganha módulo para recebimento de denúncia eleitoral

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O MP Cidadão, canal do Ministério Público de Goiás (MP-GO) para o registro de denúncias via internet, passa a receber também denúncias sobre suspeitas de ilícitos eleitorais. O novo módulo funciona desde esta sexta-feira (7/8) e visa facilitar o controle social sobre as eleições municipais a serem realizadas neste ano.

A opção foi criada para adequar a distribuição das denúncias às zonas eleitorais, que são diferentes das comarcas de atuação das Promotorias de Justiça. Com isso, além de permitir ao cidadão que contribua na fiscalização das regras eleitorais, o novo canal garante também que a denúncia seja corretamente encaminhada e tratada pelo Ministério Público Eleitoral. A distribuição será feita pela Superintendência Judiciária do MP-GO.

Vale lembrar que, para noticiar um fato via MP Cidadão, é necessário preenchimento de cadastro. O denunciante pode optar por deixar sua identificação pública ou mantê-la em sigilo.É importante atentar-se que a realização de uma denúncia falsa poderá ensejar a incursão do manifestante nos crimes de denunciação caluniosa e/ou de comunicação falsa de crime ou de contravenção, nos termos dos artigos 339 e 340 do Código Penal. (Texto: Pedro Palazzo – Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)

Rússia anuncia primeira vacina contra a covid-19

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O presidente da Russia, Vladimir Putin, durante Diálogo dos Líderes com o Conselho Empresarial do BRICS

Decisão é questionada e OMS pede cumprimento de protocolos.

O presidente Vladimir Putin anunciou nesta terça-feira (11) que a Rússia registrou a primeira vacina do mundo contra o novo coronavírus. Ele garantiu que sua filha já tomou a vacina e que ela estará disponível a partir de janeiro. A decisão é questionada, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu o cumprimento dos protocolos e dos regulamentos.

O Ministério da Saúde russo deu a aprovação regulatória para o produto, desenvolvido pelo Instituto Gamaleya de Moscou, após menos de dois meses de iniciados os testes em humanos.

“Esta manhã foi registrada, pela primeira vez no mundo, uma vacina contra o novo coronavírus”, disse Putin durante reunião com membros do governo.

De acordo com o presidente, o produto é “eficaz” e superou todas as provas necessárias, além de permitir uma “imunidade estável” face à covid-19. Putin garantiu também que uma das suas duas filhas já recebeu uma dose e passa bem.

“Uma das minhas filhas tomou a vacina”, afirmou. “Dessa forma, ela participou da experiência. Depois da primeira vacinação, ela teve 38 graus de febre, no dia seguinte 37, e foi apenas isso”.

A Rússia espera agora poder iniciar a aplicação em massa, mesmo que estejam ocorrendo ainda testes clínicos para comprovar a segurança da vacina. As autoridades russas já tinham anunciado que os profissionais de saúde, professores e outros grupos de risco serão os primeiros a serem imunizados.

A vice primeira-ministra da Rússia, Tatyana Golikova, disse que a vacina vai começar a ser administrada a profissionais de saúde, a partir de setembro, e que estará disponível ao público em geral a partir de 1º de janeiro de 2021.

Decisão questionada

Muitos cientistas, no entanto, na Rússia e em outros países, questionaram a decisão de registrar a vacina antes que sejam completada a chamada Fase 3 do estudo – que, por norma, demora vários meses, envolve milhares de pessoas e é a única forma de provar que a vacina experimental é segura e funciona.

Nas últimas semanas, muitos cientistas expressaram preocupação com a velocidade em que estava sendo desenvolvida a vacina. A Organização Mundial da Saúde pediu “diretrizes claras” para o tratamento e o cumprimento dos protocolos e dos regulamentos em vigor. 

Publicado em 11/08/2020 – 07:42 Por RTP – Moscou

Infectologista: tomar mais de uma vacina não significa maior proteção

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Alerta é feito por Nancy Bellei, da Universidade Federal de São Paulo.

Três vacinas estão com testes em andamento no Brasil atualmente, após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a realização de estudos. Todas estão em fase avançada de testes, na chamada pesquisa clínica, ou seja, aplicação em humanos. São elas a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca, com testes feitos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); a Coronavac, parceria firmada entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac Biotech; e a do laboratório Pfizer.

O desenvolvimento de uma vacina ocorre em etapas. A primeira é a laboratorial, onde é feita a avaliação de qual a melhor composição para o produto. A segunda etapa, chamada de pré-clínica, é a de testes em animais. A terceira é a fase clínica, de testes em humanos. Se os testes forem satisfatórios, a vacina é submetida ao registro na agência regulatória. Mesmo após o registro, a vacina é monitorada no pós-mercado pela Anvisa.

Apesar de haver três opções de vacina em teste no país, a infectologista Nancy Bellei, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), alerta que tomar mais de um tipo não significa que a pessoa ficará mais protegida contra a covid-19. “A pessoa vai tomar uma vacina, vamos aguardar os estudos e ver depois se há uma vacina melhor que a outra. A pessoa toma uma vacina só, não tem nenhuma que a gente recomenda tomar uma e outra. Ninguém sabe isso ainda sobre a vacina contra covid-19 e pode ser até pior.”

Nancy explica que há dois cenários considerados para os resultados das vacinas: o funcionamento delas por um período de tempo em médio prazo, em que funcionariam de forma semelhante à produção de anticorpos que se tem visto nas pessoas infectadas pela doença. O outro seria um resultado em longo prazo, ou seja, quanto essas vacinas vão ter um papel de estimular a imunidade celular – considerada permanente, assim como ocorre em doenças como o sarampo.

“A saída, em médio prazo, parece que é possível, porque essas vacinas induzem produção de anticorpo e aí boa parte das pessoas vacinadas estaria protegida, você diminui a cadeia de transmissão. Em longo prazo, o ideal é que essas vacinas pudessem ativar a imunidade celular, que seria a imunidade de memória, porque os títulos de anticorpos – quantidade presente – na infecção natural eles caem, então a gente precisa ter imunidade celular”, disse.

Segundo a médica, o que se conhece até o momento é que as pessoas que têm a infecção por covid-19 vão perdendo os anticorpos. “Há estudos mostrando que, em torno de 100 dias, perdemos o nível de anticorpos, só que não sabemos o quanto resta de imunidade celular que permite responder à nova infecção se a gente encontrar o vírus dali a algum tempo. Nós não sabemos isso ainda”, disse ao ressaltar que é uma doença nova e que houve pouco tempo para se desenvolver estudos.

“Quem já teve infecção, a gente não sabe se vai ter uma proteção em longo prazo, então muito menos ainda conseguimos antever se as vacinas vão ter esse papel e, se tiverem, por quanto tempo. Porque se elas não tiverem, vai ser como uma vacina de gripe, que você tem que dar toda hora de novo”.

Imunidade celular x anticorpos

Nancy Bellei afirma que se as vacinas não tiverem a competência de ativar a imunidade celular, o problema não será resolvido em longo prazo. “É totalmente diferente, imunidade celular não é anticorpo, ela é a memória imunitária que a gente faz com algumas doenças: sarampo, caxumba, rubéola, catapora, que nunca mais a gente pega porque tem imunidade. Eu não sei o quanto essas vacinas vão estimular a imunidade celular para que a gente, se encontrar o vírus novamente, mesmo sem ter anticorpo, rapidamente o produza”.

De acordo com a infectologista, houve prova de imunidade celular em algumas vacinas, mas não se sabe na prática o quanto isso será aplicado. “Há alguns estudos com essas vacinas, mas não permitem dizer isso na prática, só depois de aplicar e ter os estudos”.

Ela explica que a imunidade celular é resultado da ação de defesa de células que são ativadas quando chega um organismo estranho no corpo da pessoa. “É diferente da imunidade humoral, que são os anticorpos. Eles estão na circulação, independentemente de serem ativados. A imunidade celular é mais permanente, mais definitiva, e a imunidade humoral é definitiva se eu tenho imunidade celular. Se não, ela é transitória.”

CoronaVac

A vacina chamada de CoronaVac está em fase adiantada de testes, na terceira etapa, chamada clínica, de testagem em humanos. Na produção da CoronaVac, o novo coronavírus é introduzido em uma célula do tipo Vero, cultivada em laboratório. O vírus se multiplica e, no final, é inativado e incorporado à vacina que será aplicada na população. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o agente causador da covid-19.

O anúncio de produção da vacina pelo governo de São Paulo ocorreu em 11 de junho, após parceria firmada entre o Instituto Butantã e o laboratório chinês Sinovac Biotech. O investimento do Instituto Butantã nos estudos, na fase clínica, é de R$ 85 milhões.

“Nessa vacina, você vai ter todos os componentes do vírus. Então alguns advogam que com uma vacina desse tipo, haveria mais chance de ela ser mais imunogênica [maior capacidade de estimular uma resposta imunológica], já que você está oferecendo grande quantidade de proteínas diferentes que podem estimular o sistema imune”, disse a Nancy Bellei.

Ela acrescenta que as vacinas com vírus inteiros normalmente são mais reatogências, ou seja, causam mais reação. “Então, existe sempre essa discussão: você quer uma vacina que seja muito imunogênica, mas não quer que seja muito reatogência”. Segundo a médica, isso é o que ocorre em geral com vacinas desse tipo, e é preciso aguardar os resultados dos testes.

A terceira etapa – os testes em humanos – é dividida em três fases. As fases 1 (inicial, que avalia se a vacina é segura) e 2 (que conta com maior quantidade de voluntários e avalia a eficácia do produto) já foram executadas na China, com sucesso. A Fase 3 dessa terceira etapa está sendo realizada no Brasil, com 9 mil voluntários de todo o país, e foi iniciada em São Paulo. 

Caso os testes com esses 9 mil voluntários, na Fase 3, se mostrem positivos, a vacina entrará na etapa de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e então começará a ser produzida em larga escala. A expectativa do Instituto Butantã é de que a vacina poderá estar disponível para a população em junho de 2021, com fornecimento ao SUS, o Sistema Único da Saúde, de forma gratuita.

O Butantã tem capacidade de produzir 1 milhão de vacinas por dia. As primeiras pessoas a serem vacinadas no Brasil devem ser aquelas dos grupos de maior risco, como idosos e/ou com comorbidades, ou seja, doenças pré-existentes.

Oxford

Desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca, essa vacina usa um vetor viral – baseado em um vírus modificado – que atinge chimpanzés, mas não humanos, ao qual é acrescida uma proteína que o novo coronavírus usa para invadir células, para induzir a produção de anticorpos — em vez de um vírus inativado. A vacina já está na Fase 3 dos ensaios clínicos, a última etapa de testes em seres humanos para determinar a segurança e eficácia.

Segundo Nancy, existem inúmeros trabalhos que determinam que a porção do vírus que estimula os anticorpos neutralizantes é a da proteína Spike – usada para penetrar nas células. “Para o vírus entrar na célula, ele tem que se ligar em um determinado ponto, que está na proteína S [Spike]. Vacinas que trabalham com a indução de proteína S, por meio de RNA mensageiro ou com o vetor de adenovírus – carreando um pedaço genético dessa proteína -, estimulariam diretamente a nossa produção de anticorpo neutralizante, que evitaria que o vírus se ligasse ao receptor.”

A infectologista afirma que, dessa forma, as vacinas seriam menos reatogênicas – causariam menos reações -, mas seriam mais específicas. “Se eventualmente o vírus tiver uma mutação nessa região da proteína Spike, no futuro uma vacina desse tipo teria que ser modificada, porque não mais reconheceríamos o vírus, por se tratar de uma região muito específica”, disse.

Para a realização do estudo clínico da vacina, foi firmado acordo entre a Universidade de Oxford e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em São Paulo, com a viabilização financeira da Fundação Lemann no custeio da infraestrutura médica e de equipamentos necessários, os testes tiveram início em 20 de junho. Em pouco mais de um mês, cerca de 1,7 mil voluntários, de um total de 2 mil a serem recrutados na capital paulista, já foram selecionados e tomaram a vacina.

Segundo a Unifesp, o recrutamento continua e os voluntários estão sendo acompanhados de perto para que os pesquisadores monitorem a saúde deles, assim como segurança e eficácia da vacina. No Rio de Janeiro, serão 2 mil testados e, em Salvador, mais mil voluntários recrutados.

A expectativa é de que a vacina tenha seu dossiê de registro apresentado à Anvisa ainda neste ano. A partir daí, as doses produzidas serão disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, para serem aplicadas na população.

Pfizer

No fim de julho, a Pfizer e a BioNTech anunciaram a escolha do Brasil como um dos locais para a fase clínica de seu programa de vacina à base de RNA mensageiro, o Projeto Lightspeed, contra o novo coronavírus. A Fase 2 dos testes clínicos – em humanos – está sendo conduzido em São Paulo, no Centro Paulista de Investigação Clínica, e na Bahia, na Instituição Obras Sociais Irmã Dulce.

As pesquisas baseiam-se em potenciais vacinas de RNA mensageiro (mRNA), produzido sinteticamente, que tem como objetivo estimular a produção de uma proteína semelhante ou idêntica à do vírus no organismo. Essa proteína deve ser capaz de estimular o sistema imune a produzir células de defesa, fazendo com que, quando a pessoa entrar em contato com o vírus, já tenha desenvolvido imunidade.

“Esse tipo de vacina a gente nunca utilizou. Nessa [vacina] de RNA mensageiro, haveria uma indução de a gente produzir essa proteína e aí o nosso sistema de anticorpos a reconheceria. Então a gente teria uma proteção. Mas essa é a vacina mais diferente de todas, é uma plataforma de vacina que nunca foi utilizada, então é mais difícil ainda antecipar vantagens e desvantagens”, disse a infectologista.

Nancy explica que essa vacina se assemelha à de Oxford porque trabalha com a indução de proteína, por meio de RNA mensageiro, e a outra pelo vetor de adenovírus. Ela avalia que ambas têm potencial para serem menos reatogênicas.

Segundo a Pfizer, diferentemente das vacinas convencionais, as vacinas de mRNA são potencialmente mais rápidas de serem produzidas. A expectativa é apresentar em outubro os resultados dos estudos para autoridades regulatórias de todo o mundo e, a partir daí, elas avaliarão como será feita a distribuição. A meta é produzir 100 milhões de doses neste ano e mais 1,3 bilhão em 2021.

Quarta vacina

O governo do Paraná firmou parceria de cooperação técnica e científica com a China para iniciar a testagem e a produção de outra vacina contra a covid-19 no estado, por meio do Instituto de Tecnologia (Tecpar). O termo de confidencialidade assinado com a empresa estatal chinesa Sinopharm possibilitará a realização da terceira fase de testes – aplicação em humanos – no Paraná. A expectativa é que o processo possa começar ainda neste mês de agosto.

O tipo de vacina a ser testado é a inativada e o prazo de fornecimento, caso os testes clínicos apresentem resultados satisfatórios, está previsto para o segundo semestre de 2021.

Governo federal

O governo federal assinou, na última quinta-feira (6), a medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção e aquisição da vacina após a conclusão dos testes e registro na Anvisa. A transferência de tecnologia na formulação, envase e controle de qualidade da vacina será realizada por meio de um acordo da AstraZeneca com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde.  

De acordo com o governo, embora seja baseada em nova tecnologia, essa plataforma já foi testada anteriormente para outras doenças, como, por exemplo, nos surtos de ebola e Mers (síndrome respiratória do Oriente Médio, causada por outro tipo de coronavírus) e é semelhante a outras plataformas da Bio-Manguinhos/Fiocruz, o que facilita sua implantação em tempo reduzido.

Além disso, a Fiocruz recebeu R$ 100 milhões, em doação de um grupo de empresas, para investir no aprimoramento de suas instalações que serão usadas na produção da vacina da covid-19. A primeira etapa de adequação inclui a construção de um laboratório para controle de qualidade de 100 milhões de doses importadas da AstraZeneca, a partir de dezembro. A previsão é que a fábrica esteja totalmente concluída no início de 2021, quando será possível a incorporação total da tecnologia pelo Brasil e a realização de todo o processo de produção da vacina no local.

“A Fundação Lemann articulou a vinda dos testes da vacina de Oxford ao Brasil e financiou parte dos testes por entender a importância de o país ter acesso à vacina. Agora participa também da doação para a montagem da fábrica que possibilita a autonomia na produção. São passos importantes para garantir resposta ao enfrentamento da covid-19 e para oferecer à sociedade brasileira um legado público na área da saúde que irá beneficiar todo o país nesse e em outros desafios”, disse Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann.

Parte das instituições dessa coalizão também apoiará a construção de uma fábrica similar no Instituto Butantã, em São Paulo, que está testando a CoronaVac.

Edição: Graça Adjuto

Publicado em 11/08/2020 – 09:00 Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

CBF anuncia novas datas de confrontos da 3ª fase da Copa do Brasil

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Copa do Brasil, taça, troféu

Após a remarcação, jogos serão realizados entre 25 e 27 de agosto.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) remarcou datas e horários dos jogos de volta dos confrontos pela terceira fase da Copa do Brasil. As partidas serão realizadas entre os dias 25 (terça-feira) e 27 (quinta-feira) de agosto. Os duelos de ida foram disputados antes da paralisação do futebol no país, devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A competição será retomada às 16h (horário de Brasília) do dia 25, com o Afogados recebendo a Ponte Preta. A Macaca tem vantagem confortável, já que venceu o compromisso de ida, em Campinas (SP), por 3 a 0. No mesmo dia, às 19h, a Ferroviária visita o América-MG. Na primeira partida, em Araraquara (SP), as equipes ficaram no 0 a 0. Já às 21h30, no Rio de Janeiro, o Fluminense enfrenta o Figueirense, que ganhou o duelo anterior, em Florianópolis, por 1 a 0.

No dia 26, serão cinco jogos. Às 16h (de Brasília), o Cruzeiro encara o CRB em Maceió. O time da casa venceu o jogo de ida, em Minas Gerais, por 2 a 0. No mesmo horário, América-RN e Juventude jogam em Natal, depois do empate por 1 a 1 na partida anterior, em Caxias do Sul (RS). Às 19h, o Botafogo, que venceu o primeiro jogo por 1 a 0, visita o Paraná. Por fim, às 21h30, Goiás e Vasco se enfrentam em Goiânia, enquanto Vitória e Ceará duelam em Salvador. Goianos e cearenses levaram a melhor na ida, por 1 a 0.

Já dia 27, às 19h,  o Brusque recebe o Brasil de Pelotas, após ter vencido fora de casa por 1 a 0. E na sequência, às 21h30, em Porto Alegre, o São José-RS pega o Atlético-GO, que venceu em casa por 2 a 0, antes da paralisação do futebol.

As equipes classificadas à quarta fase terão os confrontos entre si sorteados para definição das vagas às oitavas de final. Os cinco times que avançarem se unem aos oito que iniciaram a temporada na Libertadores (Flamengo, Santos, Palmeiras, Grêmio, São Paulo, Athletico-PR, Corinthians e Internacional) e aos campeões de 2019 na Série B (Red Bull Bragantino),  nas Copas Verde (Cuiabá) e do Nordeste (Fortaleza).

A vaga na quarta fase garante uma bonificação de R$ 2 milhões por clube. Se o time que for o campeão tiver iniciado a participação na Copa do Brasil na primeira fase, a premiação arrecadada durante a competição pode chegar a quase R$ 80 milhões. Devido à pandemia, a decisão está prevista para ocorrer somente em 10 de fevereiro do ano que vem.

Confira AQUI a tabela completa da Copa do Brasil.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

Publicado em 11/08/2020 – 11:13 Por Lincoln Chaves – Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional – São Paulo

Líderes do Líbano foram alertados em julho sobre explosivos no porto

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Primeiro-ministro recebeu a carta com alerta em 20 de julho.

Autoridades de segurança do Líbano alertaram o primeiro-ministro e o presidente, mês passado, que 2.750 toneladas de nitrato de amônio armazenados no porto de Beirute representavam um risco de segurança e poderiam destruir a capital, se explodissem, segundo documentos vistos pela Reuters e autoridades de segurança.

Pouco mais de duas semanas depois, os produtos químicos industriais foram pelos ares em uma enorme explosão que destruiu quase todo o porto e faixas da capital, matando pelo menos 163 pessoas, ferindo outras 6.000 e destruindo 6.000 prédios, segundo autoridades municipais.

Um relatório da Direção Geral de Segurança Pública sobre os eventos que levaram à explosão incluiu referência a uma carta enviada ao presidente Michel Aoun e ao primeiro-ministro Hassan Diab, em 20 de julho.

Embora o conteúdo da carta não estivesse no relatório visto pela Reuters, uma autoridade superior de segurança disse que resumia as descobertas de uma investigação judicial, iniciada em janeiro, que concluiu que as substâncias químicas deveriam ser postas em segurança imediatamente.

O relatório de segurança pública, que confirmou a correspondência ao presidente e ao primeiro-ministro ainda não havia sido publicada.

“Havia o risco de que esse material, se roubado, pudesse ser usado em um ataque terrorista”, disse a autoridade à Reuters.

“No fim da investigação, o procurador-geral (Ghassan) Oweidat preparou um relatório final que foi enviado às autoridades”, disse, referindo-se à carta enviada ao primeiro-ministro e ao presidente pela Direção Geral de Segurança Pública, que supervisiona a segurança portuária.

“Eu os alertei que isso poderia destruir Beirute, se explodisse”, afirmou a autoridade, envolvida na redação da carta e que se recusou a ter a identidade divulgada.

A Reuters não conseguiu confirmar a descrição da carta de maneira independente.

A Presidência não respondeu ao pedido por comentários sobre a carta de 20 de julho.

Um representante de Diab, cujo governo renunciou na segunda-feira (10), disse que o primeiro-ministro recebeu a carta em 20 de julho e ela foi enviada ao Conselho Supremo de Defesa para aconselhamentos dentro de 48 horas. “O atual ministério recebeu o documento 14 dias antes da explosão e agiu em resposta a ela em questão de dias. As administrações anteriores tiveram seis anos e não fizeram nada.”

O procurador-geral não respondeu aos pedidos por comentários.

Publicado em 11/08/2020 – 15:06 Por Samia Nakhoul e Laila Bassam – Reuters – Beirute

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