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Presas 884 pessoas em operação que combate crimes contra crianças

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325 adolescentes foram apreendidos em vários estados

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou hoje (16), em Brasília, que 884 pessoas foram presas como resultado da Operação Acalento, realizada em várias regiões do país. A ação tem como objetivo combater crimes de violência contra crianças e adolescentes, como maus tratos e violência sexual. Também foram solicitadas 1.490 medidas protetivas e 325 adolescentes foram apreendidos.

No total, 16.971 vítimas foram atendidas. Foram executados 528 mandados de prisão, 293 mandados de busca domiciliar e 105 armas apreendidas.

A operação, que ocorre desde 4 de junho, reuniu policiais civis de todo o país. Na manhã desta sexta-feira foi desencadeado o Dia D da ação que reuniu, durante a sua realização, 7.500 agentes da polícia civil em 1.352 municípios de todos os estados.

Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos mostram que, de janeiro a abril deste ano, os canais da pasta receberam mais de 32 mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes.

Segundo o secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça, Alfredo Carrijo, a pasta tem atuado para integrar as forças de segurança pública visando combater crimes contra crianças e adolescentes.

“O papel da Secretaria de Operações Integradas é promover a união das forças de segurança pública dos estados para que traga resultados nacionais expressivos no combate a esse tipo de crime. As investigações vêm sendo bem-sucedidas e mostram ações rigorosas contra esta prática”, disse.

Edição: Kleber Sampaio

Publicado em 16/07/2021 – 14:40 Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Mercado de medicamentos é concentrado em 64 empresas, diz Anvisa

Estado de São Paulo lidera o setor, com 76,85% do faturamento

Das 224 empresas que atuam no setor farmacêutico do país, apenas 64 delas totalizaram, juntas, um faturamento de R$ 74,6 bilhões em 2019, correspondendo a 86,8% do mercado naquele ano. Elas foram responsáveis por 73% das embalagens de medicamentos vendidas. Os dados são do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No total, em 2019, mais de 5,3 bilhões de unidades foram comercializadas no país, com R$ 85,9 bilhões em faturamento. O preço médio global praticado por medicamento foi de R$ 16,34.

De acordo com a publicação, em 2019, as empresas com registro de medicamentos com comercialização estavam distribuídas em 14 unidades da federação. A maior concentração de indústrias farmacêuticas foi verificada no estado de São Paulo, que, sozinho, responde por 56,25% do total de empresas do setor no país, detendo 76,85% do faturamento e 64,89% da quantidade de embalagens comercializadas.

Destaca-se também a participação de Goiás em termos de quantidade de unidades vendidas, com 14,61% do total, segunda posição nesse quesito, e 4,34% do faturamento. Outros estados em destaque são o Rio de Janeiro, com 10,14% do faturamento total do setor e com 5,69% da quantidade de embalagens comercializadas no país, e o Paraná, com 3,77% do faturamento e 5,78% das embalagens.

Princípios ativos

O documento traz ainda o ranking das substâncias mais vendidas e aquelas com os maiores faturamentos em 2019. O princípio ativo mais vendido foi o cloreto de sódio, que tem várias indicações como: descongestionante, como veículo para vários medicamentos injetáveis ou para limpeza de ferimentos. Ele teve entre 150 milhões e 250 milhões de apresentações comercializadas.

Com a mesma quantidade de vendas, em segundo lugar, vem a losartana potássica, medicamento indicado para quadros de hipertensão, para redução do risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares em pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda e proteção renal em pacientes com diabetes tipo 2 e proteinúria. É também um dos medicamentos mais prescritos e pertence ao rol de produtos oferecidos a custo zero pela Farmácia Popular do Ministério da Saúde.

Já os princípios ativos com maior faturamento foram a toxina botulínica A e o trastuzumabe, acima de R$ 500 milhões. A toxina botulínica é um medicamento indicado para o tratamento de contração involuntária espasmódica da pálpebra (blefarospasmo), contrações intensas de origem neurológica dos músculos do pescoço e dos ombros (distonia cervical), espasmo de um dos lados da face (hemifacial), torcicolo espasmódico, contrações espasmódicas do músculo (espasticidade muscular), linhas faciais hiperfuncionais (rugas) e suor excessivo (hiperidrose) palmar e axilar em adultos entre outros. A substância também é muito usada em procedimentos estéticos.

O trastuzumabe é um anticorpo monoclonal indicado para o tratamento de câncer de mama (metastático e inicial) e câncer gástrico avançado.

A quinta edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, com dados de 2019 e séries históricas de 2015 a 2019, está disponível na página da Anvisa. O documento usa informações do Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos (Sammed) sobre a indústria de fármacos no Brasil.

Edição: Lílian Beraldo

Publicado em 16/07/2021 – 14:43 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília

COI alerta atletas sobre “manifestações políticas” na Olimpíada

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Presidente da entidade criticou opiniões pessoais nos pódios

Os atletas não deveriam fazer “manifestações políticas” ou expressar suas opiniões pessoais nos pódios dos Jogos de Tóquio, disse o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, nesta sexta-feira (16).

O COI afrouxou neste mês sua Regra 50, que proibia quaisquer protestos dos atletas, mas agora permite que eles façam gestos durante as provas, contanto que sem interrompê-las e com respeito pelos outros competidores.

Mas ainda existe uma ameaça de sanções se quaisquer protestos forem feitos nos pódios de medalha durante o evento de 23 de julho a 8 de agosto.

“O pódio e as cerimônias de medalhas não são feitos… para uma manifestação política ou outra”, disse Bach ao jornal Financial Times.

“Eles são feitos para homenagear os atletas e os ganhadores de medalhas por conquistas esportivas, e não por suas (opiniões) particulares.”

“A missão é ter o mundo inteiro junto em um lugar e competindo pacificamente um com o outro. Isto você nunca conseguiria se os Jogos (se tornassem) polarizadores”, disse.

Embora os protestos de atletas nas Olimpíadas sejam raros, nos Jogos do México de 1968 os velocistas negros norte-americanos Tommie Smith e John Carlos foram expulsos do evento depois de abaixarem as cabeças e erguerem os punhos com luvas negras no pódio para protestarem contra a desigualdade racial.

Na Olimpíada Rio 2016, o maratonista etíope Feyisa Lilesa ergueu os braços e cruzou os pulsos ao atravessar a linha de chegada para mostrar apoio aos protestos de sua tribo oromo contra planos do governo para realocar terras de cultivo.

Publicado em 16/07/2021 – 14:45 Por Manasi Pathak – Bengaluru (Índia)

CPFL Energia oferta R$ 2,67 bilhões por CEEE-T e vence leilão

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O leilão foi realizado hoje em São Paulo

A CPFL Energia foi a vencedora do leilão de privatização do controle acionário da Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T), promovido pelo governo do Rio Grande do Sul. O leilão foi realizado na manhã de hoje (16) na B3, em São Paulo. Pelo leilão, a CPFL adquiriu 66,08% do capital social da CEEE-T, transmissora do Grupo CEEE.

A CPFL Energia ofertou R$ 2,67 bilhões pela CEEE-T, o que significou ágio de 57,13%. A venda da companhia gaúcha tinha valor mínimo de R$ 1,699 bilhão.

O resultado foi comemorado pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que esteve em São Paulo acompanhando o leilão.

“Para que consigamos ter um ambiente mais propício ao investimento privado, além de voltar nossas atenções para aquilo que é nossa responsabilidade, é importante reconhecer que o setor privado tem maior capacidade de eficiência na administração daquilo que talvez no passado tenha feito sentido. A operação com o ganho de eficiência próprio do setor privado vem em proveito de toda a sociedade, com melhores serviços, com menores preços, e esse ganho de eficiência reverte em melhores oportunidades de emprego”, disse ele.

A CPFL Energia é responsável pela distribuição de energia em 77% do território do Rio Grande do Sul por meio da RGE.

A conclusão da aquisição ainda depende da análise dos documentos pela Comissão de Licitação e das aprovações da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Segundo a CPFL, se todo o processo correr dentro dos prazos previstos pelo edital do leilão, a consumação da transferência total do controle da transmissora deve acontecer a partir de outubro de 2021.

A CEEE-T possui 56 subestações, somando potência de 10,5 mil megavolt-ampères (MVA) e opera outras 18 unidades. A empresa também é responsável pela operação e manutenção de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão e mais de 15,7 mil estruturas de geração de transmissão de energia.

Este é o segundo braço do Grupo CEEE a se privatizado. Em março, a CEEE Distribuidora (CEEE-D) foi leiloada e adquirida pelo Grupo Equatorial Energia. Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que coordenou os estudos e a modelagem de privatização e de avaliação da empresa, a Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G) também deve ser vendida. Neste momento, a CEEE-G encontra-se em fase de aprovação de estudos e o edital de venda deve ser publicado ainda neste semestre.

Edição: Valéria Aguiar

Publicado em 16/07/2021 – 16:18 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Cresce recusa de vacina contra covid-19; relato é de 2.097 cidades

Número corresponde a 74,2% das 2.826 prefeituras pesquisadas pela CNM

Em 2.097 cidades, foi relatada a recusa de vacina contra a covid-19 nesta semana. O número corresponde a 74,2% das 2.826 prefeituras ouvidas na 17ª edição da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a pandemia de covid-19. Em 689 municípios, as prefeituras não relataram esse tipo de situação.

O levantamento também detectou pessoas tentando escolher vacinas. Segundo a pesquisa, 2.109 (74,6%) cidades constataram essa tipo de postura. Outras 687 (24,3%) não informaram tais práticas por parte dos cidadãos.

Também foram reportados casos de pessoas que se recusam a tomar determinados imunizantes. As vacinas mais recusadas foram a CoronaVac, em 1.067 (50,6%), a Oxford/AstraZeneca, em 829 (39,3%) e, em menor proporção, a da Janssen, em 66 (3,1%).

Abastecimento

Entre as cidades que participaram do levantamento, 2.025 (71,7%) afirmaram não ter problema de desabastecimento de vacinas contra covid-19, neste semana. O número das que enfrentaram desabastecimento chegou a 775 (27,4%), maior do que o registrado na semana passada, quando 17,7% municípios reclamaram.

Das cidades que não receberam imunizante, 739 (95,4%) ficaram sem a primeira dose. Em 102 (13,2%) das cidades sem imunizante, foi registrada a falta da segunda dose.

Faixa etária

Entre os municípios ouvidos, 74,6% começaram a imunização nas faixas etárias abaixo dos 60 anos. Segundo o levantamento, 132 (4,7%) estão na faixa de 50 a 55, 349 (12,4%) de 45 a 49, 709 (25,2%) de 40 a 44 anos, 1.070 (38%) de 35 a 39, 379 (13,5%) de 30 a 34, 84 (3%) de 25 a 29 e 69 (2,4%) na faixa etária de 18 a 24 anos.

Do universo de administrações municipais consultadas, 1.975 (69,9%) reportaram a adoção de alguma forma de medida de distanciamento ou restrição de horário das atividades não essenciais. Outras 808 (28,6%) responderam não ter lançado mão deste recurso durante a pandemia. Na semana passada, regras de distanciamento foram relatadas por 72,4% das cidades pesquisadas.

Casos e mortes

Das prefeituras consultadas, em 1.142 (40,4%) houve redução do número de casos de covid-19, em 143 (5,1%) não foram registrados novos casos, em 1.036 (36,7%) os casos se mantiveram estáveis e em 469 (16,6%) ocorreu aumento.

Quanto às mortes, em 1.426 (50,5%) não foram registrados novos óbitos, em 610 (21,6%) a situação se manteve estável, em 465 (16,5%) houve queda e em 289 (10,2%), foi detectado aumento de vidas perdidas.

Insumos

O risco de desabastecimento de medicamentos do “kit intubação” foi manifestado por 218 cidades, o equivalente a 7,7%. Outras 2.326 negaram o problema, 82,3%.

Na semana anterior, o percentual de cidades que indicaram o problema estava em 9,8%. O “kit intubação” compreende remédios usados no uso de suporte ventilatório de pacientes com covid-19, como anestésicos e neurobloquedores.

Edição: Valéria Aguiar

Publicado em 16/07/2021 – 16:19 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil – Brasília

UFRJ desenvolve teste de baixo custo para detecção de covid-19

Segundo desenvolvedores, eficácia é de 100% se comparada ao teste PCR

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveram um teste rápido e de baixo custo que detecta a presença do SARS-CoV-2, o novo coronavírus, no organismo por meio de amostras de saliva e secreção nasal. O resultado sai em menos de uma hora e custa R$ 30.

O Lamp-COVID-19, que foi desenvolvido por cientistas do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM/UFRJ) e do campus Duque de Caxias da UFRJ, identifica pedaços de RNA do coronavírus. A eficácia do novo teste em comparação ao PCR tradicional é de 100%, segundo a UFRJ.

Ainda de acordo com a UFRJ, o exame pode ser realizado em lugares com pouca infraestrutura e o resultado é conferido a partir da cor exibida. Se a amostra ficar rosa, o resultado é negativo. Se ficar amarela, é positivo.

“Queremos tornar possível a comercialização dos testes, por isso estamos em busca de parceiros que nos ajudem a produzir em larga escala. O SUS, nosso Sistema Único de Saúde, é a meta prioritária, pois dessa forma poderemos contribuir para o maior acesso da população ao diagnóstico e cooperar para o enfrentamento da pandemia em nosso país”, afirma a pesquisadora Fabiana Ávila Carneiro.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

Publicado em 15/07/2021 – 08:27 Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Homem aumenta ida ao médico, mas a mulher ainda cuida mais da saúde

Hoje é comemorado o Dia do Homem no Brasil

Embora tenha aumentado em 49,96% a procura do homem pelo médico entre 2016 e 2020, de acordo com o Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) do Sistema Único de Saúde (SUS), passando de 425 milhões de atendimentos para 637 milhões, os homens estão bem atrás das mulheres em termos de atenção à saúde.

Dados do Programa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 revelam que apesar de 76,2% da população terem ido ao médico naquele ano, o que corresponde a cerca de 160 milhões de pessoas, a proporção de mulheres (82,3%) superou em muito a dos homens (69,4%).

Por isso, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) lançou hoje (15), quando se comemora o Dia do Homem no Brasil, campanha de conscientização e valorização dos cuidados com a saúde pelos homens e seus filhos do sexo masculino. A data é celebrada no país desde 1992.

O presidente da SBU, Antonio Carlos Pompeo, ressaltou que a mulher vive em torno de sete a dez anos mais do que o homem, por várias razões, inclusive hormonais, e que a maior atenção dada pelo sexo feminino à saúde vem desde a adolescência. O homem, pela característica machista, muitas vezes considera a ida ao médico como uma fraqueza. Pesquisa feita pela SBU com crianças e jovens estudantes na faixa etária de 12 a 18 anos de idade mostrou que 30% das meninas nessa fase já foram a uma consulta médica, contra 1% dos homens que procuraram o médico para atendimento de avaliação. “É uma coisa gritante”, disse Pompeo.

Efeitos posteriores

Levantamento feito no ano passado pela SBU com adolescentes masculinos revelou que 44% não usaram preservativo na primeira relação sexual e 35% não usam, ou usam raramente, o preservativo nas relações sexuais. Outra dado de destaque é que 38,57% dos meninos afirmaram não saber sequer colocar o preservativo.

Os reflexos dessa falta de conscientização serão sentidos depois, como a incidência de doenças sexualmente transmissíveis, sexo desprotegido, gestações indesejáveis. “Não existe conscientização por parte dos pais adequada com relação à adolescência”. Pompeo acrescentou que, durante a vida, as mulheres vão regularmente ao médico, de forma preventiva, mas isso não é frequente, entretanto, entre os homens. “Em geral, eles procuram atendimento médico quando estão com sintomas. A mulher vai mais preventivamente”.

Segundo o presidente da SBU, nos últimos anos, graças às campanhas divulgadas na mídia, os homens depois dos 50 anos têm procurado mais o médico, com temor do câncer de próstata. Os especialistas, porém, têm de olhar o homem como um todo, promovendo sua conscientização sobre a importância da saúde. “Os homens vivem menos que as mulheres porque não têm o hábito de cuidar da saúde”.

Antonio Carlos Pompeo destacou que nos anos de 1950, a expectativa de vida de uma pessoa era de 50 a 55 anos de idade. Hoje, é de quase 80 anos. “Mudamos hábitos, surgiram tratamentos mais eficazes, ganhamos 50% de vida a mais”. Por isso, disse ser extremamente importante que o homem procure assistência médica preventivamente. “Porque, preventivamente, você pode detectar uma dessas doenças ou alterações de ordem geral, como diabetes, hipertensão, colesterol, triglicerídeos, tudo que interfere com a nossa vida, e também fazer diagnóstico precoce de doenças que não dão sinal na fase inicial e podem vir a ser curadas”.

Cânceres

O câncer de próstata é o tumor mais frequente do homem após os 50 anos de idade e o segundo que mais mata, depois do câncer de pulmão. Mas, se detectado na fase inicial, tem chance de cura. Se, ao contrário, for detectado já em fase de difícil cura, o objetivo do tratamento é controlar a doença. São estimados para este ano 65.840 novos casos, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).

Pompeo afirmou que a ida regular ao médico desde a adolescência previne algumas catástrofes do ponto de vista de câncer. Uma delas é o câncer do pênis que, além de deformar o homem, provoca sua segregação, porque tem mau odor, tem secreção. Aí entra a importância da prevenção, sinalizou o urologista. “O câncer do pênis é o que mais facilmente se faz prevenção com higiene, água e sabão”. O câncer do pênis ainda faz muitas vítimas no Brasil. Entre 2019 e 2020, houve 6.174 diagnósticos da doença e 1.092 desses pacientes tiveram o órgão amputado por buscarem tratamento somente em estágio avançado.

Do mesmo modo, ocorre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV, que pode causar câncer do pênis no homem e câncer de colo de útero na mulher. Pompeo lembrou ainda da fimose (incapacidade de redução do prepúcio com completa exposição da glande), que oferece mais dificuldade ao homem de fazer a higiene correta do pênis e favorece o acúmulo de esmegma, que é a concentração de óleo, sujeira, pele e umidade no órgão sexual. Isso facilita a proliferação de fungos e bactérias, que podem gerar infeções que causam dor, inchaço, mau odor.

Parceria

O Dia do Homem será comemorado durante o mês de julho pela SBU que quer orientar os homens e seus filhos sobre as principais afecções masculinas e incentivá-los a ter mais atenção com sua saúde. Serão realizadas ‘lives’ (transmissões ao vivo pela internet) no Portal da Urologia (@portaldaurologia) do ‘Instagram’, e disponibilizados vídeos e material de instrução, entre outras ações.

Antonio Carlos Pompeo lembrou que, em maio passado, a SBU firmou acordo com o Ministério da Saúde em prol da saúde do homem. “De agora em diante, a SBU vai trabalhar junto com o ministério, valorizando essa mensagem de conscientização e de prevenção e usando os próprios centros de atendimento à saúde, ou seja, de atenção primária, para que os próprios médicos também exerçam sua função, destacando os valores da prevenção e do diagnóstico precoce”. O acordo tem vigência até 2023.

Outras doenças masculinas

Além do câncer do pênis e da próstata, o homem está suscetível a ter câncer de testículo. O tumor de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer entre os homens, de acordo com a SBU. Entre 2019 e 2020, foram 446 óbitos.

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é outra doença que afeta a qualidade de vida do homem. Cerca de 50% dos indivíduos acima de 50 anos terão HPB; aos 90 anos, essa condição afeta cerca de 80% dos pacientes. Entre os principais sintomas estão dificuldade de urinar, jato urinário fraco, sensação de que a bexiga não foi completamente esvaziada, aumento do número de idas ao banheiro durante a noite e vontade incontrolável de urinar.

Há ainda a disfunção erétil, destacou a SBU. Estima-se que 100 milhões de homens no mundo apresentam disfunção erétil, sendo esta a mais comum disfunção sexual encontrada nessa população após os 40 anos. No Brasil, a prevalência se aproxima de 50% após os 40 anos, algo em torno de 16 milhões de homens.

Edição: Aécio Amado

Publicado em 15/07/2021 – 09:34 Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro