quinta-feira, agosto 7, 2025
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Rio: micro e pequenas empresas respondem por 89% dos empregos

Dados são referentes ao primeiro semestre de 2021

As micro e pequenas empresas (MPES) responderam por 89% das vagas de trabalho criadas no estado do Rio de Janeiro no primeiro semestre deste ano, com a geração de quase 59 mil empregos com carteira assinada. Os dados constam de sondagem do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio de Janeiro (Sebrae Rio), elaborada com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O analista do Sebrae Rio Felipe Antunes disse hoje (24) à Agência Brasil que, desde o ano passado, as MPES vêm apresentando saldo positivo de emprego, puxando o mercado de trabalho para cima. “Quando a gente compara com grandes empresas, as micro e pequenas empresas são as que mais empregam”, indicou o economista.

Do total de 58,9 mil postos criados entre janeiro e junho de 2021, a maior contribuição foi dada pelo setor de serviços, com 31.491 vagas, que vinha com um saldo líquido de empregos negativo. “Mas agora, com o avanço da vacinação, esse setor começa a recuperar as vagas perdidas no ano passado, quando a restrição era maior”. A indústria aparece em segundo lugar, com 13 mil empregos com carteira assinada e o comércio com 10.409 novas vagas formais.

Em comparação com os seis primeiros meses de 2020, no auge da pandemia do novo coronavírus, a situação era bem pior. Foram fechados mais de 81,7 mil postos de trabalho no estado.

Municípios

Dos 92 municípios fluminenses, 84 tiveram saldo líquido de emprego positivo no primeiro semestre, devido às micro e pequenas empresas. Destaque para a capital (24,5 mil vagas), Niterói (2,5 mil), Duque de Caxias (2,4 mil), Campos dos Goytacazes (1,9 mil) e São Gonçalo (1,8 mil). Somente oito municípios tiveram saldo líquido negativo de empregos. Isso mostra, segundo expôs Felipe Antunes, que esse cenário favorável capitaneado pelas micro e pequenas empresas não está concentrado só na capital nem na região metropolitana, mas está espalhado ao longo do estado, com as MPES apresentando também saldo positivo.

Felipe Antunes analisou que a tendência é que as MPES continuem puxando para cima o volume de empregos com carteira assinada e que o mercado de trabalho siga apresentando saldo líquido positivo nos próximos meses. “Principalmente com o avanço da vacinação da população, a gente vê a recuperação de alguns setores, como serviços, no Rio de Janeiro, que é muito forte. A tendência é que, nos próximos meses, o mercado continue gerando empregos e mantenha saldo positivo”.

Em junho

Em junho, foram criadas 16,2 mil vagas no território fluminense. No mesmo período do ano passado, as micro e pequenas empresas fecharam mais de 8,6 mil postos de trabalho. O resultado positivo foi impulsionado pela criação de mais de 8 mil novas oportunidades no setor de serviços, além do comércio, que contribuiu com 4.076 novas vagas de emprego, seguido pela indústria com 3.095 mil novos postos de trabalho.

O analista do Sebrae Rio informou que os segmentos do setor de serviços que se destacaram no mês foram restaurantes e similares, com 1.033 novas vagas, e serviços combinados de escritório e apoio administrativo (548 vagas). No comércio, criaram mais postos de trabalho os segmentos de comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios (462 vagas) e produtos farmacêuticos (442 postos). Na indústria, sobressai a construção de edifícios, com 534 empregos criados em junho.

No ranking nacional, as MPES do estado do Rio de Janeiro ficaram em terceiro lugar, no mês de junho, atrás de São Paulo (55,4 mil vagas) e Minas Gerais (25,9 mil vagas).

Edição: Aline Leal

Publicado em 24/08/2021 – 15:41 Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Documento sobre covid era informal e foi alterado, diz auditor do TCU

Alexandre Marques presta depoimento à CPI nesta terça-feira

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, nesta terça-feira (17), o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Marques explicou que redigiu um documento preliminar sobre a superestimação dos dados de mortes pelo novo coronavírus no país, sem timbre ou cabeçalho do tribunal, a partir de dados de óbitos no Portal da Transparência do Registro Civil. Com isso, Marques afirmou que pretendia apenas provocar um debate dentro do órgão.

Segundo Marques, o documento foi compartilhado em um arquivo de formato Word, dentro da área de postagens da equipe do TCU no Microsoft Teams e, por escrito, ele pediu que os colegas ficassem à vontade para comentar, criticar ou mesmo ignorar o que ele havia escrito. O debate não avançou. O texto também foi enviado pelo servidor por WhatsApp ao seu pai, o coronel da reserva Ricardo Silva Marques, a quem ele se referiu como um confidente.

Alexandre Marques contou à CPI que o seu pai teria encaminhado o arquivo ao presidente Jair Bolsonaro, de quem é amigo e ex-colega de turma na Academia Militar das Agulhas Negras. “Em nenhum momento passou pela minha cabeça que ele [o pai] compartilharia o documento em Word”, disse. O servidor contou que o documento original foi editado, mas que desconhece o autor das mudanças. “A falsificação foi constatada após chegar ao presidente. Eu recebi uma versão já em PDF [que não permite edição] desse arquivo, com o TCU mencionado no cabeçalho. Meu pai recebeu o arquivo em Word e mandou para o presidente. Foi usado indevidamente”, detalhou Alexandre ao colegiado.

Em junho, ao conversar com apoiadores, Bolsonaro disse que teve acesso a um relatório oficial do TCU que concluía que a maior parte das mortes apontadas como decorrentes da pandemia seria na verdade em virtude de outras doenças. O presidente sugeriu à época que dados superestimados da covid-19 estariam sendo divulgados por estados interessados em receber mais verbas para o combate à pandemia. Diante da repercussão da declaração, o TCU informou que não é o autor do estudo e afastou o auditor do cargo.

“Não era uma instrução processual, não era nada do Tribunal de Contas da União. Achei irresponsável vincular o nome do TCU a duas páginas não conclusivas”, disse o servidor em resposta a um questionamento do relator Renan Calheiros (MDB-AL). 

Próximos passos

Na reunião de hoje, o relator da comissão confirmou que a acareação, marcada para amanhã 18), entre o atual ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) foi cancelada. Os depoimentos foram aprovados na semana passada, mas, na avaliação dos senadores que comandam a CPI, não acrescentariam fatos novos para a investigação. Segundo Renan, a comissão está “em reta final” e o relatório deverá ser entregue no mês que vem.

A CPI da Pandemia deve ouvir amanhã (18), às 9h30, Túlio Silveira, advogado da Precisa Medicamentos. Ele é o representante legal da empresa na negociação da vacina indiana Covaxin, da Bharat Biotech, com o Ministério da Saúde.

Matéria alterada às 15h13 para correção de informação no último parágrafo.

Edição: Bruna Saniele

Publicado em 17/08/2021 – 14:33 Por Karine Melo – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Refrigeradores reduzirão gastos de energia em mais de R$ 30 bilhões

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Nova portaria foi estabelecida neste mês pelo Inmetro

Os laboratórios e empresas certificadoras de todo o Brasil já estão preparados e com a infraestrutura adequada para adotar todos os critérios estabelecidos pela nova Portaria 332 do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), publicada neste mês de agosto, que estabeleceu novas regras para a classificação de refrigeradores comercializados no país. Haverá maior eficiência dos produtos e economia superior a R$ 30 bilhões para os consumidores na conta de energia.

A partir de 1º de setembro deste ano, os testes nos laboratórios acreditados pela autarquia se tornarão mais rigorosos, bem como serão elevados os níveis de qualidade dos equipamentos, visando se adequar às orientações das Nações Unidas para regulamentação em eficiência energética dos refrigeradores, dispostas no Guia da ‘United por Efficiency’ (U4E). Parceria público-privada liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o U4E se concentra principalmente em países em desenvolvimento e economias emergentes, onde a demanda por eletricidade deverá mais do que dobrar até 2030.

A partir de 1º de julho de 2022, haverá três novas classificações de refrigeradores. As geladeiras mais eficientes serão classificadas em A+++, mostrando eficiência de até 30% em relação à atual classificação A; A++, indicando 20% a menos no consumo; e A+, com economia de 10%.

Segundo o Inmetro, ao optar por uma geladeira A+++ de duas portas de degelo automático (frost-free) de volume ajustado de 500 litros, ou volume interno útil em torno de 350 litros, que corresponde a 80% do mercado nacional, o consumidor pode economizar cerca de 13 quilowatts-hora (kWh) por mês, o que representa economia para ele de R$ 10,14, considerando uma tarifa média, acrescida de impostos, de R$ 0,78 por kWh. Até 2035, o Inmetro estima que haverá economia de R$ 32,25 bilhões na conta de energia dos brasileiros, ao longo do processo de atualização do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) para refrigeradores comercializados no Brasil.

Em 31 de dezembro de 2025, quando passa a vigorar a segunda fase do aperfeiçoamento, serão eliminadas as subclasses e o novo A será ainda mais rigoroso, advertiu o Inmetro. Os níveis das classes passam a ser definidos com base nas recomendações das Nações Unidas para regulamentação em eficiência energética para refrigeradores, com a aplicação de fatores de correção à realidade nacional. O consumo das geladeiras fabricadas no Brasil, atualmente de classificação A, terá de ser reduzido em 40%, em média, para que possa permanecer A em 2025.

Mais eficiência

O vice-presidente de Laboratórios da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac), Israel Teixeira, disse que a partir de 31 de dezembro de 2030, o nível de eficiência dos refrigeradores deverá ser de 61% em relação ao consumo dos refrigeradores fabricados no país e classificados atualmente em nível A de eficiência. Teixeira destacou que em momentos em que ocorrem crises hídricas, há a questão da geração de energia por termelétricas de outras matrizes que têm custos ambientais associados. Fundada em 2009, a Abrac reúne em torno de 200 empresas e laboratórios de ensaio e calibração associados, responsáveis pela avaliação da conformidade de produtos e sistemas, acreditados pelo Inmetro e espalhados por todo o Brasil.

Israel Teixeira explicou que a energia elétrica é um custo importante dentro do orçamento das famílias. Por isso, todo valor que diminui no custo de energia impacta positivamente no orçamento das famílias. Ele acredita que novas portarias do Inmetro serão baixadas, tornando cada vez mais exigente o nível de eficiência dos eletrodomésticos em geral, “com o objetivo de se ter uma melhor eficiência energética. Essa é uma dinâmica constante”.

Segurança

A nova portaria de refrigeradores preserva requisitos de segurança destinados a evitar os chamados “acidentes de consumo”. “Por exemplo, riscos como choque elétrico, ameaça de queimaduras, propagação de fogo. Enfim, todos os riscos associados a esses aparelhos que são alimentados por energia”. O Brasil adotou regulamentos com o objetivo de proteger a sociedade de eventuais acidentes com lesão ao usuário final. “O Inmetro possui, em nível de América Central e do Sul, um certo protagonismo em regulamentos para a segurança do consumidor final”, disse o vice-presidente de Laboratórios da Abrac.

A nova Portaria 332 vai substituir, a partir do dia 1º de setembro próximo, a antiga Portaria 577/2015.

Edição: Valéria Aguiar

Publicado em 17/08/2021 – 15:07 Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Ministro critica “insinuações generalizadas” contra militares

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Braga Netto, da Defesa, participou de audiência pública na Câmara

O ministro da Defesa, Braga Netto, disse hoje (17) que as Forças Armadas “têm sido agredidas com insinuações generalizadas” e que isso tem acarretado em “desnecessário desgaste institucional”. A afirmação foi feita durante audiência pública na Câmara dos Deputados, onde Braga Netto prestou esclarecimentos sobre nota oficial assinada por ele e pelos comandantes militares.

Publicada no dia 7 de julho, a nota foi um repúdio a declarações do senador Omar Aziz (PSD-AM) sobre a conduta de alguns militares supostamente envolvidos em casos suspeitos de corrupção no governo federal.

De acordo com Braga Netto, o texto foi uma “resposta a um pronunciamento pontual considerado desrespeitoso e injusto”. “Essa resposta foi emitida de forma direta, clara, necessária e legítima, em referência às palavras ofensivas à história das FAs [Forças Armadas], à memória dos heróis do passado e à honra dos militares de hoje atingidos pela generalização. Esse foi o motivo”, disse o ministro durante audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

Ainda segundo Braga Netto, a emissão de resposta não foi uma “decisão precipitada”, como insinuado por parlamentares. “Ao contrário: houve consulta às Forças. Levou-se em conta o cenário atual, as consequências danosas advindas da injustiça cometida, e o prejulgamento, onde a parte se confunde com o todo; onde as suposições são transformadas em verdade; e onde instituições seculares são citadas de maneira injusta, sendo imaculadas em sua reputação junto à sociedade brasileira”, acrescentou.

Braga Netto criticou o que considera prejulgamentos” com relação à “participação de militares em supostas falcatruas, de forma generalizada e apenas com base em suspeitas e ilações, sem a necessária comprovação material e sem a observância do devido processo legal”.

Tal atitude, segundo ele, vai de encontro aos preceitos do Estado Democrático de Direito. “Possíveis desvios de condutas individuais ou coletivos são punidos pelos regulamentos militares, pelo código militar e, quando pertinente, pela legislação comum. Assegurar a ampla defesa e não considerar ninguém culpado até o trânsito em julgado faz parte dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal”, completou.

Após a divulgação da nota, Omar Aziz se defendeu, afirmando que não fez uma generalização às Forças Armadas, tendo, na verdade, referido-se a uma minoria.

Urnas e poder moderador

Aproveitando a presença do ministro na comissão, os parlamentares pediram esclarecimentos de Braga Netto sobre algumas manifestações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, questionando a confiabilidade das urnas eletrônicas, e com relação ao papel das Forças Armadas, especialmente sobre ser ou não um “poder moderador” em caso de conflito entre os Três Poderes.

Autor de um dos requerimentos de convite ao ministro para falar na comissão, o deputado Elias Vaz (PSB-GO) disse que as declarações que colocam em xeque o sistema eleitoral brasileiro são uma ameaça à democracia.

Em resposta, Braga Netto disse que “hoje em dia, se a pessoa tem posição diferente, ela é criminalizada”. “Isso agora virou batalha de vida ou morte, mas é apenas questão de opinião”, completou o ministro.

Em resposta às perguntas sobre considerar as Forças Armadas uma “espécie de poder moderador”, para casos de conflito entre os Três Poderes, Braga Netto disse que “o país tem somente três poderes que têm de estar harmônicos e serem independentes”. 

O ministro destacou que as Forças trabalham com base no Artigo 142 da Constituição Federal. Segundo o artigo, as Forças Armadas “são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da República, e destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

Politização de quartéis

Alguns parlamentares pediram também esclarecimentos sobre uma suposta “politização dos quartéis” e com relação à participação de militares em manifestações.

“Tenho muito respeito e admiração pelo general Villas Boas, apesar das controvérsias que se colocam. Ele fazia questão de lembrar que, quando a política entra pela porta de um quartel, a disciplina e a hierarquia saem pelas outras. E o senhor sabe mais do que eu que disciplina e hierarquia é a coluna vertebral das Forças Armadas. Há que se ter muito cuidado com relação a isso”, disse a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) ao criticar a passagem de veículos da Marinha pela Esplanada no dia 10 de agosto, mesmo dia marcado para a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso.

“O presidente da República não usa politicamente as FAs. Ponto. E não existe política partidária dentro dos quartéis. Alguns dos senhores confundem política com a defesa dos interesses da Força. Os comandantes conversam com parlamentares e ministros para isso”, respondeu Braga Netto. “Foi um ato formal de entrega de um convite ao presidente da República, ao ministro da Defesa e aos comandantes da FAs, para assistirem a um tradicional serviço militar em Formosa”.

Outro assunto abordado pelo ministro foi a discussão sobre se o Brasil viveu ou não uma ditadura durante o período militar. “Não, não considero que tenha havido uma ditadura. Houve um regime forte, com excesso dos dois lados, mas isso tem que ser analisado na época da história, de guerra fria e tudo mais. Não trazer uma coisa do passado para os dias de hoje. Se houvesse ditadura, talvez muitas pessoas não estariam aqui. Execuções, ditadura, como disse um dos deputados, são em outros países.”

matéria atualizada às 15h32 para acréscimo de informações 

Edição: Bruna Saniele

Publicado em 17/08/2021 – 15:28 Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Atualizado em 17/08/2021 – 15:32

Talibã adota tom moderado e promete paz e direitos às mulheres

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Porta-voz diz que movimento não buscará retaliação contra ex-soldados

O Talibã afegão anunciou, nesta terça-feira (17), que quer manter relações pacíficas com outros países e que respeitará os direitos das mulheres, nos moldes da lei islâmica. Feitos na primeira entrevista coletiva oficial desde a tomada inesperada da capital, os anúncios do Talibã foram escassos em detalhes, mas levam a crer em uma postura mais suave do que durante seu governo de 20 anos atrás, e chegaram no momento em que Estados Unidos e aliados ocidentais retiravam diplomatas e civis, um dia depois de cenas caóticas de afegãos lotando o aeroporto de Cabul.

Enquanto se apressam em partir, potências estrangeiras avaliam como reagir à situação no país desde que as forças afegãs se desfizeram, em questão de dias, de conquistas, e muitos preveem um esfacelamento provavelmente rápido dos direitos das mulheres.

Entre 1996 e 2001, quando também governou guiado pela lei islâmica, ou shariah, o Talibã proibiu as mulheres de trabalhar e aplicava a elas punições, incluindo o apedrejamento público. As meninas não podiam frequentar escolas, e as mulheres tinham que usar burcas que as cobriam por inteiro para sair.

“Não queremos nenhum inimigo interno ou externo”, disse o principal porta-voz do movimento, Zabihullah Mujahid.

As mulheres terão permissão para trabalhar e estudar, e “serão muito ativas na sociedade, mas dentro dos moldes do Islã”, acrescentou.

“Precisaremos ver o que realmente acontece, e acho que precisaremos ver atos no local em termos de promessas cumpridas”, disse o porta-voz da União Europeia, Stéphane Dujarric, aos repórteres em Nova York, em reação à entrevista coletiva do Talibã.

Mujahid disse que o Talibã não buscará retaliação contra ex-soldados e membros do governo apoiado pelo Ocidente.

Segundo Mujahid, o movimento está garantindo anistia a ex-soldados do governo afegão, prestadores de serviço e tradutores que trabalharam para forças internacionais.”Ninguém ferirá vocês, ninguém baterá em suas portas”, disse ele, acrescentando que existe uma “diferença enorme” entre o Talibã de agora e o de 20 anos atrás.

De acordo com Mujahid, a mídia privada pode continuar sendo livre e independente no Afeganistão. Ele afirmou que o Talibã está comprometido com a mídia dentro de seus moldes culturais.

O porta-voz do movimento disse ainda que as famílias que tentam fugir do país pelo aeroporto deveriam voltar para casa e que nada lhes acontecerá.

O tom conciliador de Mujahid contrastou acentuadamente com os comentários do primeiro-vice-presidente afegão, Amrullah Saleh, que se declarou o “presidente interino legítimo” e prometeu não se curvar aos novos governantes de Cabul.

Publicado em 17/08/2021 – 16:28 Por Agência Reuters – Cabul

Coluna – Seleção vale mais que calendário do futebol brasileiro

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Convocação para Eliminatórias faz CBF adiar fim da temporada 2021

Em agosto do ano passado a CBF divulgou o calendário para a já espremida temporada de 2021 do futebol brasileiro. Como anunciado, ela começou em 28 de fevereiro, três dias depois de o Flamengo conquistar o bicampeonato seguido, ainda por 2020. A questão é que, por aquela previsão, ela deveria terminar em 05 de dezembro. Esqueça: pelo menos até o dia 12 teremos bola rolando aqui no Brasil. Isso se um dos finalistas não tiver vencido a Copa Libertadores e se classificado para o Mundial de Clubes, que começa no Japão em 9 de dezembro. E, aí, a exemplo do que aconteceu esse ano, em que a Copa do Brasil 2020 já foi disputada em março de 2021, mais uma vez a temporada de um ano vai invadir o outro.

Você, a essa altura, pode estar pesquisando: quem da Copa do Brasil pode ser campeão da Libertadores? Quatro equipes estão nas duas competições: Atlético-MG, Flamengo, Fluminense e São Paulo. Ou seja, as chances são reais. É evidente que essa especulação pode não se confirmar, mas que tal se esse processo tivesse sido evitado?

Para início de conversa, discutir o calendário e o fato de não se prever, na hora de organizá-lo, a interrupção das competições para as Datas Fifa é assunto antigo e cansativo. Mas, que tal não convocar jogadores que atuam no Brasil, para não desfalcar as equipes envolvidas nas duas principais competições nacionais organizadas pela própria CBF? E quando eu digo duas é porque jogos do Brasileirão também serão adiados. Um deles do Flamengo, que nesse momento já está devendo dois e que, pelo visto, como aconteceu ano passado, vai jogar com intervalo de 48h. Algo, aliás, que só aconteceu com ele, é bom lembrar.

Os jogos de volta das quartas de final da Copa do Brasil estavam previstos para 01 e 02 de setembro, e já foram transferidos para os dias 15 e 16. Sem contar os jogadores estrangeiros, também convocados, estariam nesses jogos adiados Éverton Ribeiro e Gabigol, do Flamengo, Guilherme Arana, do Atlético-MG e Daniel Alves, do São Paulo. Eles não poderiam estar fora da relação do Tite? Considerando que o Brasil está dez pontos à frente do quinto colocado das Eliminatórias, mesmo perdendo os três jogos não sairemos da zona de classificação para a Copa. Temos folga na tabela e, certamente, jogadores para ocuparem essas vagas.

E mais: esse ano ainda teremos outras quatro partidas das eliminatórias, duas em outubro e duas em novembro, que vão se chocar com as rodadas 24, 25, 31 e 32 do Brasileirão. Será que, de novo, vão chamar jogadores que atuam no Brasil? Vão adiar também essas partidas? Ou a decisão será outra, diferente da de agora?

É evidente que eu defendo a paralisação do campeonato, nesses jogos Fifa. Mas sair empurrando as datas, como foi feito, sinaliza que a CBF entende como mais importante essa convocação que a organização de suas competições. Poderemos, de novo, invadir a temporada seguinte, desrespeitando, inclusive, o período de férias dos jogadores. E ai, nesse caso específico de agora, não achei oportuno. Mas, sem dúvida também, não veria problema algum em abrir mão desses jogadores na seleção.

*Sergio du Bocage é apresentador do programa No Mundo da Bola, da TV Brasil

Edição: Marcio Parente

Publicado em 17/08/2021 – 16:44 Por Sergio du Bocage – Jornalista TV Brasil – Rio de Janeiro

Defesa suspende realização de desfile cívico-militar em 7 de setembro

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É o segundo ano sem desfile por causa da pandemia da covid-19

Pelo segundo ano consecutivo, o governo federal não realizará o tradicional desfile cívico-militar de 7 de setembro, para celebrar o Dia da Independência. O evento costuma reunir populares e autoridades dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Em nota enviada à Agência Brasil, o Ministério da Defesa informou que a comemoração do 199º aniversário da Proclamação da Independência acontecerá no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, com restrição de público.

“A apresentação do tradicional desfile cívico está suspensa, ainda em razão da pandemia da covid-19”, informa a pasta, acrescentando que a programação geral da solenidade no Alvorada será coordenada pela Presidência da República, e que as Forças Armadas realizarão apenas uma cerimônia de hasteamento da bandeira nacional.

Ministro da Defesa

Esta manhã, ao participar de uma audiência conjunta na Câmara dos Deputados, o ministro da Defesa, Braga Netto, disse não haver impedimento para a participação militar em eventos que venham a ocorrer em outras unidades da federação.

“[Em Brasília] a celebração será restrita apenas a convidados. Não haverá desfiles. Nada impede que, dependendo da situação de cada localidade, haja exposições e demonstrações feitas normalmente, mas desfiles não estão previstos”, disse Braga Netto.

Em 2020, mesmo com as restrições ao desfile cívico-militar devido à pandemia, a solenidade, que contou com exibição da Esquadrilha da Fumaça, do hasteamento da bandeira nacional e da execução do Hino Nacional, pela Banda do Batalhão da Guarda Presidencial, atraiu muitas pessoas até a frente do Palácio da Alvorada. 

Na ocasião, uma portaria ministerial foi publicada no Diário Oficial da União, com quase um mês de antecedência, orientando às Forças Armadas a não participarem de desfiles, paradas, demonstrações ou outros eventos comemorativos que pudessem causar concentração de pessoas.

Edição: Fernando Fraga

Publicado em 17/08/2021 – 16:53 Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil – Brasília