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CBF sinaliza que abertura do Brasileirão 2020 pode ser em 9 de agosto

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Data saiu após reunião com dirigentes de clubes das séries A e B.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), após reunião virtual com dirigentes de 40 clubes, chegou à data provável de início do Campeonato Brasieleiro. A primeira partida da Série A  pode ocorrer no dia 9 de agosto (domingo), e o jogo de abertura da Série B, um dia antes: 8 de agosto. O acordo quanto às datas saiu após reunião virtual, realizada ontem (25), com a participação de representantes da CBF, da Comissão Nacional de Clubes (CNC) e de dirigentes das 40 agremiações que integram o Brasileirão.

Em nota oficial, a CBF afirmou que houve acordo quanto a algumas questões relacionadas às competições, mas ressaltou que os torneios seguem dependendo do aval do poder público para serem realizados. “O retorno do futebol depende da autorização das autoridades de saúde. Mas, dezenove dos vinte clubes da Série A se dispuseram a jogar fora das suas cidades, em última instância, caso até lá seus municípios não estejam liberados pelas autoridades de saúde a realizar jogos. Foi um sinal de apoio à realização da competição pela CBF”, diz a nota da entidade. Apenas o Athlético Paranaense votou contra.

Houve consenso em relação a itens como a manutenção do formato da competição: “todos contra todos”, totalizando 38 rodadas. Caso a realização do campeonato seja de fato autorizada, as primeiras partidas ocorrerão sem a presença de público, e o campeonato só terminará em fevereiro de 2021.

Também ficou decidido que a Copa do Brasil deve retornar na primeira quinzena de agosto. Com as duas competições ocorrendo concomitantemente, a intenção é que as equipes façam dois jogos por semana, com exceção das datas Fifa, previstas para serem retomadas em setembro. 

Indefinições nos Estaduais 

As prováveis datas anunciadas pela CBF para o retorno das principais competições nacionais,  podem acabar coincidindo com partidas dos campeonatos estaduais. Em São Paulo, por exemplo, os clubes só podem retomar os treinamentos com bola no dia 1º de julho. A possibilidade de antecipar o retorno do torneio depende do Governo do Estado.

No Rio Grande do Sul, a situação é parecida. No último dia 19, a Federação Estadual de Futebol entregou ao governo estadual um protocolo com todas as ações de saúde propostas para a retomada do Gauchão. A entidade ainda aguarda posicionamento do poder executivo. 

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria da CBF informou que “a entidade desconhece qualquer insatisfação de forma oficial e recebeu apoio de todos os clubes na reunião”.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

Publicado em 26/06/2020 – 20:22 Por Juliano Justo – Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional – São Paulo

covid-19: Governo anuncia parceria para produzir vacina

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Acordo com o Reino Unido prevê fabricação de 100 milhões de doses.

O Brasil fechou acordo para disponibilização no futuro de doses de uma vacina que está sendo testada para o tratamento da covid-19. O medicamento está sendo desenvolvido em uma iniciativa conjunta da Universidade de Oxford e de um laboratório no Reino Unido e já está sendo testado no país.

O acordo prevê a produção de 100 milhões de doses de vacina por meio da aquisição de insumos e transferência de tecnologia para produção no país. 

Caso seja comprovada a eficácia deste tratamento, dois lotes, de 15,2 milhões de unidades cada, serão disponibilizados em dezembro de 2020 e janeiro de 2021, totalizando cerca de 30 milhões de doses, ao custo de US$ 127 milhões. Os primeiros lotes serão destinados aos grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades, além de profissionais de saúde e trabalhadores da segurança pública.

O Brasil poderá ainda contar com mais 70 milhões de doses, por cerca de US$ 160 milhões.

Em entrevista coletiva em Brasília, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, justificou a opção por assumir o risco da pesquisa, mesmo sem a comprovação da eficácia do medicamento. “O risco é necessário devido à urgência de busca de solução efetiva para as demandas de saúde pública. Consideramos um avanço para a tecnologia nacional e uma amostra do esforço do governo de encontrar soluções para a população brasileira.”

O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros, destacou a situação promissora deste tratamento. “A vacina já está na fase 3, em fase clínica. O Brasil é representante do conjunto de nações que estão testando a vacina. A gente tem uma oportunidade de produzirmos e avançarmos com a oferta desta parceria e encomenda tecnológica. É óbvio que toda e qualquer entrega à população será feita com respeito aos critérios farmacológicos e clínicos e da segurança à população”, declarou.

Caso não seja comprovada a eficácia, o secretário de Vigilância em Saúde informou que não haverá aplicação da vacina, mas que permanece a transferência de tecnologia prevista no acordo para continuar avaliando soluções de tratamento.

De acordo com o Ministério da Saúde, há 460 projetos de pesquisa aprovados sobre diferentes aspectos relacionados à covid-19, de tratamentos ao entendimento da doença. Há também 114 ensaios clínicos e 44.262 participantes dessas iniciativas.

Teste

Os testes da vacina ChAdOx1 nCoV-19 no Brasil foram anunciados no início do mês e deverão contar, de acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com 2 mil voluntários em São Paulo e com 1 mil no Rio de Janeiro, onde serão realizados pela Rede D’Or.

Confira o anúncio:

https://www.facebook.com/watch/?v=1144495569216987&ref=external

Publicado em 27/06/2020 – 11:15 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil – Brasília – Atualizado em 27/06/2020 – 12:34

Pesquisa investiga relação entre genes e casos graves de covid-19

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Homens são mais propensos a morrer da doença, diz professor.

Um estudo brasileiro vai investigar se há relação entre fatores genéticos e o desenvolvimento de formas mais agressivas da covid-19 nos pacientes infectados. O projeto Abordagem Genômica para Investigar Variações Genéticas do Sars-CoV-2 e no Hospedeiro Humano será realizado no Instituto de Pesquisa do Câncer de Guarapuava (Ipec), no Paraná.

De acordo com o presidente do Ipec, professor David Livingstone Figueiredo, o foco da pesquisa será a investigação dos fatores que tornam alguns indivíduos, mesmo fora do grupo de risco, mais propensos a desenvolver quadros de maior gravidade da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. 

Segundo o professor, já se sabe, por exemplo, que os fatores de risco são idade avançada, obesidade, existência de comorbidades, como doenças cardiovasculares, câncer ou diabetes, e que homens são levemente mais propensos a morrer de covid-19 do que mulheres.

“Todos esses fatores, no entanto, não explicam por que certos pacientes jovens ou sem comorbidades desenvolvem quadros graves de covid-19”, ressaltou. “Haveria fatores genéticos inerentes a determinados indivíduos que os tornam mais propensos a desenvolver formas graves da doença? Se existem, quais seriam tais fatores?”, questionou o especialista.

Na pesquisa, serão estudadas geneticamente, ao longo de quatro meses, amostras de sangue e tecidos de pacientes com manifestações clínicas de covid-19 leve, moderada e grave, obtidas de instituições de saúde dos estados do Paraná e de São Paulo. Figueiredo informou que serão analisadas entre 150 e 500 amostras, mas o número que pode chegar a 800.

“O estudo tem cuidado com o rigor científico na seleção dos pacientes. É preciso ser rigoroso com as amostras a serem analisadas e controlar, por exemplo, e existência das comordidades de cada paciente para que tenhamos um resultado sem distorções, com segurança”, destacou o pesquisador. 

A pesquisa terá duração de dois anos, que serão contados a partir de julho. Segundo Figueiredo, no entanto, no início do primeiro semestre do ano que vem, os primeiros resultados já deverão ser conhecidos.

Edição: Nádia Franco

Publicado em 25/06/2020 – 19:03 Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Campeonato Carioca volta quinta-feira, com Flamengo x Bangu no Maraca

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Prefeitura apoia decisão, mas Fluminense e Botafogo prometem recorrer.

Flamengo x Bangu, às 21h desta quinta-feira (18) no Maracanã, marca a volta do futebol carioca, após o período de isolamento social em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A decisão foi confirmada nesta quarta-feira (17) e contou com o apoio da maioria dos clubes que participaram do Arbitral da Federação (FERJ) e o aval do Prefeito da Cidade, Marcelo Crivella. O Vasco volta a jogar domingo (21), às 16h em São Januário, contra o Macaé.

Fluminense e Botafogo seguem contrários à volta do futebol e prometem recorrer, caso os jogos previstos para eles, na segunda-feira (22), sejam mantidos. Na reunião na Prefeitura, Crivella pediu que a FERJ não puna os clubes e que aceite a posição de cada um deles.

“A reunião foi democrática e amistosa e deixamos bem claro que as seis fases indicativas de retorno às atividades, estipuladas pela Prefeitura, não são obrigatórias. Quem não quiser seguir e achar melhor esperar mais um pouco, pode fazer assim. E isso vale para o futebol Os jogos estão autorizados, e tenho certeza de que a população do Rio de Janeiro aguarda a volta de seus times em campo. Mas há clubes que não acham que devem voltar em junho, só em julho. E como Prefeito da Cidade fiz esse pedido ao presidente da federação. Para que eles não sofram qualquer tipo de punição. Precisamos entender que cada um reage diferente”, disse Crivella, em coletiva no Palácio da Cidade.

A sequência do Campeonato Estadual do Rio terá jogos pela quarta rodada da Taça Rio, segundo turno do Estadual. A três rodadas do fim do returno, no Grupo A, o Flamengo, já classificado para a decisão do Estadual por ter sido o campeão da Taça Guanabara (1º turno), lidera com 9 pontos, seguido por Boavista (6), Bangu (4), Botafogo (4), Portuguesa (3) e Cabofriense (0). No Grupo B, o Fluminense lidera com 9 pontos; em seguida vêm Madureira (6), Volta Redonda (4), Macaé (3), Vasco (2) e Resende (1). Apenas os dois primeiros colocados de cada grupo passam para a fase semifinal do returno.

Os jogos:

Quinta-feira, 18

21h – Flamengo x Bangu, Maracanã

Sexta-feira, 19

15h30 – Portuguesa x Boavista, Luso Brasileiro

Domingo, 21

15h45 – Madureira x Resende, Conselheiro Galvão

16h – Vasco x Macaé, São Januário

Segunda-feira, 22

17h30 – Botafogo x Cabofriense, Nílton Santos

20h – Fluminense x Volta Redonda, Maracanã

Fluminense e Botafogo prometem recorrer

Derrotados no Arbitral da FERJ, Fluminense e Botafogo decidiram aguardar a reunião na Prefeitura para tomar alguma medida que os permita não voltar a campo dia 22, como prevê a tabela divulgada. Pela Federação, cada um dos quatro grandes faria duas partidas ainda em junho: o Flamengo nos dias 18 e 25; o Vasco, 21 e 24; Fluminense e Botafogo, 22 e 26. Mas ambos já deixaram claro que só pretendem voltar a jogar em julho. Há uma possibilidade pequena de um acordo para que entrem em campo dia 28, último domingo do mês.

O presidente do Botafogo, Nelson Mufarrej, esteve no Palácio da Cidade e deixou claro que o clube tem uma “linha de ação definida”. Mas ressaltou que acredita num entendimento entre os clubes. O Botafogo deve voltar a treinar presencialmente no estádio Nilton Santos no sábado (20). O clube fez cerca de 300 testes para covid-19 entre funcionários e jogadores e cinco testaram positivo. Os resultados definitivos serão divulgados na sexta-feira (19).

O Fluminense fez os testes para covid-19 na terça-feira (16) e não tem previsão de volta aos treinos. O presidente do clube, Mário Bittencourt, logo após o Arbitral, disse que a única alternativa seria recorrer à justiça desportiva para remarcar os jogos da equipe tricolor.  Logo após a reunião no Palácio da Cidade, o clube emitiu a seguinte nota oficial:

“O Fluminense Football Club enviou representante à reunião entre os clubes de futebol e a prefeitura, em atenção à institucionalidade e em demonstração de total abertura ao diálogo. No entanto, a presença de um dirigente do clube na reunião não significa anuência com a injustificável decisão do arbitral da Ferj de retorno imediato do campeonato, em meio a riscos ainda elevados de contaminação de atletas, funcionários e torcedores. Seguimos aguardando o bom senso da FERJ na remarcação das datas, e essa é nossa esperança. Mas reafirmamos que ainda não é a hora de voltar aos campos.”

Já o consórcio Maracanã divulgou comunicado garantindo segurança para a volta dos jogos no estádio. Todos os protocolos exigidos pelos órgãos de saúde estão sendo cumpridos à risca e uma empresa especializada já realizou quatro sessões completas de desinfecção e higienização desde o início da pandemia da Covid-19. Foram descontaminados cabines e bancadas de imprensa, trajeto dos jogadores, vestiários, bancos de reservas, túnel de acesso ao campo, delegacia, Juizado Especial Criminal (Jecrim), sala de equipes de segurança, banheiros e zona mista. Nesta quarta-feira (17), a partir das 16h, haverá um novo procedimento de higienização para o jogo de amanhã. 

A nota diz ainda:

“Em alguns locais estratégicos, como posicionamento de repórteres atrás dos gols, haverá adesivos colados no piso indicando o distanciamento de dois metros entre cada profissional. Os acessos para a chegada ao estádio estão divididos da seguinte forma: Portão 3 (serviço interno), Portão 9 (delegações, comissões técnicas e dirigentes dos clubes, profissionais da FERJ, arbitragem e fotógrafos credenciados da ARFOC) e Portão 12 (imprensa). Na chegada, todos terão sua temperatura devidamente checada através de termômetros sem toque e ainda deverão preencher um questionário de autoavaliação. O Maracanã sabe que sua maior responsabilidade hoje, além de proporcionar condições para um bom espetáculo de futebol, é garantir a segurança de todos presentes no estádio.”

A FERJ lançou, nesta quarta-feira, um segundo protocolo com medidas de segurança a serem tomadas pelos clubes. Foi reforçada a ideia de haver jogos apenas no Maracanã, no Nilton Santos e em São Januário, mas caso haja necessidade outros estádios vão receber partidas do Estadual. Haverá cabines de desinfecção para as delegações, cada uma com no máximo 40 integrantes de cada clube.

Edição: Verônica Dalcanal

Publicado em 17/06/2020 – 16:21 Por Sergio du Bocage, repórter da TV Brasil – Rio de Janeiro

Brasil volta a ficar entre os mais bem avaliados em ranking global

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Brasil é o 22º país que mais atrai investimentos estrangeiros.

O Brasil voltou a figurar na lista dos 25 países mais confiáveis para o investimento estrangeiro direto (IED), segundo indicador produzido pela consultoria norte-americana A.T. Kearney, divulgado nesta terça-feira (16).

Após ficar de fora da lista no ano passado, o país é a única nação da América Latina a compor a lista no ranking de 2020. Pelo oitavo ano consecutivo, os Estados Unidos lideram como país mais atrativo para investimentos estrangeiros, seguido por Canadá, Alemanha, Japão e França. Completam a lista dos dez primeiros colocados, pela ordem: Reino Unido (6º), Austrália (7º), China (8º), Itália (9º) e Suíça (10º). 

O Índice de Confiança do Investimento Estrangeiro Direto (IED) da Kearney é uma pesquisa anual feita com executivos das 500 maiores empresas do mundo, desde 1998. As classificações são calculadas com base em perguntas sobre a probabilidade de as empresas dos entrevistados fazerem um investimento direto em um mercado nos próximos três anos. A pontuação varia em uma escala de 1 a 3. No caso do Brasil, a pontuação apurada foi de 1,65. 

“Depois de sair do ranking de 2019, o Brasil retoma uma posição este ano, ficando em 22º lugar. Entre os fatores que impulsionaram o sentimento de investimento estão a aprovação da reforma da previdência e os esforços do governo para ampliar as privatizações, o que devem estimular o crescimento da economia”, diz o relatório da Kearney sobre o desempenho do Brasil.

A consultoria define investimento estrangeiro direto como aplicação de capital por uma empresa estrangeira em uma empresa em um país diferente. É o mesmo conceito definido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), de que se trata de “um investimento que envolve um relacionamento de longo prazo e reflete um interesse e controle duradouros por uma entidade residente em uma economia (investidor direto estrangeiro ou empresa-mãe) de uma empresa residente em outra economia (IDE) empresa ou afiliada empresa ou afiliada estrangeira)”

Consulte a lista completa do Índice de Confiança do Investimento Estrangeiro Direto (IED) de 2020.

Efeitos da pandemia

O levantamento da Kearney foi feito entre 27 de janeiro e 3 de março, antes da eclosão da pandemia do novo coronavírus, e os efeitos da crise global só foram captados de forma parcial, no final das entrevistas.

“No início do período da pesquisa, antes da disseminação do vírus, os líderes empresariais eram razoavelmente otimistas sobre a economia global e o futuro do investimento direto. A covid-19 parecia estar contida na Ásia. De fato, mais investidores disseram estar mais otimistas sobre o próximo ano do que no ano passado. No entanto, quando os investidores perceberam que estavam ‘entrando na tempestade’ nas últimas duas semanas da pesquisa, a confiança dos investidores diminuiu de maneira previsível em todos os setores – para mercados desenvolvidos, emergentes e de fronteira, refletindo o rápido surto da pandemia”, diz a Kearney em seu relatório.

Segundo a consultoria, os investidores passaram a priorizar a indicação de mercados grandes e estáveis, com estruturas políticas e regulatórias mais previsíveis. Para a Kearney, o cenário favorece a reorientação de investimentos para as economias mais desenvolvidas, uma tendência que já vinha sendo verificada nos últimos anos.  

Edição: Lílian Beraldo

Publicado em 16/06/2020 – 16:42 Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Estudo mostra que coronavírus já circulava no país antes do isolamento

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O trabalho foi publicado na plataforma medRxiv.

Um estudo que envolveu pesquisadores do Brasil e do Reino Unido mostra que o novo coronavírus (covid-19) já circulava no país antes da adoção de medidas de isolamento social. Para fazer a análise, o grupo identificou 427 genomas do vírus no Brasil a partir dos dados de 7,9 mil amostras de laboratórios públicos e privados. O trabalho foi publicado na plataforma medRxiv e ainda não passou pela revisão da comunidade científica.

O estudo identificou que entre 22 e 27 de fevereiro, três tipos do vírus, provavelmente vindos da Europa, estavam presentes no país e conseguiram se estabelecer antes das medidas para restringir o contágio. O primeiro caso no Brasil foi confirmado em São Paulo, no dia 24 de fevereiro, em um homem que tinha voltado de viagem à Itália. As primeiras medidas de isolamento social só foram adotadas no estado a partir de 16 de março, e a quarentena, com fechamento dos serviços não essenciais, em 24 de março.

O trabalho também mostra que as medidas de isolamento social conseguiram reduzir a disseminação da doença no país. Para avaliar esse impacto, os pesquisadores cruzaram o número de mortes diárias com dados sobre o deslocamento da população fornecidos pela empresa de geolocalização InLoco e pelo Google.

Apesar dos efeitos positivos da quarentena, o estudo mostra que com a queda na adesão ao isolamento social em São Paulo, houve também um aumento na velocidade de transmissão da doença.

A pesquisa mostra ainda que as viagens dentro do Brasil tiveram um papel importante para que o coronavírus circulasse entre as diferentes regiões do país. Segundo o artigo, as “altamente populosas e bem conectadas áreas urbanas do Sudeste agem como principais fontes de exportação do vírus dentro do país”, apontam os pesquisadores após analisar também as distâncias médias das viagens de avião no período da pandemia.

Assinam o trabalho pesquisadores ligados a 44 instituições no Brasil e no Reino Unido. Entre eles, está o grupo do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Universidade de Oxford, da Inglaterra, que em fevereiro fizeram o primeiro sequenciamento genético do coronavírus na América Latina.

Edição: Fernando Fraga

Publicado em 15/06/2020 – 17:47 Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Aneel prorroga até 31 de julho proibição de corte de energia elétrica

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Medida perderia a validade na próxima semana.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prorrogou até o fim de julho a proibição do corte de energia elétrica dos consumidores inadimplentes residenciais urbanos e rurais. A proibição do corte de energia por 90 dias foi aprovada pela agência no fim de março, com validade também para os serviços considerados essenciais no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Com a decisão desta segunda-feira (15), a medida, que perderia validade na próxima semana, ficará em vigor até o dia 31 de julho.

Ao justificar a prorrogação, a diretora da Aneel Elisa Bastos Silva, relatora do processo, argumentou que, na maior parte dos estados, continuam as ações de isolamento social e de restrição à circulação e aglomeração de pessoas para evitar a propagação da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Segundo a relatora, os efeitos da pandemia no setor elétrico levaram a um aumento da inadimplência dos consumidores e à redução do mercado das distribuidoras, em virtude da diminuição na atividade econômica e da necessidade de manutenção do serviço. Elisa disse, entretanto, que a norma aprovada pela agência prevê que, se após o prazo determinado a dívida persistir, a energia será cortada. As distribuidoras deverão avisar os consumidores com antecedência.

“Feitas essas ressalvas, a proposta é que, a partir de 1º de agosto, a distribuidora volte a efetuar a suspensão do fornecimento por inadimplência”, disse Elisa, em seu voto.

Seundo a diretora da Aneel, a exceção fica por conta das unidades “onde existam pessoas usuárias de equipamentos de autonomia limitada, vitais à preservação da vida humana e dependentes de energia elétrica; as das subclasses residenciais de baixa renda, enquanto durar a concessão do auxílio emergencial; aquelas em que a distribuidora suspender o envio de fatura impressa sem a anuência do consumidor; e nos locais em que não houver postos de arrecadação em funcionamento, o que inclui instituições financeiras, lotéricas, unidades comerciais conveniadas, entre outras, ou em que for restringida a circulação das pessoas por ato do poder público competente”.

Além de prorrogar a proibição do corte no fornecimento de energia elétrica, a Aneel ampliou até 31 de julho o prazo para que as distribuidoras de energia sejam autorizadas a suspender o atendimento presencial, a suspensão da entrega da fatura mensal impressa no endereço dos consumidores e a permissão para que as distribuidoras realizem a leitura de consumo em horários diferentes do usual ou mesmo a suspensão da leitura.

Ao adotar a suspensão da entrega da fatura impressa, as distribuidoras deverão enviar fatura eletrônica ou o código de barras aos consumidores, por meio de canais eletrônicos ou disponibilizá-las em seu site ou aplicativo. Na hipótese de suspensão da leitura do consumo, o faturamento será feito com base na média aritmética do consumo nos últimos 12 meses.

Edição: Nádia Franco

Publicado em 15/06/2020 – 17:32 Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil – Brasília