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Chilenos escolhem independentes para reescrever Constituição

Coalizão governista de centro-direita do Chile sofre derrota

A coalizão governista de centro-direita do Chile sofreu uma derrota na noite desse domingo (16), quando foi incapaz de garantir um terço dos lugares no organismo que redigirá a nova Constituição do país.

Com 90% dos votos apurados, os candidatos apoiados pela coalizão Chile Vamos, do presidente Sebastián Piñera, só haviam obtido um quinto das vagas, enquanto os independentes estavam com a maioria.

Novas propostas exigirão a aprovação de dois terços, e sem um terço dos delegados o governo terá dificuldade para impedir mudanças radicais na Constituição, a menos que consiga fazer novas alianças.

O resultado e as derrotas dos candidatos governistas em eleições municipais e estaduais realizadas ao mesmo tempo são um mau sinal para Piñera e aliados nas eleições gerais e presidenciais de novembro.

A votação para escolher 155 cidadãos para reescreverem a Constituição nasceu dos protestos intensos contra a desigualdade e o elitismo que irromperam em outubro de 2019.

Muitos chilenos consideram que a Constituição atual, redigida durante a ditadura de 1973-1990 de Augusto Pinochet, privilegia grandes negócios em detrimento dos cidadãos comuns.

Até recentemente, o governo tinha confiança de que seus candidatos conquistariam ao menos um terço dos votos.

Piñera disse que seu governo e outros partidos políticos tradicionais deveriam ouvir o recado “alto e claro” de que não responderam adequadamente às necessidades dos cidadãos.

A nova Constituinte chilena será a primeira do mundo a estabelecer um número aproximadamente igual de homens e mulheres como delegados.

Publicado em 17/05/2021 – 10:31 Por Aislinn Laing, Fabian Cambero e Dave Sherwood – Repórteres da Reuters – Santiago

Governo libera R$ 2,61 bilhões para universidades federais

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Dinheiro foi remanejado de programas custeados pela regra de ouro

Após meses de aperto no caixa, as universidades federais terão alívio temporário nos seus orçamentos. O Ministério da Economia anunciou hoje (14) a liberação de R$ 2,61 bilhões para essas instituições de ensino. Os recursos ajudarão a recompor o orçamento de gastos discricionários.

Embora sejam definidos como não obrigatórios, os gastos discricionários englobam despesas essenciais para o funcionamento de serviços públicos, como contas de luz, telefone, internet, água, material de escritório, combustíveis, manutenção de prédios e de equipamentos. No caso das universidades, o pagamento de bolsas também é considerado despesa discricionária.

O dinheiro vem do remanejamento de programas que seriam custeados com emissões de títulos da dívida pública a serem autorizadas pela regra de ouro. 

A regra de ouro proíbe o Executivo de se endividar para pagar as despesas correntes – como são chamados os gastos da administração pública para manter seus serviços em funcionamento.

Ontem (13), o Diário Oficial da União publicou crédito suplementar de R$ 18,7 bilhões que aliviará os cofres de diversos órgãos e ministérios afetados pelo contingenciamento (bloqueio temporário) de recursos, anunciado no fim de abril. 

Logo após a sanção do Orçamento de 2021, o governo anunciou o contingenciamento de R$ 9,2 bilhões e o veto de R$ 19,8 bilhões em gastos. Os cortes foram necessários para garantir a execução de despesas obrigatórias que haviam sido remanejadas para emendas parlamentares.

Nesse processo, o Ministério da Educação teve cerca de R$ 3,5 bilhões cortados: R$ 2,73 bilhões bloqueados temporariamente e R$ 1,2 bilhão vetados. Quase a totalidade dos cortes, na ocasião, referiam-se a verbas para o ensino superior, com a alegação de que as universidades não estavam funcionando presencialmente durante a pandemia de covid-19.

Instituída pelo Artigo 167 da Constituição, a regra de ouro estabelece que o governo só pode emitir dívida pública para rolar (renovar) a própria dívida ou para cobrir despesas de capital, como investimentos em obras públicas e amortizações. Para cobrir gastos correntes, como os citados anteriormente, o governo precisa pedir autorização do Congresso.

O Orçamento de 2021 prevê insuficiência de R$ 434,8 bilhões para cumprir a regra de ouro, mas a quantia pode ser reduzida para R$ 125,7 bilhões com o uso de parte dos lucros do Banco Central nos últimos anos, devoluções do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro e pagamentos de dividendos de estatais.

Para evitar a paralisação de serviços públicos, o governo precisará pedir autorização ao Congresso Nacional nesse montante (R$ 125,7 bilhões) para custear determinados programas com títulos da dívida pública. Com a publicação da portaria, o governo antecipou a liberação dos recursos antes da votação pelo Congresso.

Edição: Fernando Fraga

Publicado em 14/05/2021 – 19:30 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília

STF decide que censo deverá ser realizado em 2022

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Contagem populacional foi suspensa em 2021 por falta de orçamento

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (14) que o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deverá ser realizado em 2022. A contagem populacional estava prevista para 2020, foi adiada para 2021, devido à pandemia do novo coronavírus, mas problemas orçamentários a inviabilizaram. 

Por maioria de votos, os ministros concordaram parcialmente com a decisão individual do ministro Marco Aurélio, que determinou que o governo federal adote as medidas necessárias para realização do censo, mas somente para o ano que vem. A liminar do ministro determinava a realização ainda neste ano.  

O STF julgou um pedido liminar feito pelo governo do Maranhão, que alegou omissão da União na alocação de recursos para realização do censo. O julgamento foi realizado virtualmente, modalidade na qual os ministros apresentam seus votos pelo sistema eletrônico sem se reunirem presencialmente.

No mês passado, o Ministério da Economia informou que o Censo não será realizado por falta de orçamento. Inicialmente, estavam previstos R$ 2 bilhões para realização da pesquisa, mas, durante a tramitação da lei orçamentária no Congresso Nacional, R$ 1,76 bilhão foram cortados pelos parlamentares, inviabilizando a realização da contagem populacional. 

Publicado em 14/05/2021 – 19:58 Por André Richter – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Edição: Aline Leal

Justiça determina que União desloque efetivo para comunidade Yanomami

Objetivo é zelar pela segurança da população local

A Justiça Federal determinou que a União mantenha efetivo armado, de forma permanente, na comunidade Palimiú, na Terra Indígena Yanomami no estado de Roraima, para evitar novos conflitos e garantir a segurança de seus integrantes.

A Polícia Federal informou que uma equipe de policiais está no local desde ontem (13) cumprindo a decisão, junto a integrantes do Exército e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) na quarta-feira (12), na Ação Civil Pública ajuizada no ano passado, na qual pediu a total desintrusão de garimpeiros na região. Segundo o MPF, o objetivo é zelar pela segurança da população local e defender possíveis novos ataques por parte de garimpeiros. A decisão e os autos do processo estão sob sigilo.

Na decisão, expedida ontem (13) pela Justiça, foi estabelecido prazo de 24 horas para que a União informasse e comprovasse nos autos o envio de tropa para a comunidade, sob pena de multa. Também foi determinada à Fundação Nacional do Índio (Funai) que auxiliasse as forças de segurança no contato com os indígenas e no gerenciamento das relações interculturais.

A Funai informou que acompanha, junto às autoridades policiais, a apuração de conflito e que também presta apoio às forças de segurança no local para evitar conflitos e mantém diálogo permanente com a comunidade. “Cumpre ressaltar que o órgão vem mantendo equipes de forma ininterrupta dentro da Terra Indígena, por meio de suas Bases de Proteção Etnoambiental (BAPEs)”, diz a nota.

Histórico

A comunidade Palimiú, localizada no território Yanomami em Roraima, foi alvo de ataque de garimpeiros com armas de fogo na segunda-feira (10). De acordo com informações da Associação Yanomami Hutukara, ao menos cinco pessoas ficaram feridas, sendo quatro garimpeiros e um indígena.

Um relatório assinado por Elayne Rodrigues Maciel, coordenadora da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye’kuana da Funai, aponta que os indígenas revidaram o ataque e que “não foi possível colher maiores informações sobre o fato, contudo é possível afirmar que este não foi o primeiro conflito naquela região e os indígenas temem novos ataques”.

A Hutukara denunciou que esse é o terceiro ataque em 2021. Na região de Palimiú, as lideranças indígenas já haviam denunciado em abril outro tiroteio por parte de garimpeiros, após a interceptação pelos indígenas de uma carga de quase 990 litros de combustível. Em fevereiro de 2021, a associação chegou a denunciar um conflito na aldeia Helepi, também na região do Rio Uraricoera, envolvendo grupos de garimpeiros armados.

Policiais federais também foram alvo de disparos no local, na terça-feira (11), quando estiveram na comunidade para apurar o ataque dos garimpeiros. No momento em que a equipe estava prestes a embarcar de volta a Boa Vista, uma embarcação de garimpeiros passou no Rio Uraricoera efetuando os disparos. A equipe se abrigou e respondeu a agressão. Não houve registro de atingidos de nenhum dos lados.

Publicado em 14/05/2021 – 19:59 Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Edição: Fernando Fraga

Cerca de 12 milhões de pessoas ainda não enviaram declaração do IR

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Fisco espera receber 32,6 milhões de declarações neste ano

Faltando 17 dias para o fim do prazo, cerca de 12 milhões de contribuintes ainda não acertaram as contas com o Leão. Até o momento, 20.002.908 contribuintes enviaram a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, 61,3% do previsto para este ano.

O balanço foi divulgado pela Receita Federal, com dados apurados até as 16h de hoje (14).

Neste ano, o Fisco espera receber até 32.619.749 declarações. No ano passado, foram enviadas 31.980.146 declarações.

O prazo de entrega começou em 1º de março e vai até as 23h59min59s de 31 de maio. A data limite foi adiada em um mês para suavizar as dificuldades no recolhimento de documentos impostas pela pandemia de covid-19.

Em abril, a Câmara e o Senado aprovaram projeto de lei que adiaria novamente o prazo para 31 de julho, por causa do agravamento da pandemia. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro vetou a proposta, após recomendação da Receita Federal.

O programa para computador está disponível na página da Receita Federal na internet. Quem perder o prazo de envio terá de pagar multa de R$ 165,74 ou 1% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.

A entrega é obrigatória para quem recebeu acima de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis em 2020. Isso equivale a um salário acima de R$ 1.903,98, incluído o décimo terceiro.

Também deverá entregar a declaração quem tenha recebido rendimentos isentos acima de R$ 40 mil em 2020, quem tenha obtido ganho de capital na venda de bens ou realizou operações de qualquer tipo na Bolsa de Valores, quem tenha patrimônio acima de R$ 300 mil até 31 de dezembro do ano passado e quem optou pela isenção de imposto de venda de um imóvel residencial para a compra de um outro imóvel em até 180 dias.

Restituição

Pelas estimativas da Receita Federal, 60% das declarações terão restituição de imposto, 21% não terão imposto a pagar nem a restituir e 19% terão imposto a pagar.

Assim como no ano passado, serão pagos cinco lotes de restituição. Os reembolsos serão distribuídos nas seguintes datas: 31 de maio (primeiro lote), 30 de junho (segundo lote), 30 de julho (terceiro lote), 31 de agosto (quarto lote) e 30 de setembro (quinto lote). As datas não mudaram, mesmo com o adiamento do prazo de entrega da declaração.

Novidades

Entre as principais novidades nas regras deste ano, está a obrigatoriedade de declarar o auxílio emergencial de quem recebeu mais de R$ 22.847,76 em outros rendimentos tributáveis e a criação de três campos na ficha “Bens e direitos” para o contribuinte informar criptomoedas e outros ativos eletrônicos.

O prazo para as empresas, os bancos e as demais instituições financeiras e os planos de saúde fornecerem os comprovantes de rendimentos acabou em 26 de fevereiro. O contribuinte também deve juntar recibos, no caso de aluguéis, de pensões, de prestações de serviços, e notas fiscais, usadas para comprovar deduções.

Edição: Aline Leal

Publicado em 14/05/2021 – 20:22 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Guedes reafirma interesse em aprofundar parceria comercial com EUA

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Ministro conversou com nova secretária de Comércio norte-americana

O Brasil mantém o interesse em aprofundar a parceria econômica e comercial com os Estados Unidos, após a mudança de governo, disse hoje (14) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Pela manhã, ele conversou com a nova secretária de Comércio norte-americana, Gina Raimondo.

Na conversa, Guedes ressaltou que os dois países compartilham uma série de atividades bilaterais, como diálogos comerciais e o Fórum de Altos Executivos Brasil–Estados Unidos (chamado informalmente de “Fórum de CEOs”). O ministro citou avanços recentes do Brasil na economia e disse que a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) contribuirá de forma direta para a modernização do país, beneficiando produtores e consumidores tanto no Brasil como nos Estados Unidos.

No diálogo, Guedes citou o interesse do Brasil em fechar um acordo de livre-comércio “moderno e ambicioso” com os Estados Unidos. Sobre o meio ambiente, reafirmou que o Brasil está disposto a ampliar a parceria com o governo norte-americano na área, citando o elevado estoque de energia renovável do Brasil e dizendo que o país tem agricultura competitiva e sustentável.

Edição: Fábio Massalli

Publicado em 14/05/2021 – 20:23 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Campanha do TSE defende urna eletrônica

Diante do recrudescimento dos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema brasileiro de votação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lança nesta sexta-feira, 14, uma espécie de “vacina” para combater o “vírus” da desinformação sobre a urna eletrônica. O próprio presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, decidiu entrar em campo e vai protagonizar vídeos nas redes sociais para explicar de forma didática a segurança dos aparelhos, difundindo a mensagem de que o processo é “seguro, transparente e auditável”. A urna eletrônica completou 25 anos nesta quinta-feira, 13.

A iniciativa do TSE acontece um dia depois de ser instalada na Câmara uma comissão especial sobre o “voto impresso auditável”. “É importante para que não paire dúvida na cabeça de nenhum brasileiro. Temos que respeitar o sistema eleitoral, mas ele também tem que ser possível de auditagem”, disse o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), ao participar de evento em Alagoas ontem ao lado de Bolsonaro. O voto impresso já foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que apontou risco ao sigilo e à confiabilidade do processo eleitoral.

A Justiça Eleitoral vem sendo alvo de críticas, fake news e ataques virtuais nas últimas duas eleições. Em 2018, um conselho do próprio tribunal sobre fake news passou o primeiro turno daquela eleição sem se reunir. Na época, viralizou um vídeo falso em que um eleitor apertava o número 1 e a urna eletrônica automaticamente completava com o nome do então candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad. Nas eleições municipais do ano passado, o tribunal demorou para divulgar a totalização dos votos no primeiro turno.

“O Brasil tem provavelmente o melhor sistema de apuração eleitoral do mundo. O sistema é totalmente transparente e auditável do primeiro ao último momento – ou seja: qualquer pessoa pode conferir tudo que foi feito. Estou aqui hoje para explicar, de forma simples, cada passo desse processo que assegura que os resultados eleitorais em nosso país sejam íntegros e confiáveis”, diz Barroso em um dos vídeos.

De acordo com o TSE, a campanha já estava em gestação desde o final do ano passado, e os vídeos foram produzidos pela própria equipe de comunicação do tribunal, sem gastos extras. Uma campanha educativa mais abrangente, que deve incluir a exibição de peças na TV, está nos planos de Barroso.

Antídoto

Ministros do TSE ouvidos reservadamente pelo Estadão avaliam que Bolsonaro, ao reforçar a bandeira pela adoção do voto impresso, demonstra que está acuado com a CPI da Covid e tenta, a todo custo, desviar o foco da atenção. Ao longo das últimas semanas, o presidente tem reforçado as críticas à urna eletrônica, alegando fraudes nas eleições de 2018, sem apresentar provas.

“Se não tiver voto impresso, é sinal que não vai ter eleição, acho que o recado está dado”, afirmou Bolsonaro na semana passada.

No TSE, as declarações de Bolsonaro são consideradas “lamentáveis”, um “absurdo” e uma nova tentativa de apostar em uma estratégia de confronto para não aceitar uma eventual derrota em 2022.

Uma das preocupações nos bastidores do TSE é a de que é preciso criar um antídoto para o discurso bolsonarista. Uma das ideias em avaliação por integrantes da Corte é envolver mais os partidos nas discussões sobre a urna eletrônica, abrindo mais espaço para que eles opinem sobre o sistema eletrônico e façam sugestões para aperfeiçoar o sistema.

“À primeira vista, pode parecer que é um ataque a um procedimento, mas, na verdade, é um ataque a uma instituição”, disse Diogo Rais, especialista em direito eleitoral digital da Mackenzie. “O Brasil faz votações seguras com urnas eletrônicas há 25 anos. Nunca foi provado nada que mostrasse alguma corrupção do voto na urna.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Por Rafael Moraes Moura/Estadão Conteúdo

Publicado por Diário de Goiás