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Covid-19: Anvisa diz que não há estudos conclusivos sobre 3ª dose

Agência monitora evolução de estudos médico-científicos sobre reforço

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou hoje (15) que, até o momento, não há estudos conclusivos sobre a necessidade de uma terceira dose ou dose de reforço para as vacinas contra covid-19 autorizadas no Brasil. Já receberam aval definitivo ou emergencial para uso nos país as vacinas AstraZeneca/Oxford, Pfizer/BioNTech, CoronaVac e Janssen.

Em nota, a Anvisa esclareceu que as pesquisas são desenvolvidas pelos laboratórios farmacêuticos e que já autorizou dois pedidos para pesquisa clínica que buscam investigar os efeitos de uma dose adicional do imunizante contra a doença.

“A Anvisa vem acompanhando as discussões, as publicações e os dados apresentados sobre o surgimento de novas variantes do vírus Sars-CoV-2 e seu impacto na efetividade das vacinas. Até agora, todas as vacinas autorizadas no Brasil garantem proteção contra doença grave e morte, conforme os dados publicados”, diz a nota.

Em andamento

O primeiro estudo em andamento, aprovado em 18 de junho, é da Pfizer/BioNTech que investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina já autorizada, a ComiRNAty. De acordo com a Anvisa, neste estudo, a dose de reforço da vacina da Pfizer será aplicada em pessoas que tomaram as duas doses completas da vacina há pelo menos seis meses.

O segundo caso é o do laboratório AstraZeneca, que desenvolveu uma segunda versão da vacina que está em uso no país, buscando a imunização contra a variante B.1.351 do Sars-CoV-2, identificada primeiro na África do Sul. Esse estudo foi autorizado ontem (14) pela Anvisa.

Segundo a agência, um dos braços do estudo prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD 2816) será aplicada em pessoas que foram vacinadas com duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222) ou duas doses de uma vacina de RNA mensageiro (RNAm) contra covid-19, como as da Pfizer e da Moderna. Nesse caso, o estudo prevê que essa dose adicional será aplicada em pessoas cujo exame e monitoramento não identificam a produção de anticorpos capazes de atuar contra o novo coronavírus.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

Publicado em 15/07/2021 – 11:21 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Confiança do comerciante sobe novamente e volta à zona de satisfação

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Índice é apurado pela CNC

A confiança do comerciante brasileiro subiu pela segunda vez consecutiva em julho, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

“O indicador seguiu ascendendo em um ritmo forte, com avanço de 11,7% em relação ao mês anterior, chegou a 107,8 pontos e voltou para a zona de satisfação, o que não acontecia desde março deste ano. Em comparação com julho de 2020, o crescimento foi ainda maior: 55,6%”, informou a CNC.

De acordo com a pesquisa, o resultado renovou a tendência otimista verificada em junho, quando o Icec registrou crescimento mensal de 12,2% e encerrou um período de cinco quedas seguidas.

“O índice passou a refletir o alento das expectativas dos comerciantes quanto à evolução das medidas de estabilização econômica. A avaliação positiva retrata, principalmente, a percepção de que as condições gerais da economia estão mais favoráveis”, disse, em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, acrescentando que o avanço da vacinação permite ao país vislumbrar um segundo semestre melhor para o ambiente de negócios.

Segundo o levantamento, com os fortes avanços nos dois últimos meses, o Icec se aproximou do nível de satisfação alcançado em novembro do ano passado (108 pontos). “Isso reforça a relevância desse resultado, pois as perspectivas nesse período de 2020 eram boas por conta da esperança com as vendas de fim de ano”, disse o economista da CNC responsável pela pesquisa, Antonio Everton.

Segundo Everton, fatores como a disponibilização da terceira versão da linha de crédito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) também podem ter contribuído para a melhora da percepção dos empresários neste mês.

Isec

Em julho, todos os componentes do Icec subiram, o que não acontecia desde setembro de 2020. O destaque ficou por conta do indicador que avalia as condições atuais da economia, do setor e da empresa, que apresentou crescimento mensal de 29,2%, atingindo 81,5 pontos.

Em relação à situação econômica do país, houve percepção positiva mais significativa, com 35,8% do total de entrevistados afirmando que a economia melhorou, contra 24,8% no mês anterior. Este resultado impactou diretamente o subíndice que mede as intenções de investimento do empresário do comércio, que avançou 8,5% na comparação com junho.

Publicado em 15/07/2021 – 11:25 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

OMS afirma que China deve fornecer dados sobre origens da covid-19

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Falta de transparência vem sendo criticada por líderes e cientistas

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que as investigações sobre as origens da pandemia de covid-19 na China estão sendo prejudicadas pela falta de dados brutos sobre os primeiros dias da disseminação do vírus no local e pediu ao país para ser mais transparente.

Uma equipe liderada pela OMS passou quatro semanas na cidade de Wuhan, na província de Hubei, com pesquisadores chineses e disse em um relatório conjunto publicado em março que o vírus provavelmente foi transmitido de morcegos para humanos por meio de outro animal.

Essa equipe disse que “a introdução por meio de um incidente de laboratório foi considerada um caminho extremamente improvável”, mas países como os Estados Unidos e alguns cientistas não ficaram satisfeitos.

“Pedimos à China que seja transparente e aberta, e que coopere”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15).

“Devemos isso aos milhões que sofreram e aos milhões que morreram para saber o que aconteceu”, disse ele.

A China tem classificado a teoria de que o vírus pode ter escapado de um laboratório de Wuhan como “absurda” e disse repetidamente que “politizar” a questão dificulta as investigações.

Ghebreyesus informará aos 194 Estados-membros da OMS sobre uma proposta de segunda fase do estudo, disse o especialista em emergências da OMS, Mike Ryan.

“Esperamos trabalhar com nossos parceiros chineses nesse processo e o diretor-geral definirá medidas aos Estados-membros em uma reunião amanhã, na sexta-feira”, disse Ryan.

Publicado em 15/07/2021 – 12:02 Por Por Thomas Escritt, Kirsti Knolle e Stephanie Nebehay – Genebra

Quadro clínico do presidente evolui, mas ainda não há previsão de alta

Bolsonaro está internado em São Paulo desde a noite de ontem

O presidente Jair Bolsonaro teve hoje (15) uma evolução considerada “satisfatória” pela equipe médica do Hospital Vila Nova Star, onde está internado desde a noite de ontem (14) na capital paulista. Segundo o boletim médico divulgado no início da tarde, o tratamento segue como previsto e não há previsão de alta.

Bolsonaro foi para São Paulo por decisão do médico Antonio Luiz Macedo, responsável pelas cirurgias no abdômen do presidente. Ele foi internado na manhã de ontem no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, com uma crise persistente de soluços e mal-estar. Após exames, o presidente foi diagnosticado com um quadro de obstrução intestinal.

Desde o atentado, quando recebeu uma facada na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro já passou por sete cirurgias na região do abdômen para correção das lesões sofridas no intestino.

Edição: Fernando Fraga

Publicado em 15/07/2021 – 12:52 Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Representante da Davati diz que Dias o procurou para tratar de vacina

Cristiano Carvalho presta depoimento à CPI da Pandemia nesta quinta

O representante da empresa Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, disse hoje (15), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que foi procurado pelo então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, para tratar da compra de vacinas.

O nome de Cristiano Carvalho foi citado durante depoimento à CPI pelo policial militar e vendedor autônomo da Davati Luiz Paulo Dominguetti. Na ocasião, Dominguetti relatou atuar nas tratativas para a venda de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca ao governo federal em nome da empresa Davati e que Dias teria pedido propina de US$ 1 por dose. Em depoimento à CPI, o ex-diretor negou ter pedido vantagens para a aquisição de vacina contra a covid-19.

Carvalho disse que Dias começou a mandar mensagens para ele em 3 de março. Nas mensagens, Dias se apresentava como diretor de Logística do ministério e pedia uma conversa. Foram várias mensagens e duas ligações via aplicativo de mensagens.

“Não retornei a primeira mensagem. Eu estava absolutamente incrédulo que era um funcionário do Ministério da Saúde entrando em contato comigo. Ele se apresentou como diretor de Logística e eu fui checar, estava achando que era fake news”, disse.

Carvalho também contou que começou a ter contato com Dominguetti em fevereiro, quando o policial militar disse estar interessado na compra de vacinas. O representante da Davati também afirmou não saber como Dominguetti teve acesso a Dias para negociar vacinas.

“Eu sempre fui incrédulo [em relação à] comercialização de vacinas. Nunca dei muita atenção para isso, comecei a dar um pouco de atenção quando começaram a chegar a mim contatos oficiais do Ministério da Saúde, e-mails, telefonemas. Aí, comecei a dar maior atenção”, afirmou.

Durante seu depoimento, Carvalho também leu uma carta enviada por Herman Cardenas, presidente da Davati nos EUA, para o então secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco. O documento apresentava a vacina da Johnson & Johnson como uma solução “mais econômica e com menor prazo de entrega para o governo brasileiro”.

Carvalho também relatou o encontro de que participou no Instituto Força Brasil, presidido pelo coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, na qual estavam presentes o reverendo Amilton Gomes, presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) e representante do ministério.

Segundo Carvalho, após a reunião, Dominguetti usou o termo “comissionamento” para falar sobre o suposto pedido de propina.

“Ele se referiu a esse comissionamento como vindo do grupo do tenente-coronel Blanco [coronel Marcelo Blanco, ex-diretor substituto do Departamento de Logística do Ministério da Saúde] e a pessoa que tinha apresentado ele ao Blanco, chamada Odilon”, disse.

Carvalho também disse que se reuniu com Elcio Franco para tratar da venda das vacinas e que a reunião foi intermediada pelo coronel Helcio Almeida. Ele disse ainda deu um ofício para que o reverendo Amilton Gomes representasse a Davati na operação de compra das vacinas. Questionado sobre a remuneração para o reverendo, Carvalho disse que Amilton tinha essas tratativas com Dominguetti e que o pagamento estava sendo chamado de “benefício”.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), destacou que as tratativas não foram para frente e que não foi pago nenhum valor. “Estou aqui constrangido com os diálogos que estão sendo mostrados e que citam várias pessoas do ministério. Mas faço a observação de que essas negociações não foram pra frente, não se comprou uma dose de vacina”, disse.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), lembrou que Franco, quando era secretário executivo do Ministério da Saúde, foi designado como um dos únicos responsáveis pela compra de imunizantes. Para Aziz, o comportamento de Franco foi diferente na negociação de outras vacinas como a Pfizer e a CoronaVac.

Davati

Inicialmente, Carvalho relatou aos senadores não ter relação com a Davati e que a empresa não possui operação no Brasil, apenas nos Estados Unidos, no estado do Texas. Questionado pelos senadores, Carvalho disse ter uma carta de representação da empresa para atuar no Brasil, mas que o documento não teria valor legal.

“Teoricamente não é um contrato, eu tenho poderes limitados para representar a empresa no Brasil e eventualmente fazer negócios”, acrescentou.

Edição: Juliana Andrade

Publicado em 15/07/2021 – 14:25 Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Ipea: 11% dos trabalhadores fizeram home office ao longo de 2020

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Profissionais de nível superior foram a maioria em trabalho remoto

O grupo de brasileiros que trabalhou de forma remota entre os meses de maio e novembro de 2020 chegou a 8,2 milhões de pessoas, apenas 11% dos 74 milhões de profissionais que continuaram a trabalhar durante a pandemia de covid-19. Os dados foram divulgados hoje (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), que mostrou que mulheres (56%), brancos (65,6%) e profissionais de nível superior (74,6%) foram a maioria dos trabalhadores em home office.

A pesquisa do Ipea tem com base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao período de maio a novembro e coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid-19).

O estudo do IBGE mostra que o perfil da população em trabalho remoto diverge da composição da população brasileira, que é formada por 51,1% de mulheres, 54,7% de pretos ou pardos e 13,1% de pessoas com nível superior.

Os 74 milhões de trabalhadores citados pelo Ipea são a parte dos 83 milhões de brasileiros que tinham uma ocupação nesse período e continuaram trabalhando. Entre os 9,2 milhões que se afastaram do trabalho, 6,5 milhões fizeram isso por causa do distanciamento social.

Em termos de faixa etária, a pesquisa mostra que os trabalhadores de 30 a 39 anos responderam por 31,8% daqueles que declararam estar em home office. Já na comparação do setor público com o setor privado, o último concentrou 63,9% do total de profissionais em trabalho remoto.

Quando a pesquisa se debruça sobre cada setor da economia, a educação privada foi a que atingiu o maior percentual de trabalhadores em teletrabalho: 51%. Esse percentual foi de 38,8%, no caso do setor financeiro privado, e de 34,7% na atividade de comunicação privada. Por outro lado, os menores percentuais estavam nas atividades de agricultura (0,6%), logística (1,8%) e alimentação (1,9%).

Entre os funcionários públicos, a esfera federal teve 40,7% dos trabalhadores em regime de home office, enquanto a estadual, 37,1%, e a municipal, 21,9%.

No setor público como um todo, 52,2% dos trabalhadores em home office eram profissionais de ensino. Os menores percentuais foram verificados entre policiais (0,5%) e profissionais de saúde (2,1%).

Por fim, a maior parte dos trabalhadores em home office em 2020 era da Região Sudeste (58,2%). O Nordeste (16,3%), o Sul (14,5%), o Centro-Oeste (7,7%) e o Norte (3,3%) completam a lista.

Edição: Nádia Franco

Publicado em 15/07/2021 – 14:36 Por Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Anvisa decide suspender comercialização e uso de respiradores Philips

Agência informa que analisa nova documentação da empresa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, em nota, que notificou uma fábrica de produtos médico-hospitalares sobre possíveis restrições a ventiladores pulmonares comercializado nacionalmente.

A Resolução 2.535, de 28 de junho de 2021, proíbe a comercialização e a importação de alguns modelos de ventiladores pulmonares e aparelhos de pressão positiva de duplo nível (CPAP) da marca Philips Respironics.

Segundo a agência, a proibição se deve a um componente do produto que “pode se degradar em partículas e entrar na via de ar do dispositivo, e ser ingerido ou inalado pelo usuário. A espuma pode liberar certos produtos químicos.”

Segundo a nota publicada pela Anvisa, a indústria Philips recebeu a notificação e enviou os documentos necessários para tentar revalidar o produto. O órgão informa, ainda, que foi realizada consulta internacional sobre o tema junto às autoridades reguladoras de outros países, como Canadá, Estados Unidos e Japão, além da Comunidade Europeia, sobre o problema apresentado.

Limpeza e temperatura

A degradação da espuma pode ocorrer por fatores que incluem o uso de métodos de limpeza não aprovados, como a aplicação de ozônio, e determinadas condições ambientais envolvendo altas temperaturas e alta umidade. As condições ambientais, que também podem causar o problema, estão relacionadas ao clima e às temperaturas regionais dos países onde os dispositivos são usados e armazenados.

Compostos orgânicos voláteis

A eliminação de compostos orgânicos voláteis (VOCs, na sigla em inglês) presentes na espuma pode ocorrer durante a operação inicial e pode continuar durante toda a vida útil do dispositivo. Os VOCs emitidos podem provocar efeitos adversos à saúde em curto e longo prazo.

Segundo a Anvisa, o processo de degradação da espuma não é necessariamente visível. Uma análise laboratorial da espuma deteriorada revelou a presença de substâncias químicas potencialmente nocivas, incluindo toluenodiamina, diisocianato de tolueno e dietilenoglicol.

O paciente pode ser exposto a partículas de espuma por inalação ou ingestão, o que pode resultar em dano à saúde.

Os possíveis riscos de exposição à espuma deteriorada incluem: irritação na pele, nos olhos e no trato respiratório; resposta inflamatória, dor de cabeça, asma, comprometimento dos rins e do fígado, além de potencial carcinogênico.

Os alertas sanitários da Anvisa sobre os aparelhos podem ser encontrados aqui e aqui.

Agência Brasil entrou em contato com a Philips do Brasil por e-mail e por telefone e, até o momento da reportagem, não recebeu a manifestação da empresa sobre os aparelhos respiradores.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

Publicado em 15/07/2021 – 15:06 Por Antonio Claret Guerra – Repórter da Agência Brasil – Belo Horizonte