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IBGE prevê safra recorde de 256,1 milhões de toneladas em 2021

Estimativa vem caindo desde abril, mas previsão de recorde se mantém

Até o fim deste ano, a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve totalizar 256,1 milhões de toneladas, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da redução, pelo quarto mês seguido, na estimativa, o número mantém o nível recorde, ficando 0,8% acima da safra de 2020, que já havia sido recorde, com a produção de 254,1 milhões de toneladas.

Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, a produtividade das lavouras de milho foi afetada pelo plantio tardio da segunda safra e pela falta de chuvas durante o ciclo da cultura, uma das principais commodities da agricultura brasileira. Somados, o milho, a soja e o arroz representam 92,4% da safra brasileira.

“O milho é plantado depois da soja e, como a soja atrasou, a janela de plantio do milho ficou menor. Já tendo sido plantada fora da época ideal e ainda tendo chovido menos do que o esperado no período do cultivo, a safra de milho foi bastante afetada pelos fatores climáticos. O rendimento médio do cereal apresenta um declínio de 16,7%”, disse.

Conforme os dados do IBGE, a estimativa de produção de milho caiu 3,6%, passando para 91,6 milhões de toneladas. O número é 11,3% inferior ao de 2020, apesar do aumento de 6,6% na área plantada.

A colheita da soja já foi concluída e apresentou o melhor resultado na série histórica do levantamento do IBGE, totalizando 133,4 milhões de toneladas. A produção ficou 9,8% acima da de 2020, com mais 11,9 milhões de toneladas que a do ano passado.

O bom resultado da soja foi puxado pela recuperação do Rio Grande do Sul, que passou por uma estiagem em 2020 e neste ano cresceu 80,6%, com a produção recorde de 20,43 milhões de toneladas. Com isso, o estado passou a ser o segundo maior produtor do grão, ultrapassando o Paraná, que teve a produção reduzida em 4,7% neste ano por causa da falta de chuvas.

Também foram afetados por fatores climáticos e tiveram redução no rendimento médio da lavoura de soja o s estados de Mato Grosso (-3,5%) e Goiás (-2,4%). A Bahia registrou a maior produtividade média do Brasil para o grão, com 4.020 quilos por hectare.

Para o arroz, a estimativa ficou em 11,5 milhões de toneladas em julho, aumento de 2,6% em relação ao mês anterior e 4,1% a mais do que na safra de 2020. Segundo Barradas, a produção pode ajudar a equilibrar o preço do grão, que teve aumento acentuado no ano passado.

“Essa produção será suficiente para abastecer o mercado brasileiro, possibilitando maior equilíbrio nos preços do cereal, que alcançou patamares históricos em 2020, em razão do aumento do consumo interno e das exportações devido ao estímulo cambial”.

Já a estimativa para o feijão foi reduzida em 1,6%, permanecendo 0,5% acima do produzido no ano passado.

Produção regional

Por região, tiveram alta nas estimativas de safra o Sul (7,5%), com total de 78,6 milhões de toneladas e 30,7% do total nacional; o Nordeste , com mais 4,9%, subindo para 23,7 milhões de toneladas e 9,3% do total; o Sudeste, com 3,4%, chegando a 26,6 milhões de toneladas e respondendo por 10,4% da safra brasileira; e o Norte, com alta de 0,9%, total de 11,1 milhões de toneladas e 4,3% do total.

No Centro-Oeste, maior região produtora de grãos, cereais e leguminosas, estima-se queda de 4,6% frente a 2020, mantendo-se a participação de 45,3% na safra nacional, com 116,1 milhões de toneladas em 2021.

Os cinco estados que mais produzem no país respondem por 79,8% do total nacional de grãos, cereais e leguminosas. Mato Grosso permanece em primeiro lugar, com 27,7%. Em seguida, vêm Paraná, com 14,6%; Rio Grande do Sul, com 13,7%; Goiás, com 9,1%; Mato Grosso do Sul, com 8,3%; e Minas Gerais, com 6,4%.

Edição: Nádia Franco

Publicado em 10/08/2021 – 14:37 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Hélcio Bruno nega envolvimento em irregularidade na compra de vacina

Militar da reserva presta depoimento à CPI da Pandemia

O presidente do Instituto Força Brasil (IFB), militar da reserva Hélcio Bruno de Almeida, negou nesta terça-feira (10) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado qualquer irregularidade na reunião que serviu para negociar a compra de vacinas por meio da Davati Medical Supply com o Ministério da Saúde, em 12 de março de 2021. Apontado como responsável pela aproximação entre a Davati e o Ministério da Saúde, o tenente-coronel foi convocado pela comissão depois de ter participado de conversas em que foram discutidas ofertas de vacinas e ter sido alvo da CPI das Fake News no Congresso.

Agenda

Sobre a reunião do dia 12 de março, no Ministério da Saúde, da qual participaram também representantes da Davati, empresa que tentou vender vacinas sem ser representante da fabricante, Hélcio Bruno afirmou que aceitou compartilhar a data que tinha na agenda do ministério com a Davati a pedido do reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da organização não governamental (ONG) Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah). Aos senadores, o depoente disse que fez uma pesquisa na internet sobre a empresa e que na ocasião não encontrou “nada que a desabonasse”. Segundo o militar, somente nessa reunião conheceu os representantes da Davati, Cristiano Carvalho e Luiz Paulo Dominguetti. A intenção dele no encontro, destacou, era acelerar a venda de vacinas para o mercado privado, apesar da impossibilidade legislativa disso à época.

“Uma vez que o compartilhamento da reunião pré-agendada poderia acelerar a vacinação privada, e considerando que até então não havia qualquer elemento em desfavor da Davati, que certamente seria profundamente investigada pelo Ministério da Saúde antes de qualquer negociação, não se enxergou nenhum possível prejuízo no compartilhamento da agenda do IFB [Instituto Força Brasil], vislumbrando-se, por outro lado, um potencial benefício à vacinação do país”, justificou.

O militar da reserva também ressaltou que jamais participou de qualquer reunião ou encontro no qual teria sido oferecida ou solicitada vantagem indevida por quem quer que seja para a compra de imunizantes. O depoente acrescentou ainda que nunca esteve presente em qualquer jantar com Dominguetti, “muito menos” no que teria ocorrido em 25 de fevereiro, no restaurante Vasto, em Brasília. A CPI investiga se, nessa ocasião, teria sido pedida pelo então diretor de Logística do ministério, Roberto Dias, propina de US$ 1, por dose comprada, sobre 400 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca que estavam sendo oferecidas pela Daviti ao Ministério da Saúde. Dias nega a acusação.

Relações

Hélcio Bruno negou à CPI ter feito negócios com Roberto Dias, assim como conhecer o ex-assessor do Ministério da Saúde Marcelo Blanco, que estava no jantar em que teria havido o suposto pedido de propina. O depoente destacou ainda que nunca teve proximidade com o então secretário executivo da pasta, coronel Elcio Franco. “Nunca tive relação de amizade ou qualquer proximidade com o coronel Elcio Franco, apenas podendo eventualmente tê-lo encontrado em alguma solenidade militar de que não me recordo. Nunca frequentei a sua residência, não conheço a sua família, jamais almoçamos ou jantamos juntos, não fomos contemporâneos na Aman [Academia Militar das Agulhas Negras], e tampouco servimos [o Exército] juntos”, disse.

Especialista e autointitulado consultor de defesa e segurança, Hélcio Bruno se apresenta nas redes sociais como representante sênior da empresa Suntech Soluções de Inteligência, adquirida pela companhia israelense Verint Systems. Apesar disso, o militar da reserva negou ter atuado como representante comercial da Suntech junto ao Ministério da Defesa. A negativa foi em resposta ao senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que citou notícias que apontam que o tenente-coronel da reserva teria atuado como facilitador da empresa em um contrato de R$ 33 milhões com o ministério. “Como representante comercial jamais [atuei]. Sou consultor de defesa e segurança”, afirmou.

Habeas corpus

Amparado por habeas corpus concedido ontem (9) pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite que Hélcio Bruno de Almeida não responda a perguntas que possam incriminá-lo, ele se negou a responder vários pontos levantados por parlamentares. O depoente se calou, por exemplo, quando questionado sobre a natureza das atribuições do Instituto Força Brasil. Também não respondeu sobre sua relação com o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Alertado várias vezes por senadores de que não poderia se negar a responder questionamentos mais básicos que não o prejudicassem, o militar passou a responder a perguntas autorizadas pela sua defesa.

Edição: Juliana Andrade

Publicado em 10/08/2021 – 14:59 Por Karine Melo – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Economia Anfavea apresenta cenários para futuro da motorização de veículos

Ela diz que é preciso saber quais rotas tecnológicas serão seguidas

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou hoje (10), durante seminário em São Paulo, três cenários para o futuro da motorização dos veículos nos próximos 15 anos, com base na realidade brasileira. 

O primeiro, chamado de Inercial, mostra a transformação dos veículos no ritmo atual, sem metas estabelecidas, nem organização dos setores envolvidos tanto no transporte quanto na geração de energia, além da ausência de políticas públicas de incentivo da eletrificação dos automóveis.

O segundo, batizado de Convergência Global, seria o mais acelerado para acompanhar os movimentos já existentes nos países mais desenvolvidos. O terceiro é o Protagonismo de Biocombustíveis, um caminho que privilegiaria combustíveis verdes, mas com um grau de eletrificação semelhante ao do cenário Inercial.

“Ultimamente, temos observado eventos climáticos extremos, como enchentes na Europa e na China, incêndios devastadores no Mediterrâneo e nos Estados Unidos, seca e geadas no Brasil, além de temperaturas aumentando em escala global. O tema ficou ainda mais em pauta com a divulgação, feita ontem pela ONU (Organização das Nações Unidas), do relatório IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), com a estimativa de que o limite de +1,5° C de aquecimento global em relação ao período pré-industrial será alcançado em 2030, dez anos antes do previsto, com efeitos climáticos sem precedentes”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.

Segundo ele, a entidade lidera esse debate, que classificou como fundamental e inadiável, para que a indústria automotiva saiba como direcionar seus investimentos para as próximas gerações de veículos e para inserir o Brasil nas estratégias globais de motorização com foco total na descarbonização.

Grau de eletrificação

De acordo com a Anfavea, é preciso saber quais rotas tecnológicas e energéticas deverão ser seguidas, qual será o grau de eletrificação da frota, o papel dos biocombustíveis e como os setores público e privado precisam agir hoje para garantir a inserção do Brasil no setor automotivo global, tendo em vista os debates e os reflexos da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26), que será realizada em novembro em Glasgow, na Escócia.

Durante o seminário O Caminho da Descarbonização do Setor Automotivo, representantes da Anfavea apontaram conclusões para conduzir o debate sobre o tema, que, em sua avaliação, deve ser urgente. A primeira foi a de que mesmo em um cenário mais conservador, o mercado brasileiro demandará milhões de unidades de veículos eletrificados até a metade da próxima década, podendo chegar a 432 mil veículos leves por ano em 2030 e 1,3 milhão ao ano em 2035.

“A indústria precisará entrar em um novo ciclo de investimentos para se manter competitiva, e, ao mesmo tempo, garantir 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos na cadeia automotiva. Serão necessários altíssimos investimentos em toda a cadeia para que o Brasil abasteça seu mercado local e se consolide como um polo exportador”, disse o estudo da Anfavea.

Para a entidade é necessário que o poder público brasileiro estabeleça políticas para acelerar os cenários de descarbonização, como já ocorre em outros países, principalmente da Europa. “É possível estimular o consumo de carros mais limpos com medidas como menor tributação, ou imposto verde, descontos ou isenções em recarga, pedágio, zona azul, rodízio e financiamentos com métrica de dados ambientais, sociais e de governança das empresas”.

A Anfavea citou, ainda, os reflexos que uma atualização da frota deve ter nos combustíveis, já que, com a maior parte dos veículos (8)%) ainda flex e os caminhões e ônibus (90%) a diesel em 2035, a demanda por esses combustíveis deverá ser maior, exigindo investimentos altos da indústria produtora de etanol, gasolina, diesel e biodiesel. 

Ainda no item investimentos, a entidade destacou a necessidade de instalação de ao menos 150 mil carregadores para atender os veículos eletrificados, o que implica num investimento de aproximadamente R$ 14 bilhões, além de gastos em geração e distribuição de energia de fontes limpas para suprir a frota de elétricos.

Veículos eletrificados

De acordo com o estudo, feito em conjunto com Boston Consulting Group (BCG), com uma política pública industrial adequada e bem planejada, se poderá promover um novo ciclo de investimentos nos próximos 15 anos superior a R$ 150 bilhões. 

“Outros países já definiram suas metas de descarbonização, bem como os caminhos para se chegar a elas. O Brasil, em seu papel de um dos principais mercados para o setor de transporte no mundo, não pode mais perder tempo”, afirmou Moraes.

Segundo o presidente da Anfavea, o momento é de união de todos os setores envolvidos com a cadeia de transporte terrestre do país e poder público para definir as metas neste sentido.

“É hora de unir esforços, respeitando as vocações de nossa indústria e as particularidades do nosso país continente. Só com essas definições de metas é que os investimentos corretos poderão ser feitos, colocando o Brasil em um caminho global que não tem mais volta, que é o da redução das emissões dos gases de efeito estufa. Temos essa obrigação para com as futuras gerações”, concluiu Moraes.

Edição: Kleber Sampaio

Publicado em 10/08/2021 – 15:07 Por Flavia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Queda de índice global da FGV reflete recuo da expansão do PIB

Índices abrangem pesquisa de tendência econômica em mais de 50 países

Os Barômetros Econômicos Globais referentes a agosto, divulgados hoje (10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostram queda, provocada especialmente pela desaceleração das taxas interanuais de crescimento econômico mundial no terceiro trimestre de 2021. Apesar desse recuo, entretanto, a FGV avalia que os níveis dos indicadores são ainda elevados e compatíveis com a continuidade da atual fase de retomada da economia mundial.

Os barômetros econômicos são um sistema de indicadores que permite uma análise tempestiva do desenvolvimento econômico global e foram lançados em março de 2020 pela FGV. Os dois índices compreendem os resultados de pesquisas de tendências econômicas realizadas em mais de 50 países.

De acordo com a pesquisa, o Barômetro Econômico Global Coincidente, que reflete o estado atual da atividade econômica, recuou 10,1 pontos em agosto, passando para 118,1 pontos. O Barômetro Econômico Global Antecedente, que emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais, recuou 11,3 pontos, para 112,7 pontos. Todas as regiões pesquisadas mostram retração em agosto, com quedas mais acentuadas na região da Ásia, Pacífico e África, em ambos os indicadores.

Na avaliação do pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Paulo Picchetti, o relaxamento das restrições à mobilidade que vem ocorrendo com o avanço da vacinação contra a covid-19 na maioria dos países vem dando continuidade à retomada do nível de atividades. “Porém, essa retomada mostra desaceleração no início do segundo semestre do ano, em função de preocupações com novas variantes do vírus”. Picchetti completou que, “adicionalmente, a restrição de disponibilidade de insumos para a indústria, observada em todas as regiões, exerce pressões sobre custos de produção, o que por sua vez levanta preocupações em relação à evolução da política monetária, tanto em países centrais quanto emergentes”.

Barômetro Coincidente

A região da Ásia, Pacífico e África contribuiu com a maior parcela (6,3 pontos) da queda de 10,1 pontos em agosto do Barômetro Global Coincidente, seguida pelo Hemisfério Ocidental, com 2 pontos, e a Europa, com 1,8 ponto. Para o Ibre/FGV, o resultado evidencia, em grande parte, a desaceleração das taxas interanuais de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, na medida em que a economia se afasta do período-base do segundo trimestre de 2020. Todas as regiões ainda registram indicadores acima do nível médio histórico de 100 pontos, informou a FGV.

Dos cinco setores da pesquisa que contribuem de forma negativa para o resultado agregado do índice em agosto (construção, indústria, economia, serviços e comércio), o que mostrou recuo mais significativo, pelo segundo mês consecutivo, da ordem de 16,4 pontos, foi o indicador do setor de serviços. Apesar disso, ainda é esse setor que registra o maior nível entre os demais setores (122,9 pontos). Para a FGV, “é possível que a dificuldade de se controlar novas variantes do coronavírus esteja dificultando o retorno sustentável deste setor”.

Barômetro Antecedente

A pesquisa revela, da mesma forma, que os indicadores antecedentes das regiões da Ásia, Pacífico e África contribuem de forma negativa para o resultado do Barômetro Antecedente em agosto, com 7,8 pontos para a queda, enquanto o Hemisfério Ocidental contribui com -1,9 ponto, e a Europa com -1,6 ponto. “A desaceleração do ritmo excepcionalmente forte de expansão deve, portanto, continuar nos próximos meses. Além da desaceleração do crescimento, a piora do quadro sanitário em algumas regiões e gargalos no abastecimento de diversos insumos produtivos podem estar colaborando para a queda dos indicadores”, analisou a FGV.

Todos os indicadores antecedentes setoriais caíram em agosto. Destaque para a indústria, que havia dominado a recuperação da economia mundial até o início de 2021. Apesar de também registrarem queda, os setores de serviços, construção e comércio continuam apresentando níveis que sinalizam otimismo no curto prazo.

Edição: Denise Griesinger

Publicado em 10/08/2021 – 15:53 Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Saúde lança Campanha Nacional de Prevenção à Obesidade Infantil

Segundo ministério, mais de 3 milhões de crianças sofrem com a doença

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou hoje (10) do lançamento da Campanha Nacional de Combate e Prevenção à Obesidade Infantil. A pasta coordenará um esforço multissetorial com o objetivo de reverter os números da obesidade infantojuvenil no Brasil. Segundo dados do ministério, 6,4 milhões de crianças e adolescentes brasileiros estão com sobrepeso e 3,1 milhões podem ser considerados obesos.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, também participou do evento. Segundo Ribeiro, a ação de combate à obesidade também fará parte das rotinas escolares brasileiras, que adotarão protocolos de nutrição e estimularão atividades físicas contínuas.

Assista na íntegra:


Veja também:

Publicada MP com crédito extraordinário de R$ 9,1 bi para Saúde

O governo federal publicou hoje (10) medida provisória (MP) abrindo credito extraordinário no valor de R$ 9,1 bilhões para o Ministério da Saúde. A MP 1.062/21, publicada no Diário Oficial da União (DOU) destina recursos para a manuntenção do financiamento de serviços de saúde excepcionais decorrentes da pandemia de covid-19.
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Ministério lança guia de estímulo à prática de atividade física

O Ministério da Saúde lançou, em 29 de junho, um guia para estimular a população a praticar atividades físicas. Com a publicação, o ministério espera promover hábitos saudáveis e uma melhor qualidade de vida entre os brasileiros e reduzir o sedentarismo.
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Inatividade aumenta mortes por doença cardiovascular na pandemia

Estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostra que a inatividade física na pandemia pode aumentar as mortes por doenças cardiovasculares em até 200 mil novos registros no longo prazo. O Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada & Nutrição, da Faculdade de Medicina, projetou em março de 2020, a partir da revisão de 50 estudos, que a falta de exercícios teve um crescimento de 50%. 
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*Matéria em atualização.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

Publicado em 10/08/2021 – 14:31 Por Agência Brasil* – Brasília

Sancionada lei que permite que clubes de futebol virem empresas

Hoje, os clubes são associações civis sem fins lucrativos

O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos a Lei 14.193, que institui a Sociedade Anônima do Futebol (SAF), ao estimular que clubes de futebol sejam transformados em empresas de sociedade anônima, podendo, inclusive, emitir títulos no mercado, com a regulação dos clubes pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As chamadas debêntures-fut, um dos tipos de títulos que poderão ser emitidos, terão prazo mínimo de dois anos de vencimento e remuneração mínima igual à da poupança. Os títulos emitidos não poderão ser recomprados pela SAF.

A nova lei proíbe também o controle cruzado de mais de um clube por uma mesma empresa. Para tanto, não permite, ao acionista controlador, ter participação direta ou indireta em outra SAF; nem a integrantes dos conselhos administrativo e fiscal que integrem outras sociedades de futebol, federações ou confederação de futebol, atleta profissional, treinador ou árbitro.

Dívidas

A nova lei permite, aos clubes, o parcelamento de suas dívidas, bem como a separação entre obrigações civis e trabalhistas, sem que sejam repassadas à nova empresa responsável por administrar a atividade futebolística.

O clube poderá receber da nova SAF parte da renda obtida com o futebol. Atualmente, os clubes de futebol são classificados como associações civis sem fins lucrativos.

Os vetos feitos pelo presidente abrangem dispositivos relacionados a renúncia fiscal, que permitiam, aos clubes, pagar 5% de suas receitas nos primeiros cinco anos da mudança.

Desenvolvimento educacional e social

Outro ponto previsto na nova lei é a de que as SAFs instituam o Programa de Desenvolvimento Educacional e Social (PDE), de forma a promover educação e esporte por meio de convênio com instituição pública de ensino.

Esses convênios poderão abranger ações como reforma, construção, manutenção de áreas destinadas à prática do futebol; alimentação de alunos; e capacitação de ex-jogadores para aulas e outras atividades.

Edição: Lílian Beraldo

Publicado em 09/08/2021 – 12:01 Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Presidente entrega medida provisória do novo Bolsa Família

Novo programa será chamado Auxílio Brasil

O presidente da República, Jair Bolsonaro, apresentou hoje (9) uma proposta que altera programas sociais do governo, entre eles o Bolsa Família, para criar um novo programa, chamado de Auxílio Brasil.

Bolsonaro entregou o texto de uma medida provisória (MP) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criando o programa e também uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do pagamento de precatórios.

O presidente Jair Bolsonaro apresentou as propostas acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes, da Casa Civil, Ciro Nogueira, do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, da Secretária de Governo da Presidência, Flávia Arruda, e da Cidadania, João Roma.

O novo programa social deve pagar, pelo menos, 50% acima do valor médio pago pelo Bolsa Família, que atualmente é de R$ 189. Parte dos recursos do novo programa virá do parcelamento do pagamento de precatórios previsto na PEC e também de um fundo que será criado com recursos de privatizações.


“São duas propostas que chegam no dia de hoje que vão dar transparência e responsabilidade aos gastos, aí incluído o viés social do governo. Sabemos que a pandemia [de covid-19] trouxe uma inflação dos alimentos para o mundo todo. Então, não podemos deixar desassistidos os mais vulneráveis. Já decidido por nós que é uma proposta mínima de 50% do Bolsa Família, que agora se chama de Auxílio Brasil”, disse Bolsonaro.

Em entrevista coletiva após a entrega da proposta, o ministro da Cidadania, João Roma, explicou como será o novo programa. De acordo com o ministro, a decisão final sobre os valores do Auxílio Brasil deve ocorrer no final do mês de setembro.

“O valor portanto deve ser definido por volta do final de setembro uma vez que essa reestruturação do programa entra em vigor no mês de novembro. Até outubro temos a extensão do auxílio emergencial”, disse. “O programa com essa nova reformulação abrange uma série de políticas públicas e o valor do benefício será diferente de acordo com o perfil de cada família”, acrescentou Roma.

Além do aumento no valor pago, o ministro disse ainda que o novo programa deve aumentar o número de beneficiários. “O atual programa de transferência de renda, que é o Bolsa Família, abrange cerca de 14,6 milhões de beneficiários. Esse número deve aumentar, indo acima de 16 milhões de beneficiários”, disse.

Programa Alimenta Brasil

A medida provisória entregue nesta segunda-feira também cria o Programa Alimenta Brasil, em substituição ao Programa de Aquisição de Alimentos e o Benefício Primeira Infância. Esse programa apoiará financeiramente, com os maiores investimentos, as famílias mais vulneráveis do país, especialmente aquelas com crianças em primeira infância.

Tramitação

O presidente da Câmara disse que vai acelerar a tramitação da MP para que o texto seja analisado pelo plenário em um curto espaço de tempo. Lira disse que a pandemia deixou a parcela vulnerável da população mais exposta ao processo inflacionário devido ao aumento em diversos serviços e preços dos combustíveis.

“O Congresso se debruçará rapidamente sobre essa medida provisória, vai se dedicar a fazer o melhor dentro do possível economicamente, mas com um cunho de responsabilidade elevado”, afirmou.

Lira disse ainda que vai adotar o mesmo procedimento com a PEC dos Precatórios. De acordo com o presidente da Câmara, a intenção é que a proposta seja votada antes que o Congresso termine o processo de votação do orçamento da União para 2022.

*Matéria atualizada às 12h34 para acréscimo de informações.

Edição: Kelly Oliveira

Publicado em 09/08/2021 – 11:36 Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Atualizado em 09/08/2021 – 12:34