A Federação Internacional de Futebol (FIFA) anunciou nesta sexta (10) que
adiou para outubro o início das eliminatórias sul-americanas para a Copa do
Mundo de 2022, que acontece no Catar. Inicialmente, os jogos classificatórios
seriam realizados em março, mas foram adiados por causa da pandemia do novo
coronavírus (covid-19).
Recentemente, em declaração pública, o presidente da Fifa, o ítalo-suíco
Gianni Infantino, chegou a cogitar o início da competição em setembro, mas
mudou de opinião após consulta a Confederação Sul-Americana de Futebol
(Conmebol) e a outras confederações do continente.
Na primeira janela das eliminatórias da Copa, dentro de três meses, o Brasil
estreia contra a Bolívia.
Edição: Fábio Lisboa
Publicado em 10/07/2020 – 16:10 Por Rodrigo
Ricardo – Repórter da Rádio Nacional – Rio de Janeiro
Nomeação
já foi publicada no Diário Oficial da União.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta sexta-feira (10), a indicação do
professor Milton Ribeiro para ministro da Educação. Ribeiro é doutor em
educação pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em direito pela
Universidade Presbiteriana Mackenzie e graduado em direito e teologia. Desde
maio do ano passado, integra a Comissão de Ética da Presidência da
República. A nomeação já aparece em edição extra do Diário Oficial da
União (DOU).
O cargo estava vago desde a semana passada, quando a nomeação de Carlos Alberto Decotelli foi revogada, sem que
ele tivesse tomado posse, depois de uma série de inconsistências curriculares
terem vindo à tona.
Milton Ribeiro tem uma trajetória ligada à Universidade Presbiteriana
Mackenzie, onde foi reitor em exercício, vice-reitor e superintendente da
pós-graduação lato sensu. Ele também fez parte do conselho deliberativo do
Instituto Presbiteriano Mackenzie e da Comissão de Ética e Compliance da mesma
instituição.
O currículo de Ribeiro informa que ele já atuou como representante da
Universidade Mackenzie na Conferência New Frontiers in the Figth Against
Corruption in Brazil at Columbia Law School, no Estados Unidos, e como diretor
administrativo da Luz Para o Caminho, agência de produção de mídias da Igreja
Presbiteriana do Brasil.
Edição: Fernando Fraga
Publicado em 10/07/2020 – 18:09 Por Pedro
Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Adiamento
foi decidido para evitar contaminações por covid-19.
O recadastramento anual de aposentados, pensionistas e anistiados políticos
está suspenso até 30 de setembro para evitar contaminações por covid-19. O
prazo, que acabaria no próximo dia 16, foi prorrogado por causa da pandemia.
A instrução normativa do Ministério da Economia com o adiamento foi publicada na quarta-feira (8) no Diário Oficial da União.
As visitas técnicas para comprovação de vida, interrompidas desde março, também
continuam suspensas.
Segundo a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da
Economia, cerca de 700 mil pessoas serão afetadas pelo adiamento. A instrução
normativa esclarece que a suspensão não prejudica o pagamento dos benefícios
aos aposentados, pensionistas e anistiados.
Realizada todos os anos no mês de aniversário do beneficiário, a comprovação
de vida é exigida para a manutenção do pagamento do benefício. A prova de vida
exige o comparecimento do segurado ou de algum representante legal ou
voluntário à instituição bancária onde saca o benefício.
Desde agosto do ano passado, o procedimento pode ser feito por meio do aplicativo
Meu INSS ou pelo site do órgão por beneficiários com mais de 80 anos ou com
restrições de mobilidade. A comprovação da dificuldade de locomoção exige
atestado ou declaração médica. Nesse caso, todos os documentos são anexados e
enviados eletronicamente.
Edição: Fernando Fraga
Publicado em 10/07/2020 – 15:28 Por Agência
Brasil – Brasília
Aratasaurus
museunacionali ou nascido do fogo é o nome do achado.
Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, do Museu Nacional e da Universidade Regional do Cariri apresentaram nesta sexta-feira (10) um fóssil de dinossauro de uma espécie inédita encontrado em 2008 na unidade geológica Formação Romualdo, no Ceará, o Aratasaurus museunacionali, animal terrestre e carnívoro. A pesquisa foi publicada hoje na revista do Grupo Nature – Scientific Reports.
Segundo o diretor do Museu Nacional/UFRJ, Alexander Kellner, o fóssil foi
batizado em homenagem à instituição, cujo palácio na Quinta da Boa Vista foi
destruído pelo incêndio em 2018. Ele explicou que ara e ata vêm do tupi e
significam nascido e fogo, respectivamente. Já saurus vem do grego e é muito
usado para denominar espécies répteis recentes e fósseis. A tradução de
Aratasaurus é nascido do fogo, em alusão ao incêndio no museu.
O fóssil tem entre 110 e 115 milhões de anos. Apenas uma das patas
do animal está preservada, a direita traseira. “A forma como os ossos estão
dispostos, articulados, levam a crer que ele provavelmente deveria estar mais
completo antes de sua coleta”, disse o paleontólogo da Universidade Regional do
Cariri Renan Bantim. Apesar de incompleto, grande parte das peculiaridades
anatômicas do Aratasaurus em relação aos outros dinossauros celurossauros está
nos dedos da pata.
Segundo os pesquisadores, embora à primeira vista pareça pouco, esses ossos guardam características anatômicas importantes para sua classificação e para entender sua evolução. Pelas dimensões da pata e recorrendo a espécies evolutivamente próximas que são mais completas, a equipe chegou à conclusão de que se tratava de um animal de médio porte, chegando aos 3,12 metros e podendo ter pesado até 34,25 quilos.
Entretanto, pela análise da microestrutura de seus ossos, foi possível
verificar que se tratava de um dinossauro jovem, podendo crescer ainda mais até
chegar na sua fase adulta. “Chegamos a essa conclusão analisando os anéis de
crescimento que ficaram impressos nos ossos do Aratasaurus, contabilizando
apenas quatro”, afirmou o paleontólogo Rafael Andrade.
A anatomia do fóssil encontrado, principalmente a dos dedos do pé, indica
que se trata de uma linhagem de dinossauro com origem mais antiga do que a que
deu origem aos tiranossaurídeos. Ainda não se sabe muito sobre onde essas
linhagens mais antigas estavam no planeta.
“O Aratasaurus aponta que parte dessa rica história pode estar no Nordeste
do Brasil e na América do Sul. Sendo assim, ainda há muitas lacunas para
desvendar esse quebra-cabeças evolutivo, mas com essa descoberta colocamos mais
uma peça para entendê-lo”, disse a paleontóloga da Universidade Federal de
Pernambuco, Juliana Sayão
“O Aratasaurus é uma linhagem irmã do Zuolong, um celurossauro do Jurássico
da China, o que sugere que os celurossauros mais antigos estariam mais
amplamente distribuídos pelo planeta e ao longo de um tempo maior”, informou o
paleontólogo chinês Xin Cheng.
Descoberta
Após ser descoberto em 2008, numa mina de gesso, o fóssil do Aratasaurus foi levado para o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri, no interior do Ceará, e em seguida, encaminhado para o Laboratório de Paleobiologia e Microestruturas, no Centro Acadêmico de Vitória, da Universidade Federal de Pernambuco para ser preparado e estudado. O processo de preparação, que consiste na retirada da rocha que envolve o fóssil, foi lento e complexo devido à fragilidade em que se encontrava o achado, segundo os pesquisadores.
Entre 2008 e 2016, foram feitas análises microscópicas de seus tecidos
através de pequenas amostras dos ossos. Há quatro anos, o fóssil foi levado
para o Museu Nacional/UFRJ para que uma pequena parte fosse preparada em
detalhe.
“Deixar um exemplar como este, pronto para estudo, requer cuidados
especiais, tais como o uso de equipamentos e produtos adequados. Devido à
fragilidade e grande importância do espécime, seu preparo requereu o uso
constante de microscopia e de ferramentas de precisão”, explicou o preparador
de fósseis do Museu Nacional/UFRJ, Helder de Paula Silva.
Apesar do incêndio de 2018 no Museu Nacional, a área onde estava esse fóssil
não foi atingida e ele permaneceu intacto.
Além de sua importância científica, a expectativa é de que o Aratasaurus
possa ajudar a divulgar a paleontologia na região do Cariri. “Essa descoberta é
um marco para o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, pois será o
primeiro fóssil de dinossauro depositado nesse museu e se espera, com isso,
aumentar a visitação de áreas do Geopark Araripe”, afirmou o paleontólogo da
Universidade Regional do Cariri Álamo Saraiva.
Segundo a pesquisadora Juliana Sayão, o Aratasaurus museunacionali contribui
para que as instituições científicas entendam a história evolutiva dos
terópodes, que compõem o grupo de dinossauros carnívoros que têm como
representantes atuais as aves.
“Toda descoberta de um fóssil é importante porque obtemos registros que
ajudam a reconstruir a história do planeta e refazer o caminho da evolução dos
organismos que viveram aqui desde milhões de anos atrás. Muitas vezes o fóssil
é único e guarda todas as informações sobre aquela espécie ou grupo de
animais”, disse Juliana.
Edição: Aline Leal
Publicado em 10/07/2020 – 14:45 Por Ana
Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
Apelo foi
feito em cúpula virtual sobre transição energética.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres,
pediu que países deixem de financiar o setor de carvão e se comprometam a não
construir novas usinas movidas pelo combustível fóssil, para que uma mudança
rumo à energia limpa seja possível.
As declarações foram feitas em cúpula virtual sobre transição energética,
envolvendo 40 países que representam 80% do uso de energia e emissões de gases
de efeito estufa. Eles discutiram maneiras de impulsionar a economia, reduzir
emissões e tornar os sistemas energéticos mais resilientes às mudanças
climáticas.
À medida que países tentam reabrir suas economias em meio à desaceleração
causada pela pandemia de covid-19, governos e investidores pedem que os pacotes
de recuperação sejam focados, em parte, em estímulos “verdes”. A
União Europeia e a Coreia do Sul já se comprometeram com programas de
recuperação voltados ao meio ambiente.
Guterres afirmou que alguns países usaram pacotes de estímulos para fornecer
apoio a empresas de combustíveis fósseis que já passavam por problemas
financeiros, e que outros optaram por fortalecer as usinas movidas a carvão.
“O carvão não tem vez nos planos de recuperação da covid-19”,
disse Guterres em discurso virtual na cúpula, organizada pela Agência
Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
Para ele, os argumentos a favor de energias renováveis são melhores do que
os pró-carvão em praticamente todos os mercados, e empregos relacionados à
proteção do meio ambiente e ao crescimento sustentável são fatores cruciais.
Os custos de energias renováveis, como eólica e solar, tiveram forte queda
ao longo da última década.
A China, segunda maior economia do mundo e maior produtora global
de carvão, disse que está comprometida com um desenvolvimento limpo, eficiente
e de baixo teor de carbono no setor energético.
Enquanto isso, o secretário de Energia dos Estados Unidos, Dan Brouillette,
afirmou que se opõe a qualquer proibição a combustíveis que produzem emissões
de gases de efeito estufa.
“As renováveis não conseguem, por si só, garantir um fluxo confiável de
energia para qualquer nação”, disse. “Resumindo, toda nação pode se
beneficiar de um ‘mix’ mais amplo de combustíveis para manter sua rede
funcionando. Se uma fonte não é tão limpa, a inovação busca torná-la mais limpa
e, por fim, totalmente limpa”, disse o secretário.
Publicado em 10/07/2020 – 05:58 Por Nina
Chestney e Matthew Green – Repórteres da Reuters – Londres
Organização
diz que mais pesquisas sobre o tema são necessárias.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nessa quinta-feira (9)
novas diretrizes sobre a transmissão do novo coronavírus, que reconhecem alguns
relatos de transmissão pelo ar do vírus causador da covid-19. A instituição, no
entanto, não chegou a confirmar que o vírus se propaga pelo ar.
Em suas diretrizes mais recentes sobre transmissão da doença, a OMS reconheceu
que alguns relatos sobre casos relacionados a espaços fechados lotados
sugeriram a possibilidade de transmissão por aerossol, como restaurantes ou
aulas de ginástica. Mas a organização observou que mais pesquisas são
“urgentemente necessárias para investigar esses casos e avaliar seu
significado para a transmissão da covid-19”.
Com base na revisão das atuais evidências, a OMS afirmou que o novo
coronavírus, causador da covid-19, se espalha entre as pessoas por contato
direto ou indireto com superfícies contaminadas ou o contato próximo com
pessoas infectadas que espalham o vírus pela saliva, secreções respiratórias ou
gotículas liberadas quando uma pessoa infectada tosse, espirra, fala ou canta.
O documento foi divulgado após carta aberta de cientistas especializados na
propagação de doenças pelo ar – os chamados aerobiologistas – que solicitaram
ao organismo global atualizar suas orientações sobre como a doença respiratória
se propaga, para incluir a transmissão por aerossol.
“Este é um movimento na direção certa, embora pequeno. Está ficando
claro que a pandemia é causada por eventos de grande propagação e que a melhor
explicação para muitos desses eventos é a transmissão por aerossol”, disse
Jose Jimenez, um químico da Universidade do Colorado que assinou a carta,
publicada segunda-feira (6) na revista Clinical Infectious Diseases.
A frequência com que o coronavírus se espalha pela via aérea ou pelo
aerossol – ao contrário de gotículas maiores em tosses e espirros – não é
clara.
Em entrevista coletiva, Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de
Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (EUA), disse que ainda
não existem muitas evidências sólidas sobre a transmissão aérea do novo
coronavírus. “Eu acho é uma suposição razoável que isso ocorra”.
Embora incompletas, as evidências até o momento são “a base fundamental
do motivo pelo qual agora estamos tão empenhados em fazer com que as pessoas –
particularmente as sem sintomas – usem máscaras. Para poder ver se podemos
mitigar isso”, disse ele.
As orientações da OMS reconhecem que a transmissão pelo ar do novo
coronavírus pode ocorrer durante procedimentos médicos específicos que produzem
aerossóis, como durante a intubação.
Publicado em 10/07/2020 – 06:23 Por Julie
Steenhuysen – Repórter da Reuters – Genebra
Ministério
da Saúde reforçou orientação nesta quinta-feira.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, reafirmou hoje
(9), durante a apresentação de dados sobre a distribuição de equipamentos de
proteção individual (EPIs) e insumos para o combate ao novo coronavírus, que pessoas que apresentarem
sintomas – mesmo que leves – de infecção por covid-19 devem procurar
atendimento médico o mais rápido possível.
De acordo com o secretário, a orientação é uma ajuste na campanha feita pelo
Ministério da Saúde, que recomendava que pacientes leves “ficassem em casa”.
“Percebemos que, ao aguardar em casa, muitos chegam ao hospital em situação
mais agravada, e evoluem para quadros graves – com necessidade de UTI [unidade
de tratamento intensivo] – muito rapidamente. Esta nova diretriz procura evitar
mortes relacionadas à doença”, afirmou.
Franco argumentou que há evidências sobre os efeitos positivos da
administração de oxigênio durante as fases iniciais da infecção. Segundo ele, o
Sistema Único de Saúde (SUS) está preparado para receber todos os pacientes com
sintomas leves, e deve reforçar ainda mais o serviço de atenção primária nas
próximas semanas.
O secretário salientou, ainda, que a busca imediata por atendimento médico
deve reduzir a taxa de ocupação das UTIs em todo o Brasil. “Nós temos a
convicção de que o tratamento precoce vai evitar a sobrecarga das estruturas
dos hospitais, tanto privados quanto do SUS, e dessa forma vamos prestar o
melhor atendimento à população. Vamos salvar mais vidas”, afirmou o secretário.
Edição: Bruna Saniele
Publicado em 09/07/2020 – 21:00 Por Por Pedro
Ivo de Oliveira – Repórter da Agência Brasil – Brasília