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STF começa a julgar lei do Rio que proíbe testar cosméticos em animais

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Procurador-geral da República defende procedência parcial da ação

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar hoje (26) a constitucionalidade de uma lei do Rio de Janeiro que proibiu a utilização de animais em testes experimentais de cosméticos, produtos de higiene pessoal e de limpeza. A ação foi protocolada na Corte em 2018 pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). 

A sessão desta tarde, primeira do julgamento, foi destinada para as sustentações orais das partes e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em seguida, a sessão foi suspensa e será retomada amanhã (27) com o voto do relator, ministro Gilmar Mendes. 

Na ação, a entidade autora alega que a Lei Estadual 7.814/2017, aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), é inconstitucional por tratar de matéria sobre proteção ao meio ambiente e por proibir a circulação de produtos que foram testados em animais, questões que são de competência do Congresso Nacional. 

De acordo com o advogado Bruno Corrêa Burini, a entidade não defende maus-tratos aos animais, mas apontou que a norma local descumpre a Lei Federal 11.794/2008, que autoriza os testes científicos. 

“A Abihpec não está nesta ação defendendo maus-tratos. Ela reitera sua posição de defesa do bem-estar dos animais. Esta ação não é uma ação que busca a crueldade, não é isso, muito longe disso. A associação sustenta aqui uma necessidade de proteção da segurança jurídica e do sistema federativo”, afirmou. 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu a procedência parcial da ação. Para Aras, “apesar do intuito de preservar o bem-estar animal, a lei padece de inconstitucionalidade formal”. 

Segundo o procurador, na questão ambiental, a norma fluminense não contrariou a lei federal, no entanto, ao também proibir a circulação de produtos, interferiu no comércio interestadual e invadiu a competência federal para legislar sobre o assunto.

Edição: Aline Leal

Publicado em 26/05/2021 – 19:02 Por André Richter – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Confiança do consumidor brasileiro sobe 3,7 pontos, diz FGV

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Essa foi a segunda alta consecutiva

O Índice de Confiança do Consumidor, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 3,7 pontos na passagem de abril para maio deste ano. Com essa, que foi sua segunda alta consecutiva, o indicador chegou a 76,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.

O consumidor brasileiro elevou sua confiança em relação tanto ao presente quanto ao futuro. O Índice da Situação Atual cresceu 4,2 pontos e chegou a 68,7 pontos. Já o Índice de Expectativas subiu 3,2 pontos e atingiu 82,4 pontos.

“Houve ligeira melhora da percepção das famílias sobre o momento atual, que atingiu nível mínimo em março, e aumento das perspectivas em relação aos próximos meses. Mas mesmo otimistas com relação a situação econômica do país nos próximos meses, a expectativa das finanças pessoais não avança e o ímpeto para consumo continua muito baixo”, afirma a pesquisadora da FGV Viviane Seda Bittencourt.

Publicado em 25/05/2021 – 09:41 Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Ministério da Saúde pede autorização à Anvisa para importar vacina

Solicitação é para 20 milhões de doses do imunizante Covaxin

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está analisando um novo pedido de importação de 20 milhões de doses da vacina Covaxin contra a covid-19. A solicitação foi formalizada nessa segunda-feira (24) pelo Ministério da Saúde. O imunizante é produzido pelo laboratório Bharat Biotech, na Índia.

Em março, a Anvisa negou a certificação de boas práticas à fabricante e, na sequência, um primeiro pedido para importação do imunizante. A certificação é um dos requisitos para que a vacina possa ser usada no Brasil. 

Apesar da negativa, a Anvisa informou que, desde então, juntamente com o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, empresa que negocia a vacina no país, os três “seguiram em tratativas a fim de adequar os aspectos que motivaram o indeferimento”.

“Neste sentido, já foi publicada pela Anvisa a anuência para realização do estudo clínico com a vacina Covaxin no Brasil, conforme Resolução nº 1.938, de 13 de maio de 2021”, informou a agência, em nota.

Publicado em 25/05/2021 – 10:04 Por Karine Melo – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Edição: Kleber Sampaio

Ministério da Saúde libera R$ 1 bi para custeio de leitos de UTI

Serão custeados 21.998 leitos para pacientes com covid-19

Portaria publicada pelo Ministério da Saúde no Diário Oficial da União de hoje (25) libera R$ 1,048 bilhão para custeio de 21.998 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com covid-19 em mais de mil unidades de saúde localizadas em municípios de todas as unidades federativas, além do Distrito Federal.

A lista de hospitais, fundações, associações hospitalares, santas casas, institutos, pronto socorros e demais estabelecimentos que receberão, em caráter excepcional, os recursos pode ser conferida na portaria nº1.059.

Os valores disponibilizados correspondem ao mês de maio, tendo como origem recursos do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde. 

Edição: Lílian Beraldo

Publicado em 25/05/2021 – 10:21 Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília

IBGE: prévia da inflação de maio fica em 0,44%

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Maior impacto foi da alta da energia elétrica: 2,31%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como prévia da inflação, apresentou em maio alta de 0,44%. O índice ficou abaixo da taxa de abril (0,60%) e acumula alta de 3,27% no ano. Nos últimos 12 meses, a variação está em 7,27%, acima dos 6,17% registrados nos 12 meses anteriores.

Os dados foram divulgados hoje (25), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior resultado para um mês de maio desde 2016, quando o índice foi de 0,86%. Em maio de 2020, ficou em -0,59%.

O maior impacto na prévia da inflação foi o grupo saúde e cuidados pessoais, que subiu 1,23%, após aumento de 0,44% em abril. O grupo foi influenciado pelo reajuste de 10,08% nos medicamentos.

Individualmente, o maior impacto veio da alta na energia elétrica, que subiu 2,31%, dentro do grupo habitação, que teve aumento de 0,79%. O IBGE destacou que, em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, depois de quatro meses na amarela, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Também contribuíram para a alta os reajustes nas contas de luz de Fortaleza (8,27%), Salvador (5,83%) e Recife (5,40%).

O aumento de 1,45% no gás de botijão também foi destacado pelo IBGE, registrando o 12º mês consecutivo de reajuste, embora menor que em abril (2,49%).

A alimentação no domicílio passou de aumento de 0,19% em abril para 0,50% em maio, contribuindo para a aceleração de 0,48% no grupo alimentação e bebidas. As carnes subiram 1,77% e acumulam alta de 35,68% em 12 meses, enquanto o tomate subiu 7,24%, após cair 3,48% em abril. O preço das frutas recuou 6,45% em maio.

Deflação

O único grupo que teve deflação em maio foi o de transportes (-0,23%), influenciado pela queda de 28,85% nas passagens aéreas. Houve recuo também nos transportes por aplicativo (-9,11%) e no seguro voluntário de veículo (-3,18%). 

Os automóveis novos ficaram mais caros 1,16%, o conserto de automóvel subiu 1,05% e a gasolina aumentou 0,29%, acumulando alta de 41,55% nos últimos 12 meses. O IBGE registrou aumento também nas tarifas do metrô (0,46%) e do ônibus urbano (0,25%).

Por região, Brasília foi a única região com deflação em maio, onde o IPCA-15 ficou em -0,18%. A queda foi influenciada pelas passagens aéreas (-37,1%), gasolina (-1,42%) e frutas (-10,03%). O maior índice no mês foi observado em Fortaleza (1,08%), com as altas da energia elétrica (8,27%) e dos produtos farmacêuticos (3,51%).

A coleta de preços do IPCA-15 ocorreu entre 14 de abril e 13 de maio de 2021, sendo comparados com os valores vigentes de 16 de março a 13 de abril.

Publicado em 25/05/2021 – 10:40 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Edição: Kleber Sampaio

Japão não vê impacto na Olimpíada com alerta de viagem dos EUA

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O aviso emitido nesta segunda (24) desaconselhou ida ao país asiático

Autoridades japonesas de alto escalão disseram nesta terça-feira (25) que não acreditam que um aviso dos Estados Unidos desaconselhando viagens ao Japão devido aos temores do novo coronavírus afetará a Olimpíada de Tóquio daqui a menos de dois meses e que o apoio norte-americano aos Jogos não mudou.

O aviso e a diretriz de “Não Viaje” do Departamento de Estado norte-americano para o Japão na segunda-feira (24) não mencionou especificamente a Olimpíada, mas desaconselhou visitar o país agora.

“No momento, não conseguimos ver nenhum impacto em particular”, disse a ministra da Olimpíada, Tamayo Marukawa, em uma coletiva de imprensa. Ela observou que o aviso não proíbe viagens essenciais e que o Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA disse que práticas de mitigação planejadas permitirão uma participação segura dos atletas.

Autoridades japonesas e olímpicas prometeram que os Jogos acontecerão como planejado a partir de 23 de julho depois de serem adiados em 2020, apesar de pesquisas mostrarem que a maioria dos japoneses quer que os Jogos sejam cancelados ou adiados devido aos temores do coronavírus.

Uma campanha virtual batizada de “Impeçam a Olimpíada de Tóquio” havia coletado 387 mil assinaturas até esta terça-feira (25), disseram organizadores.

O secretário-chefe de gabinete, Katsunobu Kato, disse que o Japão está em contato próximo com o governo dos EUA.

“Não existe absolutamente nenhuma mudança no apoio dos Estados Unidos à decisão do Japão de realizar a Olimpíada, acreditamos”, disse Kato.

Publicado em 25/05/2021 – 10:40 Por Elaine Lies, Sakura Murakami, Yoshifumi Takemoto e Takashi Umekawa) – Tóquio

Barroso determina que União proteja povos indígenas contra invasores

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Ministro destaca relato de ataques a tiros na Terra Indígena Yanomami

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a União garanta, por todos os meios necessários, a proteção da vida e da saúde das populações indígenas nas terras demarcadas dos povos Yanomami e Munduruku, que têm sido ameaçadas pela presença de invasores e ataques violentos.

Ele atendeu a um pedido da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) feito na ação de descumprimento de preceito fundamental 709, que trata de providências a serem tomadas para proteger os povos indígenas durante a pandemia de covid-19. O processo foi aberto no ano passado pela entidade e por seis partidos de oposição – Rede, PSB, Psol, PCdoB, PT e PDT.

Neste mês, a Apib enviou nova petição ao Supremo, em que pediu a retirada urgente de invasores das terras indígenas, sobretudo no território demarcado dos Yanomami, “ante a iminência de um genocídio e a escalada de disseminação de malária e covid-19 na referida TI [Terra Indígena] por garimpeiros ilegais”, disse a entidade.

Em sua decisão, Barroso destacou que a Apib apresentou o relato de ataques a tiros e bombas de gás lacrimogêneo contra indígenas na Terra Indígena Yanomami, em uma escalada de conflitos ocasionada pela intensificação da atividade garimpeira na região.

Outras mazelas decorrentes da presença de invasores são a contaminação sistemática das populações indígenas por mercúrio, metal pesado utilizado no garimpo, assim como surtos de desnutrição e anemia, relatou a Apib.

“Ainda que pudesse haver qualquer dúvida sobre a ameaça” à vida e à saúde das populações indígenas, “os elementos apresentados são suficientes para recomendar que se adotem medidas voltadas à proteção de tais povos”, afirmou Barroso.

O ministro invocou os princípios da prevenção e da precaução para determinar que a União proteja as populações indígenas dos invasores, devendo para isso “destacar todo o efetivo necessário a tal fim e permanecer no local enquanto presente tal risco”.

Barroso apontou a “recalcitrância e falta de transparência” por parte de autoridades da União na ADPF 709, e ordenou que as medidas sejam tomadas com urgência. “Não há dúvida do evidente perigo na demora, dado que todo tempo transcorrido pode ser fatal e implicar conflitos, mortes ou contágio”, escreveu o ministro.

Ele proibiu a União de dar publicidade às ações nas referidas terras indígenas, não divulgando datas e outros elementos, ainda que genéricos, que possam comprometer o sigilo das operações e prejudicar sua efetividade. A União deverá buscar representante da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que acompanhe todos os trabalhos.

De forma a evitar a reiteração de crimes, a liminar de Barroso autoriza a destruição ou inutilização “de produtos, e instrumentos da infração, inclusive dos equipamentos nela utilizados, pelos fiscais ambientais, no local do flagrante, sem necessidade de autorização de autoridade administrativa hierarquicamente superior”.

Agência Brasil entrou em contato com a Advocacia-Geral da União (AGU) para comentar a liminar. Até a publicação da reportagem, o órgão ainda não havia se manifestado.

No último dia 17, a Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que seguia acompanhando, junto às autoridades policiais, a apuração de supostos conflitos ocorridos recentemente nas terras Yanomami. O órgão afirmou que mantém equipes de forma ininterrupta dentro da Terra Indígena, por meio de suas Bases de Proteção Etnoambiental (BAPEs).

Publicado em 25/05/2021 – 10:48 Por Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil – Brasília