A Diretoria da COAPRO de Orizona prestou homenagem, no último dia 11 de outubro ao Dr. José Geraldo da Silva dando seu nome a Sala de Reuniões. A solenidade foi realizada na própria sala e contou com a participação de vários convidados, amigos, familiares e diretores da entidade.
A mesa de autoridades foi composta por Cláudio Vaz de Paiva, Juliana Soares e Silva, Sara Soares e Silva, Haroldo Max e Maurílio Pereira de Castro.
O presidente da COAPRO, Haroldo Maxi de Souza, em seu discurso, disse do trabalho, dos projetos, da determinação e da importância de José Geraldo da Silva para Orizona.
Em nome da família, a esposa Dona Sara Soares da Silva, emocionada, mas muito contente agradeceu pela homenagem e falou da grandeza de José Geraldo até mesmo nos momentos de maior dificuldade. “Ele nunca se abateu com os problemas de saúde, nunca perdeu a alegria a motivação e a esperança de estar sempre pronto para trabalhar e ajudar as pessoas,” disse ela.
José Geraldo de Souza faleceu na madrugada do dia 09 de setembro de 2011. Médico veterinário, atuou durante dois anos com indubitável competência, como técnico do projeto social Balde Cheio, implementado pela Corumbá Concessões em sete municípios do entorno do reservatório da UHE Corumbá IV.
Além de prestar serviços à Corumbá Concessões, ele se dedicou a inúmeros outros trabalhos no Brasil e no exterior. José Geraldo da Silva tinha como prioridade, ajudar o pequeno produtor rural e, em seu trabalho como técnico do Balde Cheio, conseguiu levar a muitas famílias beneficiadas o estímulo e a confiança de que o projeto traria mais dignidade e prosperidade ao homem do campo.
Foi também referência no Brasil Central na difusão de tecnologias junto a pequenos produtores. Zé Geraldo, como era mais conhecido, morreu em Goiânia vítima de um câncer e foi sepultado em Orizona onde morava e trabalhava desde 1977.
Na Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), trabalhou praticamente toda a sua vida. O presidente da instituição, Luiz Humberto de Oliveira Guimarães, lamentou “a grande perda”. Zé Geraldo deixa viúva, Sara Soares da Silva, duas filhas e um filho.
Nascido em Campos Alto (MG), em 14 de novembro de 1950, formou-se em Técnico Agrícola em 1971, em Bambuí, Minas Gerais, e logo se mudou para Goiás para trabalhar com extensão agrícola pela Emater. Ingressou na Universidade Federal de Goiás e formou-se em Medicina Veterinária em 1977. A partir daí começou a desenvolver um trabalho de extensão agrícola voltado para a organização da pequena propriedade e com especificação na produção de volumoso de qualidade para consumo animal.
Em 1998, Zé Geraldo começou um trabalho com teste de cultivares de milho para utilização de silagem e adubação alternativa para a cultura em pequenas áreas. Desde então experimentou mais de 50 variedades de híbridos diferentes de milho. Recentemente realizou ensaios, em vários municípios de Goiás com mais 30 híbridos de diferentes empresas. A pecuária leiteira deve muito a Zé Geraldo, tendo contribuído para o fomento das diversas raças dentro do perfil dos “índices de produtividade”.
Era, sem dúvida, referência na alimentação animal, ressaltando sempre a importância da silagem, do pastejo rotativo. Com o pesquisador Arthur Chinelatto, da Embrapa Gado de Leite, desenvolveu o Programa Balde Cheio em Goiás. Com uma delegação de produtores chefiada por João Bosco Umbelino dos Santos da Faeg.
Em uma de suas entrevistas José Geraldo disse que em julho de 1977, foi realizado um levantamento de produção de leite em Orizona e era produzido 5.000 litros de leite por dia. Já em 2009, Orizona estava produzindo em torno de 200.000 litros de leite por dia. José Geraldo da Silva lembrou ainda que em 1978, iniciou um trabalho com 16 produtores de leite para a difusão do uso da silagem de milho.
Em 1984 foram feitos mutirões da ensilagem, mesmo de forma manual a fim de difundir a técnica na comunidade do Rio do Peixe e em todo o município. Muitos eram incrédulos naquela época, mas depois cerca 1.300 produtores de leite já estavam cadastrados em Orizona e 99% deles utilizam silagem.
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