Alunas denunciaram professor por crime de racismo cometido durante jogo do IF-Goiano em Rio Verde

Duas alunas menores de idade e uma professora registraram um B.O. (Boletim de Ocorrência), logo após as estudantes terem sido alvos de racismo de um professor do Instituto Federal Goiano de Hidrolândia.

O caso foi durante uma partida de vôlei pelos Jogos dos Institutos Federais (JIF), que aconteceu nesta quinta-feira (18).

Uma mãe disse que a vítima de 17 anos de idade e sua colega, jogavam uma partida de vôlei contra o time do IF de Hidrolândia, quando um docente começou a fazer gestos e barulhos, semelhantes à de um macaco, todas as vezes que elas se posicionavam para o saque.

Foi neste momento que uma outra professora, ao notar a situação, acionou a Polícia Militar, que ao chegar no local, interrompeu a partida. A mãe afirmou que o professor ainda teria feito ameaças contra elas, dizendo que iria “buscar elas até no inferno”.

Em nota oficial publicada nesta sexta-feira (18), o IF-Goiano, afirmou que adotará medidas administrativas sobre a possível conduta ilícita, além do ocorrido já estar em apuração no âmbito penal. Ainda em nota, a instituição de ensino se colocou à disposição das autoridades e que prestará suporte aos envolvidos e reforçou que racismo é crime e que é contra toda e qualquer forma de preconceito.

O IF-Campus Urutaí também publicou nota dizendo que: “É com profunda consternação que a equipe do Campus Urutaí se pronuncia em relação ao incidente durante a JIF-Etapa Institucional. Reforçamos inicialmente, que racismo é crime e o Campus Urutaí é contra toda e qualquer forma de preconceito.

Nossa prioridade imediata tem sido o bem-estar e o apoio às estudantes e suas famílias. Através da colaboração entre a Gestão, NEABI e a Assistência Estudantil, estamos proporcionando todo o suporte necessário, incluindo o acompanhamento psicológico, para garantir que elas se sintam acolhidas e amparadas.

O campus Urutaí reafirma seu compromisso contínuo em promover uma comunidade acadêmica inclusiva, diversa e livre de quaisquer discriminações. Nossas disciplinas obrigatórias e optativas no Ensino Médio/ Técnico, Graduação e Pós-Graduação, juntamente com eventos institucionais e as ações dos núcleos NEABI (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) e NEPEDS (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Diversidade Sexual) e NAPNE (Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Específicas), explicitam o comprometimento institucional com o combate de eventuais relações assimétricas.

Nosso compromisso e objetivo institucional é com a promoção de políticas educacionais baseadas no respeito e construtora de igualdade de oportunidades.

Continuaremos a fortalecer essas iniciativas, que desempenham um papel crucial na disseminação de valores de respeito e igualdade”.

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