Fachada da Secretaria de Estado da Polícia Civil, no centro do Rio de Janeiro

Milicianos podem estar envolvidos

Policiais civis da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e do Departamento Geral de Polícia Especializada deflagraram, hoje (6), no estado do Rio de Janeiro, a Operação Socó. Visa o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão contra pessoas envolvidas no financiamento, construção e licenciamento irregular de um prédio de sete andares e 33 apartamentos em Saquarema, na Região dos Lagos. O valor estimado da construção é de R$ 20 milhões.

As investigações objetivam, ainda, verificar se existe o envolvimento de milicianos que atuam no Recreio dos Bandeirantes, que migraram para a Região dos Lagos e se eles teriam expandido os negócios em empreendimentos semelhantes. A justiça decretou, ainda, a suspensão das atividades do empreendimento. 

De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro, além de Saquarema, a operação se desenvolve no Rio de Janeiro e em Queimados, na Baixada Fluminense.

Na ação desta terça-feira, os agentes estão em busca de provas dos crimes de parcelamento irregular do solo urbano, que caracteriza construção irregular; falta de licenciamento ambiental; advocacia administrativa; fraude em licenciamento ambiental; corrupção ativa e passiva e associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo a secretaria, tudo isso foi indicado na investigação em andamento, um desdobramento de apurações que resultaram na interdição, em dezembro de 2020, de dois prédios residenciais em construção no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio. O nome da operação faz alusão ao pássaro socó, que habita a lagoa de Saquarema.

Edição: Kleber Sampaio

Publicado em 06/07/2021 – 09:49 Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

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