O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), por meio de nota emitida neste sábado (18), discorda de pontos da reforma administrativa da UEG apresentada nesta sexta-feira (17), no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. O governo informou que cursos foram abertos em muitos casos para atendimento político. O ex-governador destaca que não houve ingerência por parte da administração.
Foi destacado que a abertura de novos cursos e câmpus sempre se deu de acordo com a realidade econômico-financeira da UEG, levando em conta a demanda acadêmica, a realidade orçamentária e a disponibilidade de professores e servidores técnico-administrativos em cada região.
Na nota foi informado que os cursos de graduação, pós-graduação e de ensino a distância sempre foram definidos com base nesses critérios, conciliando as disponibilidades financeiras e a demanda dos estudantes.
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Acerca das declarações do atual reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), é necessário restabelecer a verdade, observando que:
Desde sua criação, em 1999, a UEG passou por um processo contínuo de autonomia, com a gradativa transferência das decisões da gestão para a direção, os professores e toda a comunidade universitária. A gestão democrática definiu a oferta de cursos, permanente e temporária, de acordo com a demanda de cada câmpus da instituição.
A abertura de novos cursos e câmpus sempre se deu de acordo com a realidade econômico-financeira da UEG, levando em conta a demanda acadêmica, a realidade orçamentária e a disponibilidade de professores e servidores técnico-administrativos em cada região. Os cursos de graduação, pós-graduação e de ensino a distância sempre foram definidos com base nesses critérios, conciliando as disponibilidades financeiras e a demanda dos estudantes.
A autonomia da UEG, conquistada e construída por professores e alunos com respaldo das comunidades, foi completamente destruída pelo atual governo. A reitoria e o governo de agora usurparam a gestão da universidade, transferindo-a para o gabinete do reitor e do governador, calando a comunidade acadêmica e excluindo-a de toda a qualquer decisão.
O governo Ronaldo Caiado (DEM) inviabilizou a gestão da UEG já nos primeiros dias de 2019, reduzindo o orçamento da instituição em quase R$ 100 milhões no ano passado, o equivalente a um terço (33%) do valor executado em 2018, que totalizou R$ 300 milhões. O corte afetou todas as áreas, em todos os câmpus.
O resultado é que a UEG está entregue à própria sorte e a comunidade acadêmica foi abandonada. Cursos são encerrados sem prévio aviso e professores e servidores são demitidos de forma aleatória e sem qualquer estudo sobre o impacto de seus desligamentos sobre a vida acadêmica dos estudantes.
A educação geradora de oportunidades e promotora da emancipação cidadã implantada em Goiás no decorrer dos últimos 20 anos foi transformada em negócio e mercadoria descartável pelo atual governo. Alunos e professores são tratados como números e usados na insana e obcecada estratégia de destruição do legado das gestões do PSDB.
Os efeitos nefastos do corte drástico do financiamento e a destruição da autonomia da UEG afetam milhares de goianos e suas famílias e repercutirão por gerações.
Goiânia, 18 de janeiro de 2020
Assessoria de Imprensa do ex-governador Marconi Perillo
Publicado por Diário de Goiás