Por Dom Guilherme Antônio Werlang.

Poderíamos dizer simplesmente “Dia Internacional do Planeta Terra”, mas com a nova consciência, ainda frágil como uma criança que aprende a dar os primeiros passinhos, muitas pessoas, especialmente as novas gerações, já olham para o Planeta com um olhar muito mais verdadeiro. A TERRA É NOSSA MÃE E NOSSA CASA COMUM.

Falar simplesmente, Planeta, é colocá-lo ao lado de todos os outros Planetas, sejam do sistema solar ou de outros sistemas desse universo infinito.

Dizer, como o Papa Francisco nos ensina apenas nossa “CASA COMUM”, já é um passo muito significativo, mas ainda não suficiente.

Por isso temos que ir aprofundando a maior de todas as verdades, na relação do ser humano com a Terra. TEMOS QUE TER UM OLHAR FILIAL, quer dizer, olhar para a Terra como a GRANDE MÃE, de onde o Onipotente e Eterno Deus Criador, criou a vida, NÃO SOMENTE A VIDA DO SER HUMANO.

A Terra, não é apenas uma “barriga de aluguel” onde alienígenas, extraterrestres, vieram após uma grande explosão de um átomo, porque o Universo, nesta teoria ainda não existia, deixaram cair algumas partículas com o gerem ou sementes de vida.

Foi Deus que deu ao Planeta Terra, numa combinação perfeita de fertilidade, umidade, oxigênio e recebimento de luz, e certamente outros elementos, a capacidade de continuar gerando VIDA.; acolher em seu útero e colo materno, o DOM MAIS PRECIOSO, FRUTO DO AMOR DA TRINDADE SANTA.

Coloquemos a mesma semente sobre uma pedra limpa, sobre uma chapa de ferro ou de vidro, ou de qualquer outro elemento MORTO, E ELA PERMANECERÁ ETERNAMENTE APENAS UMA SEMENTE, embora tenha em seu interior a potência vital. Mas assim que for posta na Terra materna, A VIDA BROTARÁ E SE MULTIPLICARÁ.

“Com o lançamento oficial da Carta da Terra, no Palácio da Paz, em Haia, no dia 29 de junho de 2000, iniciou-se uma nova fase para a Iniciativa, qual seja, estabelecer uma base ética sólida para a sociedade global emergente e ajudar na construção de um mundo sustentável baseado no respeito à natureza”.

Esta mesma Carta da Terra “Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação”.

Ela também “reconhece que os objetivos de proteção ecológica, erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico equitativo, respeito aos direitos humanos, democracia e paz são interdependentes e indivisíveis. Consequentemente oferece um novo marco, inclusivo e integralmente ético para guiar a transição para um futuro sustentável”.

Este documento fundamental para quem quer salvar a VIDA teve mais de uma década de trabalhos para ser elaborada, tendo tido a participação de mais de 4.500 organizações, incluindo vários organismos governamentais e organizações internacionais.

“A Carta da Terra está estruturada em quatro grandes princípios. Estes princípios são interdependentes e visam a um modo de vida sustentável como padrão comum. Espera-se que através deles a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais seja dirigida e avaliada adequadamente.
1 -Respeitar e cuidar da comunidade de vida
2 -Integridade ecológica
3 -Justiça social e econômica
4 -Democracia, não-violência e paz”.

Digo há muito tempo e hoje, com mais razão repito: SE MATARMOS A MÃE TERRA, ESTAREMOS NOS MATANDO A NÓS MESMOS.

Quem agride, destrói polui, envenena, joga lixo onde não é lugar de lixo; governos e empresas que não tratam e reciclam todos os lixos e sobras da ação humana com políticas públicas fortes e sustentáveis, têm fortíssima vocação suicida e assassina.

O primeiro mandamento da Lei de Deus, de Amá-lo acima de todas as coisas, inclui o amor e respeito à vida que Dele provém como DOM e também inclui o mandamento anexo na palavra de Jesus, de “amar o próximo como a si mesmo”.

Não consigo amar nem a Deus e nem ao próximo se egoisticamente só penso em mim, esquecendo aos que compartilham a mesma Casa Comum e muito menos com as gerações que deverão nos seguir.

Deus nos dê muito juízo e mais que isso, AMOR PELA VIDA.

Guilherme Antônio Werlang

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