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OAB divulga primeira fase do exame que será dia 13 de junho

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A Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado e a Fundação Getulio Vargas (FGV) reabriram o período de inscrição da primeira fase do Exame de Ordem (que terminou no dia 2 deste mês) e a prova objetiva está prevista para o dia 13/6. Os locais de prova vão ser divulgados no dia 7/6.

Pelo menos 250.000 pessoas deixaram de prestar o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em 2020. Por conta da pandemia, só uma prova foi aplicada, das três que são realizadas todos os anos. Entre 2015 e 2019, em média 368.186 pessoas fizeram inscrições. No ano passado, o número foi de 118.000.

Segundo a criadora do curso digital para seleção da OAB Amanda Alves (Instagram: @ahmandadireito) – não existe milagre para essa aprovação tão almejada: “Sempre falo que o estudo é um trabalho duro para atingir os resultados. Mostro que há um plano a ser cumprido. A mudança precisa ser interna. E a internet facilitou a buscar conhecimento de uma forma muito mais em conta que uma escola tradicional para passar para a prova da OAB, por exemplo”, diz. “É um mundo novo que não tínhamos há cinco anos. O ensino on-line é a ferramenta mais poderosa de mudança de vida que existe e está ao alcance de todo mundo”, conta Amanda.

De acordo com uma pesquisa sobre carreira realizada pela Fundação Getulio Vargas, 75% dos aprovados na OAB passam por pelo menos três exames. O estudo mostra, ainda, que 64% dos aprovados fizeram cursinho preparatório, 77% entendem que a faculdade não ofereceu a preparação necessária para o exame.

“A internet permite que o conhecimento seja democratizado e muito presente nas redes sociais. Tento apresentar meu conteúdo de uma forma muito diferente de tudo que se espera de um estudante de direito, de um jurista. Desde o começo, eu queria que fosse algo de fácil compreensão, sem palavras difíceis. O meu objetivo é sempre esse: falar de forma que todo mundo entenda para atingir maior aprovação na seleção da OAB”, explica Amanda que já realizou quatro turmas on-line comprometidas com as próximas provas. “Já tivemos quatro turmas com treinamentos focados em 30 dias e já vi resultados com 15 dias apenas. São os que os simulados mostram e os alunos se sentem gratos a esses métodos com frutos concretos. Comprometimento é a palavra-chave para fazer um curso on-line e obter resultados com isso. Comprometimento consigo mesmo, com os seus sonhos e o futuro”, finaliza Amanda Alves. (Por DINO DIVULGADOR DE NOTÍCIAS/Estadão Conteúdo)

Fonte: Diário de Goiás

Em auditoria do TCU, Ibama revela paralisia em setor de multas ambientais

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O cenário de completa paralisia causada pelo Ministério do Meio Ambiente sobre a área de gestão de multas ambientais do Ibama foi detalhado ao Tribunal de Contas da União (TCU), que realizou uma auditoria no órgão.

Uma nota informativa enviada do TCU nesta quarta-feira, 5, aponta uma série de ações tomadas pelo ministro Ricardo Salles e a chefia do Ibama que, desde 2019, levaram à redução das autuações dadas pelos agentes e, principalmente, à paralisação de processos de conciliação ambiental, etapa em que se busca um acordo entre o órgão ambiental e o responsável pela infração.

Os dados do Ibama apontam que, entre abril de 2019, quando foi publicado um decreto por Ricardo Salles para instituir as conciliações, e 5 de maio deste ano o Ibama lavrou mais de 14,9 mil autos de infração contra crimes ambientais. Em uma proporção de escala anual, o Ibama passou a produzir uma média de 9.420 autuações por ano, quando sua atuação, entre 2013 e 2018, oscilou de 21 mil até 60 mil multas anuais.

As conciliações sobre essas multas, porém, praticamente inexistem. Ocorreram apenas cinco audiências de conciliação no ano passado. Neste ano, o Ibama chegou a fazer 247 audiências até abril. Se incluído o total previsto até o fim de maio, o Ibama terá realizado somente 302 audiências desde abril de 2019

Os números mostram que, mesmo com dificuldades e apenas duas pessoas para cuidar dos processos de conciliação no Ibama, houve algum avanço até abril, mas depois uma paralisação total, em decorrência da publicação de nova norma por Ricardo Salles.

“Essa situação reflete a vigência da Instrução Normava Conjunta nº 1/2021, publicada no dia 14/04/2021. A norma mencionada extinguiu a Equipe de Análise Preliminar (EAP) ligada aos núcleos de conciliação, que era encarregada de fazer a análise inicial das autuações e expedir um parecer a respeito da conformidade da sanção cabível, passível de ser submetida à audiência”, pontua a nota do Ibama, assinada pelo analista ambiental do Ibama, Hugo Leonardo Mota Ferreira.

A nova norma em vigor, afirma ele, trouxe impactos negativos ao processo sancionador e à ampliação da quantidade de audiências a serem realizadas, sobrecarregando os conciliadores e propondo estruturas de análises simplificadas que só aumentarão os trabalhos nas fases seguintes, de instrução e julgamento.

Nesta quinta-feira, 6, Hugo Leonardo Mota Ferreira foi retirado da sala que ocupa na sede do Ibama, em Brasília, por ordem de Wagner Tadeu Matiota, polícia militar que, desde dezembro do ano passado, ocupa a Superintendência de Apuração de Infrações Ambientais do Ibama. Ferreira foi impedido de levar o seu computador, houve confusão e gritaria. O Ibama não se manifestou sobre o assunto.

Um sua nota informativa, o analista ambiental chama a atenção ainda para o atraso na implementação das agendas de conciliação e responsabiliza “a gestão inadequada por parte da Diretoria de Planejamento do Ibama (Diplan), no tocante à condução/manutenção da fábrica de software para desenvolvimento do sistema de conciliação, continuidade dos trabalhos já iniciados e finalização das funcionalidades necessárias para permitir a realização de agendas durante a pandemia em 2020”.

Segundo a avaliação, foram mais de seis meses sem desenvolvimento de funcionalidades essenciais ao sistema, para depois contratar um serviço ainda mais caro de desenvolvimento. “É necessário que a Diretoria de planejamento esclareça essa situação, uma vez que levou considerável período para firmar novo contrato administrativo para prestação de serviços na área de Tecnologia da Informação e Comunicação, a um custo bem mais elevado que o da empresa anterior (talvez até ao da média do mercado)”.

O analista alerta ainda que “essa situação, somada à inércia/omissão da parte do Ministério do Meio Ambiente em acolher as propostas para alterações pontuais” em atos normativos para condução das audiências de conciliação durante a pandemia, levou ao atraso na implementação de nova etapa do processo sancionador, “contribuindo também à ausência de audiências no ano de 2020, com exceção das cinco realizadas antes da eclosão da emergência em saúde pública”.

A avaliação final é de que a chamada conciliação ambiental que tinha a promessa de tornar mais célere o processo e reduzir o passivo, “nasceu falha, em virtude da má gestão política para ser colocado em prática, uma vez que a Instituição como um todo não estava preparada para iniciar a nova rotina, tanto do ponto de vista estrutural, quanto dos demais regulamentos que necessitavam ser expedidos”.

A nota técnica critica ainda o fato de haver apenas dois servidores para tratar do assunto. “Como não é possível que essa dupla continue realizando os agendamentos das audiências no mesmo ritmo, já que ganhou também atribuição para efetuar análise preliminar, haverá grande gargalo de processos na etapa inicial, pendentes de deliberação dos núcleos de conciliação. Percebe-se que a norma (publicada em abril deste ano) foi muito mal refletida nesse ponto, e em vez de tornar o processo mais célere, contribuiu para sua maior morosidade e ineficiência.”

O TCU busca esclarecimentos sobre o desempenho do novo modelo do processo sancionador ambiental, pontuando a necessidade de serem apresentadas informações a respeito da quantidade de autos de infração lavrados nos últimos anos, das conciliações ambientais realizadas e das autuações julgadas. (Por André Borges/Estadão Conteúdo)

Fonte: Diário de Goiás

Covid-19: Brasil tem mais de 15 milhões de casos acumulados

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Vacinação drive thru na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), zona norte do Rio. A cidade do Rio de Janeiro retoma hoje (25) sua campanha de aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em idosos da população em geral. Hoje serão vacinados os idosos com 82 anos.

Em 24 horas, foram confirmados mais 73,3 mil diagnósticos positivos

O Brasil superou a marca de 15 milhões de pessoas infectadas com o coronavírus desde o primeiro caso, em fevereiro de 2020. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 73.380 novos diagnósticos positivos. Com isso, o total de casos acumulados chegou a 15.003.563. Ontem, o sistema de dados da pandemia estava em 14.930.183.

Ainda há no país 995.279 casos em acompanhamento. O termo é empregado para as pessoas infectadas e com casos ativos de contaminação pelo novo coronavírus.

Já o total de vidas perdidas para a pandemia subiu para 416.949. Ontem e hoje, foram registradas mais 2.550 mortes. O sistema de dados do Ministério da Saúde registrava ontem 414.399 mortes pela doença.

Ainda há 3.693 óbitos em investigação. Isso ocorre porque há casos em que um paciente morre, mas a causa continua sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

Conforme a atualização desta quinta-feira, o Brasil tem 13.591.335 pessoas que se recuperaram da covid-19 desde o início da pandemia. Isso equivale a 90,6% do total de pessoas que foram infectadas com o vírus.

Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados nos fins de semana. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.

Estados

O estado que registra mais mortes pela covid-19 é São Paulo (99.406). Em seguida, vêm Rio de Janeiro (45.914), Minas Gerais (35.165), Rio Grande do Sul (25.668) e Paraná (23.493).

Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.533), Acre (1.568), Amapá (1.573), Tocantins (2.630) e Alagoas (4.329).

Publicado em 06/05/2021 – 19:52 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil – Brasília

Edição: Nádia Franco

Dólar fecha no menor nível desde janeiro após decisão do Copom

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Bolsa recupera-se no fim da sessão e sobe 0,3%

Influenciado pelo aumento da taxa Selic (juros básicos da economia) e pelo alívio no mercado internacional, o dólar teve queda expressiva nesta quinta-feira (6) e fechou no menor nível desde meados de janeiro. A bolsa de valores, B3, operou em baixa durante quase toda a sessão, mas recuperou-se perto do fim das negociações e encerrou com pequena alta.

O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,279, com recuo R$ 0,087, 1,62%. A cotação chegou a subir para R$ 5,37 no início da sessão, mas reverteu a tendência ainda durante a manhã e passou a cair. A moeda norte-americana está no menor valor desde 14 de janeiro, quando fechou a R$ 5,212. A cotação acumula queda de 2,8% em maio e alta de 1,73% em 2021.

No mercado de ações, o dia foi marcado por oscilações. O índice Ibovespa, da B3, encerrou a quinta-feira aos 119.921 pontos, com alta de 0,3%. Depois de cair 0,4% por volta das 11h30, o indicador passou quase toda a tarde em queda, fechando em território positivo impulsionado por ações de mineradoras, que registraram lucros expressivos no primeiro trimestre em meio à valorização internacional do minério de ferro.

O principal motivo para o desempenho de hoje no mercado financeiro foi a indicação, pelo Banco Central, de que deverá promover uma nova alta de 0,75 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para junho. A decisão elevaria a Selic de 3,5% para 4,25% ao ano, fazendo o Brasil ter taxa maior que a do México, onde os juros básicos estão em 4% ao ano, e tornando o mercado brasileiro mais atrativo em relação a outros países emergentes.

Paralelamente, a alta dos juros torna a bolsa de valores menos atraente, ao estimular a migração de investimentos para a renda fixa, como CDB e títulos do Tesouro Nacional. 

Além do balanço de empresas de mineração, a bolsa não encerrou com queda porque teve a ajuda do mercado norte-americano, com o índice Dow Jones (da bolsa de Nova York) voltando a fechar em nível recorde.

* Com informações da Reuters

Publicado em 06/05/2021 – 19:14 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil * – Brasília

Edição: Fernando Fraga

MEC FM tem aumento de quase 40% no número de ouvintes

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Rio de Janeiro - Estudios das Rádios EBC (Ràdio Nacional do Rio de Janeiro, Rádio MEC AM e FM). (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Resultado é o melhor dos últimos oito anos

A rádio MEC FM, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), registrou, em março deste ano, o melhor desempenho no número de ouvintes desde setembro de 2013: 5.430 ouvintes por minuto*. A estatística representa um aumento de 39% na audiência em comparação ao mesmo período de 2020.

De acordo com o gerente da MEC FM, Thiago Regotto, o desempenho se deve, sobretudo, à singularidade da programação da rádio. “A MEC FM apresenta um repertório que nenhuma rádio toca. Vamos da música clássica ao jazz, passando pelo choro e a programação infantil. Em um período em que as pessoas estão mais em casa, adequamos o ritmo da programação diária para este novo momento do ouvinte, entendendo que as pessoas precisavam muito desta companhia da rádio, uma leveza nas nossas vidas”, diz.

rádio mec

rádio mec, por Thiago Regotto/Direitos reservados

Segundo Regotto, a MEC FM tem a missão de levar ao público tudo que não é apresentado pelas outras emissoras. “Faz diferença no dial, dando acesso a uma infinidade de bens culturais, do Brasil e do exterior”, explica. Esse é exatamente o papel de uma rádio pública dentro de uma empresa de comunicação pública como a EBC. “Quem faz rádio tem que entender as pessoas e as cidades para onde se fala. A emissora fala diariamente para milhares de pessoas, mas tem que fazer diariamente um exercício interno de ouvir e entender esta audiência.”, afirma o gerente.

MEC FM: 38 anos de história

A MEC FM é uma rádio de música clássica, com 80% da programação dedicada ao repertório da música medieval à produção atual, brasileira e internacional. O aniversário de 38 anos da emissora é na próxima segunda-feira (10). Acesse site da Rádio MEC FM.

Publicado em 06/05/2021 – 18:05 Por Claudia Felczak – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Edição: Juliana Andrade

Com auxílio emergencial, poupança volta a captar recursos em abril

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Cofre, poupança, real, economia

Depósitos superaram retiradas em R$ 3,84 bilhões

Após três meses de retiradas líquidas, a aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros voltou a captar recursos. Em março, os brasileiros depositaram R$ 3,84 bilhões a mais do que sacaram na caderneta de poupança, informou hoje (6) o Banco Central (BC).

Apesar do desempenho positivo, a captação é inferior à registrada em abril do ano passado. Naquele mês, os brasileiros tinham depositado R$ 30,46 bilhões a mais do que tinham retirado da poupança.

Com o desempenho de abril, a poupança acumula retirada líquida de R$ 23,7 bilhões nos quatro primeiros meses do ano. Essa é a maior retirada acumulada para o primeiro quadrimestre desde 2016, quando os saques tinham superado os depósitos em R$ 32,3 bilhões.

O principal responsável pelo resultado positivo na poupança foi a retomada do pagamento do auxílio emergencial. A Caixa Econômica Federal depositou o dinheiro em contas poupança digitais, que acumulam rendimentos. Nessa rodada, o benefício paga parcelas de R$ 150, R$ 250 e R$ 375 por mês, dependendo da família do beneficiário.

No ano passado, a poupança tinha captado R$ 166,31 bilhões em recursos, o maior valor anual da série histórica. Além do depósito do auxílio emergencial nas contas poupança digitais ao longo de oito meses em 2020, a instabilidade no mercado de títulos públicos nas fases mais agudas da pandemia da covid-19 atraiu o interesse na poupança, mesmo com a aplicação rendendo menos que a inflação.

Rendimento

Com rendimento de 70% da taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança rendeu apenas 1,63% nos 12 meses terminados em abril, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado prévia da inflação, atingiu 6,17%. O IPCA cheio de março será divulgado na próxima terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A perda de rendimento da poupança está atrelada a dois fatores. O primeiro são os juros baixos. Atualmente a taxa Selic está em 3,5% ao ano, depois de ficar em 2% ao ano, no menor nível da história, entre agosto de 2020 e março de 2021. O segundo fator foi a alta nos preços dos alimentos e do dólar, que impactam a inflação desde o segundo semestre do ano passado.

Para este ano, o Boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, prevê inflação oficial de 5,04% pelo IPCA. Com a atual fórmula, a poupança renderia pouco menos de 2,5% este ano, caso a Selic permaneça em 3,5% durante todo o ano. O rendimento pode ser um pouco maior caso o Banco Central aumente a taxa Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

Publicado em 06/05/2021 – 17:37 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Edição: Fernando Fraga

Pandemia leva à retração de 6,7% na atividade econômica, diz Firjan

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Foram analisados 14 estados que, juntos, representam 87,8% do PIB

Estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) revela que a atividade econômica no Brasil experimentou retração de 6,7% no período de 12 meses, iniciado em março de 2020, com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, até fevereiro de 2021.

O levantamento O impacto regional da pandemia nos três grandes setores econômicos mostra quais os estados brasileiros sofreram mais fortemente os efeitos da covid-19.

Para isso, os economistas da Firjan usaram dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para os três grandes setores da economia (indústria, comércio e serviços). 

O gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, disse hoje (6) à Agência Brasil que somente 14 unidades da federação têm informações mensais para as pesquisas do IBGE. Juntos, esses estados representam 87,8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) nacional.

Serviços

No setor de serviços, os estados da Bahia e do Ceará, que têm maior peso do setor no PIB, apresentam as piores taxas, de -16,2,% e -15,3%, respectivamente. “Os estados que têm atividade de serviços mais forte dentro da sua produção, do seu PIB, acabaram tendo mais bens impactados e sofrendo mais os revezes da pandemia do novo coronavírus, ao passo que os estados que têm indústria mais forte acabaram sofrendo menos”, afirmou.

No Rio de Janeiro, onde o setor tem peso de quase 70% no PIB, a queda foi de 8,6%. “São estados que têm atividade de turismo também muito forte”, destacou o economista. Em termos de país, a retração de serviços atingiu 8,3%.

Além da Bahia, do Ceará e do Rio de Janeiro, foram avaliados os resultados do Rio Grande do Sul (-13%), Pernambuco (-14,6%), Espírito Santo (-7%), São Paulo (-8,1%), Paraná (-10,6%), Goiás (-7,2%), Minas Gerais (-5,2%), Mato Grosso (-2,2%), Santa Catarina (-2,9%) e Pará (-0,7%). Na análise setorial, o setor de serviços teve taxa positiva somente no Amazonas (+0,6%), explicada pelo desempenho do segmento de logística, que teve grande escalada de demanda por conta do crescimento das vendas ‘online’.

Comércio e indústria

No comércio, metade dos estados analisados registrou taxa negativa. São eles Bahia (-8,5%), Rio Grande do Sul (-6,7%), Ceará (-5,7%), São Paulo (-4,4%), Rio de Janeiro (-4,2%), Goiás (-3,1%) e Paraná (-1,2%).

No Brasil, a atividade do comércio caiu 1,9% entre março de 2020 e fevereiro deste ano. Pará teve o melhor desempenho no comércio (+8,1%), explicado, principalmente, pelas vendas no e-commerce ( comércio eletrônico). O setor evoluiu de forma positiva também em Pernambuco e Mato Grosso (+0,1% cada), Santa Catarina (+1,9%), Amazonas (+2,4%), Minas Gerais (+2,8%) e Espírito Santo (+3,6%).

Segundo o economista, a indústria no Rio de Janeiro, em especial a indústria extrativa, conseguiu manter a trajetória de produção, “mesmo em ano de pandemia”. Isso fez com que a atividade industrial do estado impedisse uma queda maior da atividade econômica no estado. A atividade industrial caiu 2,1% no estado, nos 12 meses analisados, metade da queda registrada para o setor no Brasil (-4,2%).

A indústria registrou taxa positiva somente em Pernambuco (+3%) e no Pará (+0,1%). Nesse estado, o destaque vai para a indústria extrativa, impulsionada pelas exportações de mínério de ferro, informou Goulart.

As maiores quedas no setor industrial foram observadas no Espírito Santo (-13,9%) e na Bahia (-9,3%). Na Bahia, segundo Goulart, o estado sofreu muito com a queda da produção de veículos (-55,5% na taxa acumulada em doze meses até fevereiro de 2021), intensificada pelo fechamento da fábrica da Ford, em Camaçari.

Ranking

O estudo traça ainda um ranking de desempenho da atividade econômica, levando em consideração o peso de cada setor no respectivo PIB de cada estado. A percepção é que os estados com maior peso do setor de serviços no PIB tiveram a maior queda em sua atividade econômica nos doze meses avaliados. É o caso da Bahia (-13,5%) e do Ceará (-12%). No sentido inverso, o único estado com aumento da atividade foi o Pará (+0,6%).

Nos demais estados, a atividade econômica foi negativa no Rio Grande do Sul (-10,5%), em Pernambuco (-7,9%), no Espírito Santo (-7,7%), em São Paulo (-6,9%), no Paraná (-6,8%), no Rio de Janeiro (-6,6%), em Goiás (-5,1%), em Minas Gerais (-2,9%), no Mato Grosso (-2,5%), em Santa Catarina e no Amazonas (-2,1% cada).

Para a Firjan, diante do comportamento crítico da atividade econômica nos estados analisados, a velocidade e o sucesso do programa de imunização contra a covid-19 são fundamentais para que o país consiga superar a crise gerada pela pandemia.

A partir da identificação do padrão de recuperação das economias e dos três setores nesses estados, os economistas da federação pretendem atualizar o estudo, identificando a velocidade dessa recuperação.

Publicado em 06/05/2021 – 17:06 Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Edição: Maria Claudia

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