Foi confirmado que a quarentena dos brasileiros repatriados da China será feita na Base Aérea de Anápolis. A previsão é que o grupo chegue no Brasil na madrugada de sábado. O anúncio foi feito pelo ministro Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e pelo ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores), em entrevista no Palácio do Planalto.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado comentou a questão e disse que os brasileiros precisam ser solidários. Ele argumentou que as pessoas ficarão na base aérea e não circularão por Anápolis. O período de quarentena é de 14 dias, mas o ministro da Saúde, Luiz Mandetta, pediu uma margem de segurança de mais 4 dias para o ministro da Defesa deixar os brasileiros na base aérea, totalizando 18 dias.

“Nós sabemos que as pessoas irão chegar na base aérea, estarão totalmente isoladas, qualquer sintoma que cada um venha a ter, serão deslocados para um hospital das Forças Armadas em Brasília. Sabemos muito bem o que estamos recebendo. Cabe a nós brasileiros, solidários que somos, dar a outros brasileiros que estão em uma situação delicada o sentimento da solidariedade e patriotismo”, declarou Caiado.

O governador disse que enquanto médico tem a missão de receber as pessoas. Ele disse que a transmissão do vírus não se dá pelo ar, mas por gotículas, ou seja, pela saliva. Duas aeronaves serão deslocadas para Wuhan nesta quarta-feira (5) para buscar os brasileiros que estão na cidade. Antes de embarcar para o Brasil, os repatriados passarão por um exame preliminar na China e quem tiver os sintomas da doença não embarca.

O prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP) também comentou o assunto. “Hoje foi feita uma inspeção em Anápolis, estamos acompanhando isso. A preocupação sempre existe, mas o governo federal está tomando a providência para que ocorra tudo de forma segura”, disse o prefeito ao Diário de Goiás. Até o momento, 29 pessoas demonstraram interesse em voltar para o Brasil, mas o governo vai dar 24 horas antes do embarque para que outras pessoas possam decidir se voltam ou não.

Publicado por Diário de Goiás

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