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Fábricas da China reabrem, mas demitem devido a impactos da covid-19

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Pedidos estão sendo cancelados por compradores europeus e americanos.

O empresário chinês Shi Xiaomin, que costumava exportar ternos e blazers aos milhares para Coreia do Sul, Holanda e Estados Unidos, teve mais sorte do que muitos outros proprietários de fábricas da China.

Quando sua fábrica na cidade de Wenzhou, no leste do país, reabriu no mês passado depois de uma interdição prolongada causada pelo surto de coronavírus, o governo local enviou um ônibus a uma província próxima para buscar mais de 20 de seus empregados retidos. Funcionários com carro se ofereceram para pegar os colegas.

Mas o otimismo de Shi teve vida curta.

Na semana passada, ele foi inundado de pedidos de cancelamento ou adiamento de encomendas de seus clientes europeus e norte-americanos.

No início do surto, a China impôs restrições de viagem rígidas e suspensões de trabalho às fábricas para conter a disseminação do vírus, reduzindo os suprimentos e fazendo os exportadores correrem para atender os pedidos.

Agora está ocorrendo o oposto: encomendas do exterior estão sendo canceladas à medida que a pandemia devasta as economias dos parceiros comerciais da China.

“A interdição inédita da atividade econômica normal na Europa, nos EUA e em um número crescente de mercados emergentes certamente causará uma contração dramática nas exportações chinesas, provavelmente na faixa de uma queda de 20-45% na comparação ano a ano no segundo trimestre”, disse Thomas Gatley, analista sênior da empresa de pesquisa Gavekal Dragonomics.

Shi disse que um fornecedor da Itália, país duramente atingido pelo vírus, suspendeu as operações no domingo (22), o que significa nada de matérias primas a partir de maio. Seu estoque de tecido só dura até o final de abril.

Ele disse que reduzirá a produção e pode suspendê-la totalmente se os negócios não melhorarem, e orientou os cerca de 50 trabalhadores que ainda não retornaram da província de Hubei, o epicentro do surto na China, a procurarem outros empregos.

“Sabemos que este ano está ruim e que o ano que vem seria melhor, mas a questão é: quantas fábricas aguentam até o ano que vem?”, indagou.

Inicialmente, economistas previram uma recuperação em V para a economia do país, semelhante àquela vista após a epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em 2003. Desde então, analistas reduziram suas previsões a níveis que não são vistos desde o final da Revolução Cultural em 1976.

As exportações da China representaram 11% do crescimento econômico no ano passado.

Publicado em 26/03/2020 – 11:58 Por Stella Qiu e Ryan Woo- Reuters – Pequim

Governadores manterão medidas de isolamento social contra a covid-19

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Coronavirus

Em videoconferência, eles discutiram ações de combate à doença.

Governadores de 26 estados se reuniram nesta quarta-feira (25), por videoconferência, para discutir ações emergenciais em meio à disseminação do novo coronavírus (covid-19) no país. Eles pediram medidas como a suspensão do pagamento de dívidas e empréstimos com a União e bancos públicos federais e a imediata aprovação do Projeto de Lei Complementar 149/2019, conhecido como Plano Mansueto, que implementa um novo programa de auxílio financeiro a estados e municípios.

O encontro ocorreu após os governadores terem se reunido, em grupos separados, com o presidente da República e ministros, também por videoconferência, nos últimos três dias. Apenas o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, não participou da reunião de hoje.

Eles reivindicaram também mais apoio do governo federal para a aquisição de equipamentos e insumos necessários à preparação de leitos hospitalares. “Precisamos de uma estrutura adequada, temos poucos leitos de UTI

[unidades de Terapia Intensiva]

. A gente precisa de mais teste para o coronavírus”, disse o governador de Rondônia, Marcos Rocha.

Na última segunda-feira (23), o governo federal já havia anunciado a suspensão do pagamento de parcelas de dívidas e o auxílio financeiro para compensar a queda na arrecadação dos estados.

Segundo o governador de São Paulo, João Doria, uma carta com as principais sugestões dos governadores será enviada ao presidente da República e ministros. “Todos os governadores fizeram intervenções, ajudaram e contribuíram com a elaboração da carta dos governadores, que será distribuída em breve, e encaminhada ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e aos seus ministros da Fazenda [Economia] e da Saúde. O objetivo dos governadores é defender o Brasil e proteger os brasileiros em cada um dos seus estados, no plano da saúde, das suas vidas e no plano econômico”, afirmou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, participou da videoconferência e sugeriu que os governadores priorizassem medidas emergenciais, que garantam o funcionamento dos estado e evitem o desemprego.

“A gente precisa resolver o curto prazo, garantir o emprego, garantir a renda dos municípios e dos estados para que eles possam continuar funcionando. A gente tem que tratar do curto prazo”, afirmou.

Isolamento social

Numa referência às medidas de isolamento social, os governadores disseram que seguirão adotando regras com base nas recomendações técnicas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Pernambuco teve ontem o seu primeiro óbito por coronavírus, e isso só nos faz reforçar todo o entendimento que tem colocado em prática desde o início dessa pandemia no Brasil. As restrições que têm sido feitas estão no caminho correto, em virtude de que os estados têm que se preparar”, afirmou o governador pernambucano, Paulo Câmara.

Segundo ele, os governos estaduais ainda precisam ganhar tempo para montar uma estrutura mais adequada de leitos e equipamentos de saúde para enfrentar um período de alta demanda, que ocorrerá nas próximas semanas.O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, ponderou, por outro lado, que as medidas de isolamento social devem ser tomadas de forma equilibrada, para não afetar ainda mais a economia.

“Eu não posso tomar aqui no Mato Grosso a medida que São Paulo tomou porque eu tenho aqui 13 vezes menos população em uma área três vezes maior. Então, eu tenho muito medo dos reflexos econômicos de todas essas restrições que começaram a surgir no Brasil inteiro, e aqui no meu estado”, disse.

Emprego e renda

Na reunião, os governadores também manifestaram preocupação com a garantia dos empregos e assistência social. “O coronavírus mata e a fome também, por isso nosso foco de estarmos todos empenhados na saúde da população e na sobrevivência dos setores mais vulnerabilizados da nossa sociedade. Faço coro ao que foi dito, garantir os empregos e proteger as milhões de pessoas que trabalham na informalidade, que estão desamparados”, afirmou a  governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.

“Que possamos criar um amplo programa de transferência de renda para famílias pobres, tendo como referência os beneficiários de programas já existentes”, disse o governador do Pará, Helder Barbalho, afirmando que há R$ 1 trilhão em recursos do Tesouro Nacional em receitas vinculadas não utilizadas.

Edição: Juliana Andrade

Publicado em 25/03/2020 – 22:17 Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Maia diz que investidores querem flexibilização de isolamento

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, faz palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ)

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (25) que pressões do mercado financeiro têm motivado os movimentos em defesa de medidas que amenizem o isolamento social como enfrentamento à pandemia de coronavírus. 

“A minha opinião é: nós tivemos, nas últimas semanas, uma pressão muito grande de parte de investidores, aqueles que colocaram recursos na bolsa de valores esperando a prosperidade, a bolsa a 180 mil pontos. A bolsa caiu no mundo inteiro porque essa não é uma crise do Brasil, é uma crise mundial que atinge o Brasil [também]”, afirmou Maia. 

Na noite de ontem (24), o presidente Jair Bolsonaro disse, em pronunciamento no rádio e na TV, que as autoridades devem evitar medidas como proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa, com exceção apenas para idosos e doentes crônicos. As falas do presidente repercutiram no dia de hoje.

“A gente não pode ouvir os investidores que estão perdendo dinheiro, [que] foram para o risco e o risco é assim, você ganha e perde. Agora, nós colocarmos as vidas dos brasileiros em risco por uma pressão de parte de brasileiros que investiram na bolsa e estão perdendo dinheiro, quem foi para o risco foi para o risco. O que a gente precisa é continuar seguindo a orientação do Ministério da Saúde [de manter o isolamento social]”, argumentou o parlamentar.

Na avaliação de Rodrigo Maia, falta ao país um pacote de medidas que possa garantir uma política de isolamento dos idosos acima de 60 anos e renda aos trabalhadores brasileiros que recebem até cinco salários-mínimos para assegurar que o impacto da pandemia não seja tão pesado às populações mais vulneráveis do país. 

“A gente precisa de previsibilidade. O que está faltando hoje para os brasileiros, para todos, é previsibilidade. Se o governo já tivesse resolvido a renda dos brasileiros mais simples, uma política de isolamento dos idosos nas cidades, se o governo já tivesse garantido a renda do emprego daqueles que ganham até cinco salários-mínimos – o teto do INSS, nós já teríamos garantido previsibilidade para a maioria dos brasileiros e com isso, todos estavam fazendo o isolamento, esperando os impactos da chegada do vírus e a cada semana avaliando o que deve ser feito”, disse o deputado. 

Corte de salários

O deputado defendeu ainda a possibilidade de corte de salários de servidores públicos como política fiscal para o enfrentamento à pandemia em estados e municípios. Para Rodrigo Maia, não apenas deputados devem ter redução de remuneração, mas todo funcionalismo público.

“Quando eu falo em corte, falo em corte como um todo. A arrecadação do governo federal, dos estados e dos municípios vai cair muito. Todos vão ter que se readequar a uma nova realidade, é nesse contexto que eu digo que todos vão ter que contribuir. Inclusive, com a redução de salário. Mas, eu acho que isso é uma construção que deve acontecer nas próximas semanas porque é uma construção que precisa ser feita com diálogo, não se pode impor isso a outro poder”, avaliou. 

PEC Orçamento de Guerra

O congressista afirmou ainda que pretende colocar em votação na próxima semana uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria um orçamento específico para ações de combate ao coronavírus. 

“Estou confiante que a gente possa conseguir, a partir de segunda (30), ter esse texto em início de debate para que na próxima semana, nesse bom ambiente de diálogo, possa aprovar para dar as condições para que o governo federal possa começar a entender que a segregação do orçamento nos obriga a construir soluções de gastos públicos para o enfrentamento da crise em todas as áreas”, explicou.

Isolamento vertical

Maia cobrou do governo federal uma política mais completa em relação ao isolamento de idosos. No pronunciamento de ontem, Bolsonaro afirmou que 90% da população não terá qualquer manifestação da doença, caso se contamine, e a preocupação maior deve ser não transmitir o vírus para os idosos. 

“Pedir uma liberação vertical sem a gente ter feito uma operação de guerra para proteger os idosos que vivem em várias comunidades, em todos os estados, me parece uma decisão focada em algo que não está sendo bem elaborado, bem construído e que não há uma preocupação com esses brasileiros que vivem em ambientes pequenos, com muitos parentes, muitos jovens, que certamente saindo para trabalhar voltarão para suas residências e contaminarão milhares de idosos brasileiros”, defendeu.

Edição: Narjara Carvalho

Publicado em 25/03/2020 – 21:05 Por Heloisa Cristaldo – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Veja medidas políticas e econômicas de países em resposta à pandemia

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A pandemia de covid-19 criou a necessidade de ações econômicas globais.

Governos e bancos centrais de todo o mundo têm liberado volumes sem precedentes de estímulos fiscais e monetários, além de outros medidas de apoio ao longo deste mês para as economias nacionais que sofrem com a pandemia de coronavírus.

Veja um resumo dos principais passos das políticas até o momento.

Estados Unidos

Estímulo monetário – O Federal Reserve (FED, banco central dos EUA) reduziu as taxas de juros em um total de 150 pontos-base em duas reuniões de emergência nos dias 3 de março (50 pontos-base) e 15 de março (100 pontos-base), levando as taxas de fundos federais ao intervalo entre 0-0,25%, juntamente com US$ 700 bilhões em compras de ativos, ou flexibilização quantitativa (QE, na sigla em inglês).

O Fed também reduziu a janela de desconto, instrumento de política monetária, em 150 pontos-base. Em 23 de março, o Fed seguiu com a flexibilização quantitativa ilimitada e aberta e compras planejadas de títulos corporativos do governo municipal.

Operações e financiamento de liquidez – Trilhões de dólares em acordos de recompra inundaram os mercados com dinheiro; linhas de swaps com outros grandes bancos centrais para fornecer financiamento em dólares; programa de apoio a fundos do mercado monetário; várias flexibilizações de amortecedores de capital bancário; financiamento de suportes para empresas fornecerem empréstimos que se entendem até quatro anos; financiamento para auxiliar no fluxo de crédito nos mercados de títulos lastreados em ativos; também se planeja estender crédito para pequenas e médias empresas.

Estímulo fiscal (Federal) – O Congresso deve aprovar um pacote de estímulo de US$ 2 trilhões nesta quarta-feira (25), incluindo um fundo de US$ 500 bilhões para ajudar indústrias afetadas com empréstimos e uma quantia comparável para pagamentos diretos de até US$ 3 mil a milhões de famílias norte-americanas.

Zona do Euro

Estímulo monetário – Em 12 de março, o Banco Central Europeu (BCE) acrescentou 120 bilhões de euros a seu atual programa de compra de ativos de 20 bilhões de euros mensais, além de flexibilização quantitativa. Em 19 de março, o BCE adicionou outros 750 bilhões de euros em flexibilização quantitativa, elevando o total para cerca de 1,1 trilhão de euros neste ano e incluiu a Grécia na carteira de títulos que compraria.

Operações e financiamento de liquidez – O BCE cortou a taxa de juros em suas Operações de Refinanciamento de Longo Prazo (TLTROs, na sigla em inglês), empréstimos baratos para bancos, em 25 pontos-base, para -0,75% em 12 de março. Forneceu Operações de Refinanciamento adicionais para reduzir o financiamento bancário até junho e afrouxou as regras de capital.

Fiscal/outros – Suspensão dos limites dos empréstimos do governo da União Europeia (UE), considerando permitir uma linha de crédito de precaução no valor de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional do fundo de resgate do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês).

Alemanha

Estímulo fiscal – Em 23 de março, acertou um pacote de até 750 bilhões de euros; 100 bilhões de euros para um fundo de estabilidade econômica que pode assumir participações diretas em empresas; 100 bilhões de euros em crédito ao banco público de desenvolvimento para empréstimos a empresas em dificuldades; o fundo de estabilidade oferecerá 400 bilhões de euros em garantias de empréstimos para garantir dívidas corporativas sob o risco de inadimplência.

França

Estímulo fiscal – Anunciou US$ 45 bilhões em euros em medidas de crise para auxiliar empresas e trabalhadores em 17 de março; garantia de até 300 bilhões de euros em empréstimos corporativos de bancos comerciais em 16 de março.

Itália

Estímulo fiscal – Em 16 de março, decreto de emergência no valor de 25 bilhões de euros que suspende o pagamento de empréstimos e hipotecas para empresas e famílias e amplia os fundos para auxiliar empresas a pagarem trabalhadores demitidos temporariamente.

Espanha

Estímulo fiscal – Em 17 de março, um pacote de 200 bilhões de euros foi anunciado; metade das medidas de assistência econômica são garantias de crédito para empresas e o restante inclui empréstimos e auxílios a pessoas vulneráveis.

Reino Unido

Estímulo monetário – O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) reduziu as taxas de juros em um total de 65 pontos-base em duas reuniões de emergência, nos dias 11 de março (50 pontos-base) e 19 de março (15 pontos-base), levando os juros bancários a um nível recorde de 0,10%; anúncio de compras de títulos de 200 bilhões de libras.

Operações e financiamento de liquidez – O BoE também introduziu um novo programa de crédito barato e reduziu um amortecedor de capital para ajudar os bancos a emprestarem. Um mecanismo de financiamento corporativo do BoE comprará papéis comerciais com prazo de vencimento em até 12 meses de empresas com classificação de risco em grau de investimento ou semelhante no período pré-crise.

Estímulo fiscal – Em 11 de março, um plano de estímulo de 30 bilhões de libras; 330 bilhões de libras em garantias de empréstimos para empresas; ofereceu pagar até 80% das despesas com salários se os funcionários forem colocados em licença, até um máximo de 2.500 libras (2.930 dólares) cada por mês –se as empresas os mantiverem. As empresas também têm permissão para reter temporariamente 30 bilhões de libras (US$ 35 bilhões) de imposto sobre valor agregado (IVA).

Canadá

Estímulo monetário – O Banco do Canadá cortou as taxas em 100 pontos-base em duas reuniões de emergência, nos dias 4 de março (50 pontos-base) e 13 de março (50 pontos base), levando a taxa de juros overnight ao patamar de 0,75%.
Operações e financiamento de liquidez – expansão das garantias elegíveis para operações compromissadas a prazo; programa de compra de hipotecas seguradas em 50 bilhões de dólares canadenses (US$ 34,6 bilhões); programa de suporte a crédito de 10 bilhões de dólares canadenses para empresas.

Estímulo fiscal – 55 bilhões de dólares canadenses em diferimentos de impostos para empresas e famílias; Pacote de ajuda de 27 bilhões de dólares canadenses para trabalhadores e famílias de baixa renda.

Japão

Política monetária – O Banco do Japão afrouxou a política monetária, aumentando as compras de fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) e outros ativos de risco, incluindo títulos corporativos. O banco central também decidiu criar um novo programa para conceder empréstimos a taxa zero por um ano a instituições financeiras.

Política fiscal – O governo anunciou gastos extras de 430,8 bilhões de ienes (US$ 4,1 bilhões), destinados principalmente a auxiliar as pequenas e médias empresas afetadas. O governo também financiará melhorias em instalações médicas e subsidiará os pais que são forçados a sair de licença por causa das escolas fechadas.

Nenhum plano de estímulo fiscal foi anunciado, mas é esperado algo para o mês de abril, o que pode incluir pagamentos em dinheiro. As medidas poderiam contabilizar mais de 30 trilhões de ienes (US$ 270 bilhões).

Austrália

Estímulo monetário – O Banco Central da Austrália reduziu as taxas em 50 pontos-base em duas decisões (25 pontos-base na reunião de 3 de março e outros 25 pontos-base na reunião de emergência de 19 de março), levando o nível dos juros para 0,25%; introduziu o primeiro uso da flexibilização quantitativa, estabelecendo uma meta de cerca de 0,25% para o rendimento dos títulos.

Operações e financiamento de liquidez – Um mecanismo de financiamento de 90 bilhões de dólares australianos (US$ 53,3 bilhões) para bancos a uma taxa fixa de 0,25%; um programa de compra de 15 bilhões de dólares australianos em títulos garantidos por hipotecas residenciais e outros garantidos por ativos; um programa de suporte, de 715 milhões dólares australianos, para companhias aéreas.

Estímulo fiscal – 66,1 bilhões de dólares australianos em assistência a empresas e pagamentos adicionais de assistência social; um pacote de 17,6 bilhões de dólares australianos em subsídios para aprendizes, pequenas empresas, pensionistas e outros.

Coreia do Sul

Estímulo monetário – O Banco da Coreia reduziu as taxas de juros em 50 pontos-base, para 0,75%, em 16 de março.

Estímulo fiscal – Orçamento suplementar de 11,7 trilhões de won; 50 trilhões de won em financiamento de emergência para pequenas empresas; maior afrouxamento às principais regras de fluxo de capital temporariamente para incentivar as instituições financeiras locais a fornecerem mais dólares.

China

Estímulo monetário – O Banco Popular da China reduziu sua taxa de empréstimo de um ano, introduzida pela primeira vez em agosto, em 10 pontos-base, para 4,05% em 20 de fevereiro, após várias injeções de liquidez e outras flexibilidades políticas. Em 13 de março, o banco cortou o caixa que os bancos devem manter como reservas pela segunda vez este ano, liberando 550 bilhões de iuanes (US$ 79 bilhões).

Liquidez e financiamento – A China ofereceu financiamento mais fácil para empresas de pequeno e médio porte, aumentando em 500 bilhões de iuanes as cotas de reempréstimos e redesconto de iuan em 25 de fevereiro. Também aumentou a cota de empréstimos dos bancos políticos em 350 bilhões de iuanes para fazerem empréstimos direcionados a esses negócios.

Estímulo fiscal – A China deve liberar trilhões de iuanes em estímulo fiscal. Os gastos ampliados terão como objetivo estimular o investimento em infraestrutura, apoiado em 2,8 trilhões de iuanes (US$ 394 bilhões) em títulos especiais do governo local, segundo fontes, em 19 de março. O déficit orçamentário nacional pode subir para níveis recordes, acrescentaram fontes.

Várias pequenas medidas e despesas fiscais, como incentivos fiscais, tarifas reduzidas de energia e redução de taxas.

Brasil

Estímulo monetário – O Banco Central do Brasil reduziu as taxas de juros em 50 pontos-base para 3,75% e diminuiu os requisitos de capital para instituições financeiras.

Operações e financiamento de liquidez – Um programa do banco central, de R$ 1,2 trilhão (US$ 233,8 bilhões), para injetar liquidez por meio da compra de pacotes de carteiras de empréstimos bancários; novas regras que permitem aos bancos oferecerem a empresas e famílias empréstimos maiores e melhores condições; intervenção do banco central nos mercados de câmbio e recompras de títulos soberanos em dólar.

Estímulo fiscal – Programa de 150 bilhões de reais para auxiliar a população mais vulnerável e proteger empregos; aprovação, pelo Congresso, de decreto presidencial que declara emergência nacional em torno do coronavírus, permitindo ao governo renunciar às metas fiscais e liberar recursos orçamentários.

Edição: Denise Griesinger

Publicado em 25/03/2020 – 18:16 Por Reuters© – Londres

Governo pede apoio de prefeitos para garantir abastecimento

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Em meio à pandemia, políticos discutem formas de manter abastecimento.

A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, e o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Galdemir Aroldi, se reuniram nesta quarta-feira (25), por videoconferência, para acertar medidas que garantam o abastecimento de produtos essenciais. O secretário-executivo adjunto do Ministério da Infraestrutura, Rodrigo Otávio da Cruz, também participou da reunião.

“A ideia é estreitar o diálogo com os prefeitos, a exemplo do que vem sendo feito com os estados, com a criação do Conselho Nacional dos Secretários de Transporte. O Ministério da Infraestrutura já conseguiu o consenso com os 26 estados e o Distrito Federal para garantir a livre circulação de cargas nas estradas e a manutenção de serviços essenciais”, informou a pasta, em nota.  

Nos próximos dias, o Conselho Nacional dos Secretários de Transporte deve publicar um texto regulamentando medidas no transporte rodoviário de passageiros. 

De acordo com a CMN, a ministra Teresa Cristina pediu apoio dos representantes dos municípios para orientar os gestores locais nas ações que podem ser feitas para evitar o desabastecimento de alimentos nas cidade, especialmente em relação à safra de grãos, que será colhida os próximos meses.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

Publicado em 25/03/2020 – 18:31 Por Agência Brasil – Brasília

Jornal do Vaticano interrompe publicação diante de pandemia

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Papa Francisco fala no Vaticano

Fundado em 1861, o veículo continuará a ser publicado online.

O jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, que o papa Francisco chamou de “jornal do partido”, suspendeu a impressão pela terceira vez em quase 160 anos nesta quarta-feira (25) devido ao coronavírus.

O jornal, fundado em 1861, continuará sendo publicado online e a maioria de sua equipe, com cerca de 60 pessoas, incluindo 20 jornalistas, trabalhará em casa, disse a editora Andrea Monda.

“Um jornal e o papel em que ele é impresso estão entrelaçados, então é triste que isso esteja acontecendo, mas a realidade é que todos estamos enfrentando uma crise”, disse Monda à Reuters.

A edição da noite de hoje será a última por enquanto. A tiragem de cerca de 5 mil cópias é desproporcional à sua influência mais ampla na reflexão da opinião do Vaticano sobre assuntos internacionais e assuntos da Igreja.

“Vamos tentar aproveitar ao máximo o momento para aumentar o número de leitores online até que possamos voltar a imprimir”, disse Monda.

Dez cópias continuarão sendo impressas. Eles são para o Papa Francisco, o ex-Papa Bento XVI, algumas autoridades de alto escalão e algumas cópias para serem arquivadas para registro histórico.

“Tivemos que parar principalmente porque as impressoras e os distribuidores não puderam garantir seus serviços em condições seguras por causa da paralisação na Itália e no Vaticano”, disse Monda.

É muito raro o jornal não ser publicado. Até a ocupação nazista de Roma durante a Segunda Guerra Mundial não interrompeu a publicação do jornal.

No entanto, o jornal não foi publicado em 20 de setembro de 1870, quando as forças que lutavam pela unificação italiana conquistaram Roma e encerraram o poder temporal da Igreja sobre uma grande faixa da Itália conhecida como Estados Papais.

A publicação também foi suspensa por um período em 1919 devido a problemas trabalhistas e outras dificuldades na Itália após a Primeira Guerra Mundial, disse Monda.

Publicado em 25/03/2020 – 17:20 Por Philip Pullella – Repórter da Reuters – Cidade do Vaticano

Coronavírus: Ministério da Saúde divulga novo balanço

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Movimentação de idosos no posto da 612 Sul para Vacinação contra Influenza

Covid-19 tem a taxa de letalidade de 2,1% no Brasil.

Até o momento, o Brasil já registrou 46 mortes devido ao novo coronavírus. A doença covid-19 tem a taxa de letalidade de 2,1%, de acordo com dados apresentados ontem (24) pelo Ministério da Saúde. 

Os óbitos ocorreram em São Paulo (40 mortes) e Rio de Janeiro (seis mortes). Os dois estados lideram o ranking de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus no Brasil, seguidos por Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais e Santa Catarina. 

O Ministério da Saúde recomenda o isolamento a quem apresenta sintomas da covid-19 e a moradores da mesma residência do paciente sintomático, bem como a idosos acima de 60 anos, pelo prazo de 14 dias. Uma vez terminado esse período, não haveria mais necessidade da medida, a não ser em casos de uma condição médica específica.

Rio de Janeiro mantem isolamento

A cidade do Rio de Janeiro manterá as medidas de isolamento social por pelo menos mais 15 dias, de acordo com o prefeito Marcelo Crivella. Escolas permanecem sem aula, o comércio continua restrito e os transportes públicos seguem circulando com a recomendação de não aglomerarem pessoas. As medidas foram tomadas para conter o avanço da pandemia de covid-19. 

“Esses próximos 15 dias são importantíssimos. O sacrifício que estamos fazendo agora dará bons frutos. Nós vamos vencer essa crise”, disse o prefeito em coletiva de imprensa online transmitida na manhã de hoje (25). “É fundamental, mais que necessário, incontornável e inadiável mantermos nossa medidas de afastamento social nos próximos 15 dias. Peço a vocês que considerem isso como fundamental para que a vida volte ao normal”.

Justiça de São Paulo libera cultos religiosos

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, suspendeu uma liminar que determinava proibição de cultos religiosos e sanções para casos de descumprimento dos decretos referentes à pandemia pelo novo coronavírus.

Para o magistrado, cabe aos líderes religiosos orientar os fiéis. “Aos líderes religiosos, no desempenho da função acolhedora, pacificadora e de propalada preocupação com seus fiéis, cabe mostrar como desempenham esse papel em momento de grave crise sanitária.”

Distrito Federal tem primeira paciente curada

A advogada brasiliense Daniela Teixeira recebeu uma ótima notícia nesta semana quando soube que seu segundo exame para o novo coronavírus deu negativo. Ela foi a primeira paciente do Distrito Federal a ter sido curada do contágio, após semanas de medo e apreensão. Ela conversou com a Agência Brasil sobre a experiência e destacou a importância das ações de prevenção e combate à epidemia.

Medidas contra coronavírus na assistência social

O governo federal definiu medidas, no âmbito da rede de assistência social pública e privada, para enfrentamento da emergência em saúde pública decorrente do novo coronavírus. A portaria do Ministério da Cidadania foi publicada hoje (25) no Diário Oficial da União e destaca a importância de o Estado brasileiro garantir a oferta regular de serviços e programas socioassistenciais voltados à população mais vulnerável e em risco social.

Edição: Liliane Farias

Publicado em 25/03/2020 – 16:57 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil – Brasília

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Operação Tarja Preta em Pires do Rio

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Operação Tarja Preta: ex-prefeito de Pires do Rio, outros réus e empresas são condenados pela Justiça por improbidade. O...