A avaliação é do atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) feita nesta segunda-feira (11/01). Se a vacina demorar, é possível que um processo de impeachment contra o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) seja instaurado. 

“A questão da vacina está começando a transbordar [na Câmara] uma pressão que a sociedade poucas vezes fez nos últimos anos”, disse o deputado em entrevista ao site Metrópoles. “Talvez ele [Bolsonaro] sofra um processo de impeachment muito duro se não se organizar rapidamente. Porque o processo de impeachment, você sabe, é o resultado da pressão da sociedade.”

Ele avalia, no entanto, que um processo de impeachment não vai ajudar nada agora. Além do mais, a Câmara está em recesso. Ele disse que se abrisse o procedimento iria ‘criar desorganização’ em um momento em que a Casa vai eleger um novo presidente. 

Mais cedo, nesta segunda-feira, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que ainda não há uma data cravada para o início da vacinação. “Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia D, na hora H, no Brasil. No primeiro dia que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia estará nos estados e municípios para iniciar a vacinação. A prioridade já está dada, é o Brasil todo. Vamos fazer como exemplo para o mundo. Os grupos prioritários já estão distribuídos”, afirmou.

Seja como for, o Ministério da Saúde já firmou um contrato com o Instituto Butantan para aquisição de 100 milhões de doses da CoronaVac. A perspectiva da pasta é que sejam disponibilizadas em 2021 até 354 milhões de doses. Este total deve ser formado por dois milhões de doses importadas da Astrazeneca da Índia, 10,4 milhões produzidas pela Fiocruz até mês de julho, 110 milhões fabricadas no Brasil pela Fiocruz a partir de agosto, 42,5 milhões do mecanismo Covax Facility (provavelmente da Astrazeneca) e as 100 milhões da Coronavac oriundas do contrato com o Instituto Butantan.

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