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Devido ao término do período de safra do etanol o valor do insumo nos postos de combustível em Goiás poderá subir ainda mais. Foi o que analisou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto-GO), Márcio Andrade em entrevista ao Diário de Goiás. Para ele as expectativas neste período é de “alta dos preços”. No entanto, há uma torcida para que os preços, no mínimo, “se estabilizem” e não haja uma “pressão maior para que haja alta”.

Com relação ao preço da gasolina Andrade acha difícil de estimar uma possível expectativa no valor. Justifica o fato da alta do dólar e também quando se fala da cotação do petróleo. Há uma ‘torcida’ no entanto, para que o preço do dólar possa ser reduzido e essa diminuição seja refletida na ponta para o consumidor. “A previsão é difícil de acertar. A gente depende do dólar e da questão da cotação do petróleo para o caso da gasolina. Terminou essa semana na redução do dólar, apesar de pequena ainda, a gente torce para que continue caindo para que isso possa refletir no preço do combustível na bomba”, salienta.

E o valor do etanol? “Nós acabamos o período de safra”, explica. “Estamos entrando na entre-safra. As expectativas normalmente nesse período é de alta dos preços”. Andrade explica que os preços já estão ‘bastante altos’ e por isso há uma torcida para que os postos estabilizem os valores para o consumidor.

A expectativa no entanto, não é boa. Quem abastece no álcool, pode considerar migrar para a gasolina ou outra forma de mobilidade. “A tendência normalmente [é aumentar] porque agora a oferta começa a diminuir e como a demanda do etanol continua crescente existe uma pressão sobre o preço para isso. A gente torce para que isso não venha de uma forma tão grande. Essa semana já saiu uma cotação e mais uma vez teve uma alta em torno de 4 a 5 centavos durante essa semana. Estamos vivendo um momento difícil para os empresários e também para o consumidor”, especifica.

Andrade faz uma ressalva: os empresários donos dos postos não são ‘culpados’ pelo aumenta. Ele justifica que o preço do insumo em si já é alto. Mas há um fator relevante ao se formular o preço final: a alta de impostos. “A participação do empresário na participação do preço é uma das menores parcelas. A maior parcela é o preço do produto em si e a segunda maior são os impostos”, pontua.

Ele explica que se o dono do posto tirasse a sua margem de lucro, poderia haver uma redução de 40 a 50 centavos no litro de combustível. “Não deixa de ser significativo mas é impossível. Como [o dono do posto] vai pagar os custos para se manter a empresa aberta. Como viver sem margem? Enquanto o empresário ganha 50 centavos no litro, os impostos representam 2 reais e 40 centavos. Praticamente a metade do preço praticado”, conclui. Publicado por Altair Tavares / Diário de Goiás.

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