Muitos devem estar pensando nos últimos acontecimentos, como poderia o governo Bolsonaro perder a presença de um Ministro como o Moro, que lhe dava credibilidade.
Mas vamos parar e pensar um pouco:
Para qualquer ser racional fica claro que a saída de Sérgio Moro está longe de ser pelo argumento por ele utilizado ao justificar seu desligamento do governo, “não querer manchar sua biografia”, pois já existe mancha sim em sua biografia ao ser revelada a forma que conduzia a operação lava jato, como ficou comprovado no terrível escândalo trazido à tona com o dossiê dos hackers, o que levou, inclusive, a inúmeras representações junto CNJ, como também a incidentes processuais – que visam a nulidade dos julgamentos por ele realizados, por quebra do princípio da imparcialidade.
Aliás, quando esse céu de bronze estava sob sua cabeça, momento em que a toda a mídia o execrava publicamente nos noticiários televisivos, jornais e revistas; quando os próprios deputados e senadores o convocara para dar explicações; quando a pressão exercida parece que iria estourar a tampa da panela, o que fez Bolsonaro? Simplesmente o colocou em sua frente e não o abandonou, dando-lhe todo o apoio e servindo de verdadeiro escudo para protegê-lo contra aqueles que queriam sua cabeça.
Agora, o que vimos foi que aquele a quem tanto foi protegido cospe no prato que comeu e simplesmente preocupado com a sua honrada biografia esquece que o Brasil é mais importante do que sua “reputação”.
O brasileiro não pode esquecer que o Brasil somos todos nós e se queremos um país sem os resquícios do passado precisamos continuar com a nossa confiança em Deus em primeiro
Lugar e no Presidente que escolhemos para governar o país, pois do contrário, os lobos sanguinários de um passado não Muito distante estão apenas na espreita aguardando para voltarem a servir do banquete que sempre tiveram a sua disposição e isto é o que o brasileiro de bem não pode deixar.
Por isso, não podemos desanimar. O Brasil é de todos nós.
Por / Paulo César de Souza Correia