Caso Sophia: Justiça impede pai gay de ficar com criança que morre após ser espancada por mãe e padrasto
Morte da pequena, de apenas 2 anos, foi identificada pelo IML como sendo causada por um “trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica”
Desde a última semana, pai e amigos envolvidos no caso Sophia pedem por Justiça. A criança, de apenas 2 anos, morreu depois que um tribunal não deixou ela ficar com o pai e seu marido, optando por dar a guarda para a mãe e o padrasto, que abusavam e espancavam ela.
A criança faleceu por conta de espancamentos constantes e abusos, de acordo com a polícia, no dia 26 de janeiro. Na data, Stephanie de Jesus, a mãe de Sophia de Jesus, deu entrada em uma UPA de Campo Grande, MS, com a pequena em seus braços, dizendo que ela estava passando muito mal, mas ela já estava em óbito.
Ainda de acordo com as autoridades, quando atendida, Sophia tinha hematomas nas costas, na boca, sangramento no nariz e abdômen inchado. Para investigar a situação, a polícia chegou até a residência da família – a criança vivia com a mãe e com o padrasto, Christian Leitheim – que moravam na região norte de Campo Grande. Foi constatada uma situação deplorável e de abandono visível do local.
Após a constatação do local e suspeitas, Stephanie e Christian, foram presos em flagrante no dia 28 de janeiro deste ano. Eles são acusados pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil. Ambos estavam em prisão temporária, que foi convertida para preventiva.
Christian foi levado para a Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira, e Stephanie foi transferida para um presídio no interior do estado.
A morte de Sophia foi identificada pelo IML como sendo causada por um “trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica”. O inchaço no abdômen da menina era devido a uma hemorragia interna. Ela foi enterrada também no dia 28 de janeiro.
Para o pai biológico de Sophia, Jean Carlos, e seu companheiro, Igor de Andrade, houve omissão das autoridades na condução do caso. “A gente ia até a delegacia e não informavam nada pra gente, não davam atenção pelo fato de ser um pai e seu companheiro”, disse.
O pai lembrou que a criança chegou a ser atendida 30 vezes em postos de saúde, antes de morrer. Um número alarmante, que destaca a negligência não só familiar, mas também do sistema que deveria protegê-la. O caso segue em investigação.
Por Diário de Goiás