Trinta e uma entidades vão participar neste domingo de protesto em frente ao Estádio Olímpico de um protesto contrário ao Atlético devido a contratação do goleiro Jean, acusado de espancar a esposa dele, no final do ano passado. O protesto está marcado para às 14 horas, antes do clássico Atlético x Goiânia.

Entidades feministas, sindicais e de direitos humanos, as mulheres goianas estarão fazendo parte do protesto. Segundo a organização, o motivo do protesto é para repudiar e tentar estancar a cultura da violência contra a mulher e do feminicídio, que cresce mais a cada ano no Estado.

As participantes prometem se vestir de preto e, na porta do Estádio Olímpico pretendem recolher assinaturas para a Nota de Repúdio que será entregue à diretoria do Atlético e à imprensa. As manifestantes também vão produzir flores a partir de papel reciclado, para oferecer às mulheres torcedoras dos dois times que vão disputar a partida que marca a estreia do goleiro Jean, acusado de espancar a esposa.

 “É uma simbologia. Representa a recuperação da autoestima da mulher violentada. Não devemos culpar as mulheres”, disse a deputada e delegada de polícia Adriana Accorsi. “É preciso entender que quando uma mulher volta com o homem que a espancou, é porque acredita que ele mudará”, explica a psicóloga Mônica Café, que trabalha no Ministério Público de Goiás com esse tema.

Foi destacado que o protesto visa abraçar mulheres de todas as idades, de todas as cores, de amor por diferentes times de futebol, e repudiar, veementemente, o fortalecimento da cultura da violência contra a mulher no Brasil e em Goiás, estado que, segundo diferentes pesquisas realizadas no ano de 2019, encontra-se entre o segundo e terceiro lugar no ranking dos que mais violentam, espancam e matam mulher.

Para a psicóloga Cida Alves, que há cerca de 20 anos trabalha com mulheres vítimas de violência, o futebol é a maior paixão nacional. Ela avalia que as crianças, os jovens, um dia sonharam em ser um jogador de futebol. Portanto, ela entende que se trata de uma personalidade que inspira outros jovens e que a violência não pode ser estimulada, e espetacularizada.

Entidades promotora das atividades de domingo:

1. Grupo Maria’s
2. #Apartida
3. Articulação de Mulheres Brasileiras de Goiás
4. Associação Mulheres na Comunicação
5. Bloco Não é Não
6. Centro Popular da Mulher de Goiás – CPM/UBM-Goiás
7. Cine Club Bandidas
8. Coletivo de Mulheres do Cerrado
9. Coletivo de Mulheres Goianas
10. Coletivo de Mulheres da Região Noroeste
11. Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno
12. Coordenação Negras e Negros de Goiás
13. Federação de Mulheres de Goiás
14. Grupo de Mulheres Negras Calunga
15. Imprensa Criativa
16. Indique uma mana
17. Instituto Unbuto – Ceres
18. Movimento Ago
19. Movimento de Mulheres Olga Benário
20. Movimento de Mulheres da Resistência na Suécia
21. Policiais Antifascismo
22. Sindicato dos Jornalistas de Goiás
23. Sindicato dos Trabalhadores na Saúde – Sindsaúde
24. Rede Goiana de Mulheres Negras
25. Fórum de Mulheres Negras do Estado de Goiás
26. Projeto “A cultura” contra a cultura do estupro
27. Deputada Adriana Accorsi.
28. Coletivo Para Todos / Para Todas
29. União Estadual dos Estudantes – UEE-Goiás
30. União Nacional dos Estudantes – UNE
31. Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil

Publicado por Diário de Goiás

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