O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), compareceu na tarde desta segunda-feira (17) na sessão de abertura dos trabalhos parlamentares de 2020 na Assembleia Legislativa. Em discurso, o Chefe do Poder Executivo declarou que neste ano pretende dar ênfase da área da Saúde.

Ronaldo Caiado declarou que o ano passado o foco foi na Segurança Pública. Para ele, houve resultados expressivos.  O governador reclamou da falta de UTI em algumas localidades, por exemplo Rio Verde, Mineiros, Porangatu, Minaçu e Aragarças. Ele destacou que haverá uma atenção especial do governo nesta parte.

Durante o discurso, o governador prometeu a entrega de quatro policlínicas neste ano, sendo a primeira na cidade de Posse, que será inaugurada no próximo dia 28. “No interior de Goiás não há uma única UTI pública. A UTI que existe no município de Catalão fui eu que credenciei na Santa Casa. Em jatai, fui eu que abri, onde o convênio que tinha sido feito, nunca foi cumprido”, declarou.

Em outro ponto do discurso Caiado criticou que a atenção não pode ser apenas na região metropolitana da capital e em Anápolis. O governador defendeu uma descentralização na saúde. “Que Goiás é esse que a saúde está focada em Goiânia, Anápolis e Aparecida? Dia 28 nós vamos dar o primeiro exemplo”, destacou.

Ações conjuntas

O governador Ronaldo Caiado voltou a defender a ação conjunta entre os poderes. Em entrevista ele citou o papel da Assembleia Legislativo, do Tribunal de Justiça e dos demais órgãos independentes que tem buscado medidas para solucionar os problemas fiscais do Estado.

“É importante que se diga que primeiro é deixar claro nossas ações conjuntas e dado bom exemplo ao governo federal, quando todos os poderes chegaram lá para discutir a situação fiscal. Em todos os momentos de crise temos decidido de forma conjunta com a participação dos poderes”, declarou o governador.

Entre as ações conjuntas está o Pró Goiás que trata de um novo modelo de concessão de incentivos fiscais. Ronaldo Caiado disse que a questão será revista a partir de ponderações feitas pelo presidente da Alego, Lissauer Vieira.

“O Pro Goiás é uma matéria que será rediscutida, existe um sentimento a partir de ponderações feitas pelo presidente da Assembleia, como tal, estaremos abertos ao diálogo, já que há pontos em que não houveram a oportunidade de ouvir alguns segmentos da sociedade.  Não há porque ter pressa em projetos tão determinantes como esse”, relatou.

Base

Ronaldo Caiado ao usar a tribuna citou a PEC da Previdência aprovada no mês de dezembro do ano passado em que o governo projeta uma redução no crescimento do déficit da Previdência, ao longo dos próximos 10 anos, de até R$ 8,1 bilhões. Já em 2020, essa redução deve chegar a R$ 400 milhões. Caiado fez referência aos deputados da base que foram favoráveis a aprovação da matéria.

“Quero dizer aos 26 deputados que amanhã os aposentados e os servidores públicos do Estado vão reconhecer o gesto e a coragem que os senhores tiveram de não deixar Goiás chegar na condição que chegou o Rio de Janeiro”, argumentou. Em rápidas palavras, ao ser questionado pela imprensa sobre o retorno de dissidentes da base, Caiado declarou apenas que é “um homem de diálogo”.

Caiado explicou em entrevista que não tem interesse de mandar projetos que prejudiquem a vida do cidadão.  “Não tem nenhum interesse da classe política em apresentar nenhuma matéria que não seja dentro das necessidades e obrigações que precisam, ninguém encaminha uma matéria contra A ou B, mas em decorrência de uma situação de total gravidade que passa o Estado. Qualquer cidadão de mente sã quer a melhoria das pessoas. Agora, nós temos que enfrentar desafios. Esses projetos foram no sentido de levar saúde as pessoas que não tem”, declarou.

Críticas

Em nome da oposição, discursou o deputado Hélio de Sousa (PSDB), o parlamentou criticou a tramitação de projetos polêmicos como a PEC da Educação e do Estatuto do Servidor, que segundo ele, foi aprovada em desconformidade com o Regimento Interno da Assembleia Legislativa.

“Quanto a tramitação da PEC da Educação, vejo que o processo atropelou o rito normal do regimento, aprovado por meio de jabuti, que não cumpriu prazos nem o Regimento. A PEC da previdência que atropela o sonho dos goianos, também atropelou o regimento e discriminou a mulher professora aumentando a contribuição para essas pessoas.

Pelo lado da situação, o discurso foi feito pelo líder do governo, Bruno Peixoto (MDB).

Publicado por Diário de Goiás

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