Não é de hoje que nossa cidade vem enfrentando junto ao governo estadual, já que no àmbito federal nem há o que se discutir ou mesmo tentar conseguir, problemas de solidificação de uma postura política monolítica, coerente e, principalmente, com repercussões duradouras na conquista de benefícios palpáveis e renovados para nossa Pires do Rio.
Injusto dizer que a culpa seria de nossa formação como população amorfa e sem qualidades para aspirar às benesses desejadas. Não, não será correta tal acusação se tivermos conhecimento da história dessa terra que, épocas volvidas, elegeu senadores e deputados, como também teve prestígio para indicar componentes de sua sociedade para ocupar cargos de secretários estaduais e mesmo outros cargos que ostentam prestígio nas esferas estaduais.
Portanto, se não é culpa do povo, e se não é culpa dos políticos (aliás, esses agentes nunca dizem ter qualquer tipo de culpa em qualquer situação), quem poderia e deveria suportar o dedo acusador em sua direção?
Reconheçamos que os políticos são oriundos do povo, nascem no seio popular e representam, grosso modo, a vontade dessa massa. E se não são fiéis ao que se esperava deles, que nunca mais fossem reeleitos. E, infelizmente, muitas das vezes o são!
Assim, outra alternativa não nos sobra que a de reconhecer a culpa na figura do eleitor. Culpado do crime e autor da obra.
Culpado pelos erros e sem nenhum prêmio pelos acertos?
E aqui é que se encontra o nó da questão: a quem pertencem os louros da vitória. Aqui fica a resposta aos que perguntam para que votar e para que saber ou procurar saber como e quem escolher na hora de votar.
Novamente nos aproximamos de um pleito eleitoral e, outra vez, nossos políticos se mexem para defender idéias, posições políticas ou partidárias, interesses pessoais e outras coisas mais.
E o eleitor? Coitado!!, e o eleitor? Em quem votar e em quem acreditar? Como separar o joio do trigo se todos se dizem bons, honestos, trabalhadores, inteligentes, defensores do povo? Como saber qual está sendo verdadeiro e qual está mentindo?
Voltemos então nossa atenção para uma experiência que todos nós já tivemos, que é a escola: dia de prova, se a professora perguntasse quem merecia nota cem, com certeza todos os alunos se diriam merecedores. Mas, como a professora aplicou uma prova, poucos ou às vezes nenhum tirou a nota máxima.
E os nossos pretensos candidatos a vários cargos, como fazer com eles? Como separar o melhor, já que sabemos que não há a mínima chance de elegermos mais de um candidato, e isso mesmo só se conseguirmos a adesão da maioria dos eleitores?
O povo será o maior
prejudicado se não souber escolher seus
representantes junto ao governo municipal, assim como será o maior beneficiário se escolher um que tenha
reais propostas
de trabalho e se mantenha dentro dos padrões de comportamento e moralidade
desejados pela população. Por isso, deve escolher, e
escolher bem, tanto o prefeito e vice-prefeito como os vereadores.
E como faremos para escolher bem? Simples: não votar em quem não demonstrar que sabe o que irá defender, pedir, tentar conseguir, lutar para trazer para nossa cidade.
Pense nisso: não vote em quem pede seu voto, mas sim em quem lhe demonstra merece-lo, e então, com toda certeza, nossos problemas como cidade começarão a ficar na fila dos assuntos que serão resolvidos.
Última dúvida: como é que um candidato demonstra ser realmente merecedor do seu voto?
Bem, isso já é assunto para outra conversinha…
Por Hamilton Roseiro R. da Cunha, médico, advogado e apresentador do Programa de Jornalismo da Rádio Rio FM em Pires do Rio, Goiás.